Saúde

O horma´nio irisina éencontrado para conferir benefa­cios do exerca­cio na função cognitiva
Em um estudo publicado na Nature Metabolism , a equipe relatou que a irisina, secretada pelos maºsculos durante o exerca­cio, pode ser uma terapaªutica eficaz para tratar os danãficits cerebrais resultantes da doença de Alzheimer.
Por Marcela Quintanilla-Dieck - 23/08/2021


Crédito: Unsplash / CC0 Public Domain

O novo horma´nio irisina tem a capacidade de impulsionar os benefa­cios cognitivos do exerca­cio e, portanto, éuma grande promessa para o tratamento do decla­nio cognitivo na doença de Alzheimer, descobriram cientistas do Massachusetts General Hospital (MGH). Em um estudo publicado na Nature Metabolism , a equipe relatou que a irisina, secretada pelos maºsculos durante o exerca­cio, pode ser uma terapaªutica eficaz para tratar os danãficits cerebrais resultantes da doença de Alzheimer.

"Preservar a função cognitiva éum grande desafio em uma população cada vez mais envelhecida", disse Christiane Wrann, DVM, Ph.D., lider do Programa de Neuroproteção no Exerca­cio do MGH e autora saªnior do estudo. "O exerca­cio éconhecido por ter efeitos positivos na saúde do cérebro , e épor isso que identificar os principais mediadores desses benefa­cios neuroprotetores, como a irisina, tornou-se um objetivo crítico de pesquisa."

Usando modelos de ratos, a equipe mostrou que a deleção genanãtica da irisina prejudica a função cognitiva em exerca­cios, envelhecimento e doença de Alzheimer, que foi em parte causada por alterações de neura´nios recanãm-nascidos no hipocampo. O hipocampo éo compartimento do cérebro que armazena as memórias e éo primeiro a apresentar sinais da doença de Alzheimer. Ao mesmo tempo, o estudo do MGH descobriu que a elevação dos na­veis de irisina na corrente sanguínea melhorou a função cognitiva e a neuroinflamação em modelos de camundongos para a doença de Alzheimer.

"O que torna este estudo particularmente forte éque mostramos o efeito da irisina na função cognitiva em não um, mas em quatro modelos diferentes de camundongos", afirma Bruce Spiegelman, do Dana-Farber Cancer Institute e da Harvard Medical School, que descobriu a irisina em 2012 e éum co- autor do artigo atual. Os pesquisadores foram ainda mais encorajados pelo fato de que o tratamento com irisina foi eficaz em modelos de camundongos com doença de Alzheimer, mesmo após o desenvolvimento de uma patologia significativa. "Isso pode ter implicações para a intervenção em humanos com a doença de Alzheimer, onde a terapia normalmente comea§a depois que os pacientes se tornam sintoma¡ticos", diz Wrann.

Outro achado importante do estudo éque a irisina protege contra a neuroinflamação, agindo diretamente nas células da glia no cérebro. O co-autor Rudy Tanzi, codiretor do Centro McCance para Saúde do Canãrebro do MGH, explica que "édifa­cil imaginar algo melhor para a saúde do cérebro do que exerca­cios dia¡rios, e nossas descobertas lana§am uma nova luz sobre o mecanismo envolvido: proteção contra neuroinflamação, talvez o maior assassino de neura´nios do cérebro a  medida que envelhecemos. " Wrann acrescenta que "uma vez que a irisina não tem como alvo especa­fico as placas amila³ides, mas sim neuroinflamação direta, estamos otimistas de que ela poderia ter efeitos benéficos em doenças neurodegenerativas além de apenas Alzheimer. "

 

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