Saúde

Coquetel de drogas reduz a degeneração do disco associada ao envelhecimento
As descobertas, relatadas na Nature Communications em 3 de setembro, mostre como uma nova abordagem para prevenir a degeneraça£o do disco relacionada a  idade pode abrir o caminho para o tratamento da dor crônica nas costas.
Por Thomas Jefferson University - 03/09/2021


Doma­nio paºblico

A dor crônica nas costas afeta mais de 15 milhões de adultos nos Estados Unidos, acumulando bilhaµes em custos de saúde e dias de trabalho perdidos. A degeneração dos discos que amortecem e apoiam as vanãrtebras, uma ocorraªncia comum do envelhecimento, éum dos principais contribuintes para a dor lombar. Embora seja uma doença generalizada, poucos tratamentos estãodispona­veis. Agora Makarand Risbud de Jefferson, Ph.D., James J. Maguire Jr. Professor de Spine Research em cirurgia ortopanãdica, diretor da divisão de pesquisa ortopanãdica e codiretor do programa de graduação em biologia celular e medicina regenerativa, e colegas mostraram que o tratamento de ratos com um coquetel de drogas que remove as células em envelhecimento, reduz a degeneração do disco. As descobertas, relatadas na Nature Communications em 3 de setembro, mostre como uma nova abordagem para prevenir a degeneração do disco relacionada a  idade pode abrir o caminho para o tratamento da dor crônica nas costas.

"Uma vez que os discos intervertebrais comea§am a degenerar, ocorre muito pouca regeneração", diz o Dr. Risbud. "Mas nossos resultados mostram que épossí­vel mitigar a degeneração discal que ocorre com o envelhecimento."

Cirurgia ou injeções de esteroides são opções para tratar a dor lombar causada pela degeneração do disco, mas a grande maioria dos pacientes não atende aos critanãrios para cirurgia e as injeções de esteroides peridurais não funcionam bem na maioria das vezes. O uso prolongado de analganãsicos fortes prescritos para dores nas costas, como opioides, traz o risco de dependaªncia.

Em colaboração com Brian Diekman, Ph.D., professor assistente de engenharia biomédica na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, o Dr. Risbud e sua equipe estavam procurando uma maneira eficaz e não invasiva de tratar a dor nas costas causada pela degeneração do disco. não envolvem analganãsicos como os opia³ides. Em vez disso, eles se voltaram para uma classe de pequenas moléculas conhecidas como senola­ticas. Essas drogas tem como alvo as células do corpo que estãoem um processo de deterioração relacionado a  idade chamado senescaªncia.

Com a idade, todos os tecidos do corpo acumulam células senescentes. As células senescentes secretam enzimas destrutivas e protea­nas inflamata³rias que afetam as células sauda¡veis ​​próximas. Drogas senola­ticas removem essas células em deterioração, deixando espaço para novas células para substitua­-las. A ideia éque a remoção de células senescentes de um tecido melhorara¡ a função do tecido.

Pesquisas recentes mostraram que esse éo caso. Dois medicamentos senola­ticos, dasatinibe e quercetina, mostraram-se promissores o suficiente para tratar cicatrizes no tecido pulmonar que agora estãoem ensaios clínicos. Mas os pulmaµes são muito diferentes dos discos da coluna.

“Sa³ porque as drogas atuam em um tecido não significa que também funcionara£o em outro”, diz o Dr. Risbud. "Cada tecido édiferente."

Para descobrir se os senola­ticos podem melhorar a degeneração do disco relacionada ao envelhecimento, Emanuele Novais, um MD, Ph.D. aluno do laboratório do Dr. Risbud e primeiro autor do novo trabalho, e colegas deram a camundongos jovens, de meia-idade e idosos um coquetel de drogas senola­ticas, dasatinibe e quercetina, todas as semanas.

As injeções semanais atenuaram a geração de disco, mas não da maneira que o Dr. Risbud e sua equipe esperavam. Eles esperavam ver o maior efeito nos animais mais velhos, porque esses animais teriam acumulado mais células senescentes do que os ratos mais jovens. Em vez disso, o Dr. Risbud e colegas descobriram que o tratamento em animais mais jovens tinha mais benefa­cios e, na verdade, tinha um efeito protetor.

Camundongos jovens e de meia-idade que receberam o coquetel senola­tico mostraram menos degeneração do disco e menos células senescentes no momento em que alcana§aram uma idade avana§ada em comparação com os camundongos que receberam um placebo.

"Na³s previmos que em tecidos com muita senescaªncia, a remoção das células senescentes faria uma grande diferença, mas não fez", disse o Dr. Risbud. "A terapia foi mais eficaz quando comea§amos a tratar os camundongos quando as células senescentes estavam apenas comea§ando a surgir. Nossas descobertas mostram que, se administradas precocemente, as drogas senola­ticas podem realmente retardar a degeneração do disco ", disse o Dr. Risbud. "Esta éuma nova abordagem preventiva

Mas os ratos precisaram de uma injeção semanal desde uma idade relativamente jovem atéatingirem a velhice, um período de tempo muito mais longo do que as drogas senola­ticas foram dadas em outros usos. Os pesquisadores, entretanto, não observaram quaisquer efeitos deletanãrios do tratamento de longo prazo.

“a‰ possí­vel que as pessoas precisem tomar isso por muito tempo para que o tratamento seja eficaz, e nossos dados mostram que as drogas foram bem toleradas, pelo menos em camundongos”, diz o Dr. Risbud.

Ao todo, as descobertas mostram que as drogas senola­ticas - aquelas já aprovadas para uso em testes clínicos - podem mitigar a degeneração do disco que ocorre com o envelhecimento.

"Esta pesquisa abre o caminho para traduzir esses estudos primeiro para um modelo animal pré-cla­nico e, em seguida, para um ensaio cla­nico em humanos", disse o Dr. Risbud.

 

.
.

Leia mais a seguir