Vacina para o tratamento do câncer possibilitada pelo uso da tecnologia de vacina Oxford COVID
Pesquisas da University of Oxford e do Ludwig Institute for Cancer Research mostraram que a tecnologia por trás da vacina Oxford-AstraZeneca COVID-19 tem potencial no tratamento do ca¢ncer.
Vacina para o tratamento do câncer possibilitada pelo uso da tecnologia de vacina Oxford COVID - Crédito da imagem: Shutterstock
Cientistas da Universidade de Oxford e do Instituto Ludwig de Pesquisa do Ca¢ncer estãoconstruindo sobre o sucesso da vacina Oxford-AstraZeneca contra SARS-CoV-2 para desenvolver uma vacina para tratar o ca¢ncer. Os pesquisadores desenvolveram uma vacina terapaªutica de duas doses contra o câncer usando a tecnologia de vacina de vetor viral de Oxford.
Quando testada em modelos de tumor de camundongo, a vacina contra o câncer aumentou os naveis de células T antitumorais que se infiltram nos tumores e melhorou a eficácia da imunoterapia contra o ca¢ncer. Em comparação com a imunoterapia sozinha, a combinação com a vacina mostrou uma maior redução no tamanho do tumor e melhorou a sobrevida dos camundongos.Â
O estudo, que foi feito pelo grupo do professor Benoit Van den Eynde no Instituto Ludwig de Pesquisa do Ca¢ncer da Universidade de Oxford em colaboração com os coautores Professor Adrian Hill e Dra. Irina Redchenko no Instituto Jenner da Universidade, foi publicado no Journal por ImmunoTherapy of Cancer .Â
A imunoterapia contra o câncer - transformar o pra³prio sistema imunológico do paciente contra um tumor - resultou em melhorias nota¡veis ​​nos resultados de alguns pacientes com ca¢ncer. A imunoterapia anti-PD-1 atua retirando os freios das células T antitumorais para permitir que matem as células cancerosas. No entanto, apesar desse sucesso, a terapia anti-PD-1 éineficaz na maioria dos pacientes com ca¢ncer.
Uma razãopara a baixa eficácia da terapia anti-câncer PD-1 éque alguns pacientes tem baixos naveis de células T antitumorais. A tecnologia de vacina de Oxford, usada na criação da vacina mundialmente famosa Oxford-AstraZeneca COVID-19, gera fortes respostas de células T CD8 +, que são necessa¡rias para bons efeitos antitumorais.
A equipe desenvolveu uma vacina terapaªutica de duas doses contra o câncer com diferentes vetores virais prima¡rios e de reforço, um dos quais éo mesmo que o vetor da vacina Oxford-AstraZeneca COVID-19. A fim de criar um tratamento de vacina que visa especificamente células cancerosas, a vacina foi projetada para atingir duas proteanas do tipo MAGE que estãopresentes nasuperfÍcie de muitos tipos de células cancerosas. Chamados de MAGE-A3 e NY-ESO-1, esses dois alvos foram previamente validados pelo Ludwig Institute.Â
Experimentos pré-clínicos em modelos de tumor de camundongo demonstraram que a vacina contra o câncer aumentou os naveis de células T CD8 + que se infiltram no tumor e aumentou a resposta a imunoterapia anti-PD-1. A vacina combinada e o tratamento anti-PD-1 resultou em uma maior redução no tamanho do tumor e melhorou a sobrevivaªncia dos camundongos em comparação com a terapia anti-PD-1 sozinha.
Benoit Van den Eynde, professor de imunologia tumoral da Universidade de Oxford, membro do Ludwig Institute for Cancer Research e diretor do de Duve Institute, na Banãlgica, afirma: 'Sabaamos por nossa pesquisa anterior que as proteanas do tipo MAGE agem como o vermelho sinalizadores nasuperfÍcie das células cancerosas para atrair células do sistema imunológico que destroem os tumores.
As proteanas MAGE tem uma vantagem sobre outros antagenos de câncer como alvos de vacinas, uma vez que estãopresentes em uma ampla gama de tipos de tumor. Isso amplia o benefacio potencial dessa abordagem para pessoas com muitos tipos diferentes de ca¢ncer.
'a‰ importante para a especificidade do alvo, os antagenos do tipo MAGE não estãopresentes nasuperfÍcie dos tecidos normais, o que reduz o risco de efeitos colaterais causados ​​pelo sistema imunológico que ataca as células sauda¡veis.'
Um ensaio clanico de Fase 1 / 2a da vacina contra o câncer em combinação com imunoterapia anti-PD-1 em 80 pacientes com câncer de pulma£o de células não pequenas serálana§ado no final deste ano como uma colaboração entre a Vaccitech Oncology Limited (VOLT) e a Cancer Research UK's Center for Drug Development.
Adrian Hill, Lakshmi Mittal e Professor de Vacinologia da Famalia e Diretor do Instituto Jenner da Universidade de Oxford, afirma: 'Esta nova plataforma de vacina tem o potencial de revolucionar o tratamento do ca¢ncer. O pra³ximo ensaio com câncer de pulma£o de células não pequenas segue um ensaio de Fase 2a de uma vacina contra o câncer semelhante no câncer de pra³stata realizado pela Universidade de Oxford, que estãomostrando resultados promissores.
'Nossas vacinas contra o câncer provocam fortes respostas de células T CD8 + que se infiltram nos tumores e mostram grande potencial no aumento da eficácia da terapia de bloqueio do ponto de controle imunológico e na melhoria dos resultados para pacientes com ca¢ncer.'
Tim Elliott, Professor Kidani de Imuno-oncologia da Universidade de Oxford e codiretor da Oxford Cancer, diz: 'Em Oxford, estamos combinando nossa experiência cientafica fundamental em imunologia e descoberta de antagenos com pesquisa translacional em plataformas de vacinas.
'Ao reunir essas equipes, podemos continuar a enfrentar o desafio significativo de ampliar o impacto positivo da imunoterapia para beneficiar mais pacientes.'
Esta abordagem de vacinação usando diferentes vetores virais prima¡rios e de reforço foi licenciada pelos cientistas do Jenner Institute para a Vaccitech Ltd, fundada em 2016. A nova vacina terapaªutica contra o câncer estãosendo desenvolvida pela Vaccitech Oncology Limited (VOLT), uma colaboração estratanãgica entre o Ludwig Institute for Cancer Research e Vaccitech Plc.Â