Novo estudo desafia a compreensão da preparação e resiliencia para uma pandemia na áfrica
Naa§aµes com mais populaa§aµes urbanas e fortes ligaa§aµes internacionais foram as mais afetadas pela pandemia, mostra o estudo.

Imagens de satanãlite da áfrica. Crédito: Domanio Paºblico
Ospaíses da áfrica avaliados como sendo os menos vulnera¡veis ​​a uma epidemia foram os mais afetados pelo COVID-19, sugere uma nova pesquisa.
Nações com mais populações urbanas e fortes ligações internacionais foram as mais afetadas pela pandemia, mostra o estudo.
As taxas de mortalidade e os naveis de restrições - como bloqueios e proibições de viagens - foram considerados mais baixos empaíses que se pensava estar sob maior risco de COVID-19.
Uma equipe de pesquisadores da Unidade de Pesquisa em Saúde Global do NIHR Luta contra Infecções para Beneficiar a áfrica (TIBA) da Universidade de Edimburgo trabalhou com a Organização Mundial da Saúde (OMS) Regia£o Africana para identificar fatores que afetam as taxas de mortalidade durante as duas primeiras ondas COVID-19 da áfrica e o momento dos primeiros casos relatados.
O Professor Mark Woolhouse, Diretor do TIBA, que coliderou o estudo, disse: "Nosso estudo mostra muito claramente que vários fatores influenciam a extensão em que ospaíses africanos são afetados pelo COVID-19. Essas descobertas desafiam nossa compreensão da vulnerabilidade a pandemias.
"Nossos resultados mostram que não devemos igualar altos naveis de preparação e resiliencia com baixa vulnerabilidade.
"O fato depaíses aparentemente bem preparados e resilientes terem se saado pior durante a pandemia não éapenas verdade na áfrica; o resultado éconsistente com uma tendaªncia global de que ospaíses mais desenvolvidos tem sido frequentemente atingidos de forma particularmente dura pelo COVID-19."
Entre 44países da Regia£o Africana da OMS com dados disponaveis, a áfrica do Sul teve a maior taxa de mortalidade durante a primeira onda entre maio e agosto de 2020, com 33,3 mortes registradas por 100.000 pessoas. Cabo Verde e Eswatini tiveram as seguintes taxas mais altas com 17,5 e 8,6 mortes por 100.000, respectivamente. Com 0,26 mortes registradas por 100.000, a menor taxa de mortalidade foi em Uganda.
A áfrica do Sul também registrou a maior taxa de mortalidade durante a segunda onda entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, com 55,4 mortes por 100.000. Eswatini e Botswana registraram taxas de 39,8 e 17,7 mortes por 100.000, respectivamente. A taxa mais baixa foi em Mauracio, que não registrou nenhuma morte durante a segunda onda.
"Os primeiros modelos que previram como COVID-19 levaria a um grande número de casos na áfrica foram em grande parte o trabalho de instituições não do nosso continente. Esta colaboração entre pesquisadores na áfrica e na Europa sublinha a importa¢ncia de ancorar aqui as análises sobre as epidemias de áfrica. , "disse o Dr. Matshidiso Moeti, Diretor Regional da OMS para a áfrica e coautor. "Nãopodemos mais focar nossa compreensão da transmissão de doenças puramente nas caracteristicas de um varus - COVID-19 opera dentro de um contexto social que tem um grande impacto em sua disseminação."
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Assim como aqueles com grandes populações urbanas e fortes ligações de viagens internacionais, ospaíses com altas taxas de HIV também eram mais propensos a ter taxas de mortalidade mais altas. Isso pode ser porque as pessoas com HIV geralmente tem outras condições de saúde que as colocam em maior risco de COVID-19, sugere a equipe.
A fraca ligação entre a taxa de mortalidade e o momento ou gravidade das restrições impostas pelo governo nas atividades do dia-a-dia mostra o impacto da ampla gama de aplicação e cumprimento dessas restrições em toda a regia£o, tornando difacil discernir um padrãode impacto consistente. As restrições durante os picos de infecção estãobem documentados por terem interrompido a transmissão na regia£o.
Os resultados mostram que os primeiros casos registrados de COVID-19 foram empaíses onde a maioria das pessoas vive em áreas urbanas, com fortes ligações de viagens internacionais e maior capacidade de teste. A Arganãlia foi o primeiro de 47países africanos a relatar um caso, em 25 de fevereiro de 2020. A maioria dospaíses registrou casos no final de mara§o de 2020, com o Lesoto o último a relatar um, em 14 de maio de 2020.
Os pesquisadores documentam um número maior de mortes durante a segunda onda, em comparação com a primeira. O pico de infecções durante a segunda onda também foi maior, com 675 mortes em todo o continente em 18 de janeiro de 2021, em comparação com 323 durante o pico da primeira onda em 5 de agosto de 2020. A subnotificação potencial foi contabilizada na análise.
A Dra. Sarah Puddicombe, Diretora Assistente do NIHR para Pesquisa em Saúde Global, disse: "Este estudo oferece resultados convincentes que desafiam as visaµes aceitas de preparação e resiliencia contra epidemias na áfrica. a‰ uma de uma sanãrie de contribuições importantes que a parceria TIBA, trabalhando com governos e o Escrita³rio Regional da OMS fez para informar as respostas locais, nacionais e pan-africanas a pandemia COVID-19. "
O estudo, publicado na revista Nature Medicine , foi apoiado pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde do Reino Unido e pelo Darwin Trust of Edinburgh. Tambanãm envolveu pesquisadores das Universidades de Nairobi, Gana e Hong Kong.