Saúde

O exame de sangue prevaª a recuperação após a cirurgia de substituição do quadril, segundo estudo
Um simples exame de sangue que analisa a funa§a£o imunola³gica pode prever a rapidez com que uma pessoa submetida a  cirurgia de substituia§a£o do quadril se recuperara¡.
Por Hanae Armitage - 23/10/2021


Cortesia

Pistas de uma amostra de sangue podem prever a rapidez com que os pacientes submetidos a  cirurgia de substituição do quadril tera£o uma recuperação completa, de acordo com um novo estudo conduzido por pesquisadores da Stanford Medicine .

A esperana§a éque o exame de sangue fornea§a insights sobre as coisas que os pacientes podem fazer antes e depois da cirurgia, como aderir a uma dieta especial ou rotina de exerca­cios, que pode ajuda¡-los a recuperar a mobilidade total.

Os resultados também podem ajudar os médicos a avaliar com mais precisão a recuperação do paciente após a cirurgia. Atualmente, os médicos avaliam a recuperação dos pacientes fazendo-lhes perguntas sobre dor e atividade física, entre outras coisas. Mas essas pesquisas são subjetivas, disse Nima Aghaeepour , PhD, professora assistente de anestesiologia, medicina perioperata³ria e dor, e requer muitas suposições para interpretar as respostas.

“Precisa¡vamos encontrar um manãtodo mais confia¡vel e baseado em dados para antecipar as necessidades precisas dos pacientes conforme eles se recuperam após a cirurgia”, disse Aghaeepour. 

O artigo foi publicado em 14 de outubro na revista Annals of Surgery . Aghaeepour; Martin Angst , MD, PhD, professor de anestesiologia, medicina perioperata³ria e dor; e Brice Gaudillier e, MD, PhD, professor associado de anestesiologia, medicina perioperata³ria e da dor, compartilham a autoria saªnior. Os acadaªmicos de pa³s-doutorado Ramin Fallahzadeh, PhD, e Franck Verdonk, MD, PhD, são os autores principais.

Bola de cristal de canãlula imunola³gica

Em sua busca por um precursor molecular da recuperação cirúrgica, a equipe inscreveu 49 pacientes com artroplastia de quadril, com idades entre 57-68, e pediu a cada um para vestir um smartwatch de rastreamento de atividades antes e depois de seus procedimentos. Antes da cirurgia, cada paciente também passou por uma coleta de sangue, que os pesquisadores analisaram por meio de técnicas que analisaram subtipos celulares, bem como a atividade das células.

A ideia era comparar as análises de exames de sangue, que capturam informações sobre os na­veis de protea­na e função imunola³gica, com o tempo que os pacientes demoravam para se recuperarem totalmente após o procedimento. (Os pesquisadores mediram a recuperação completa registrando padraµes de atividade, como dados de sono, contagem de passos e outros movimentos, antes da cirurgia, e rastreando quanto tempo levou para os pacientes retornarem a esses na­veis após a cirurgia.)

Usando os dados e informações do smartwatch da coleta de sangue pré-cirurgia, a equipe desenvolveu um algoritmo que poderia prever com precisão a rapidez com que os pacientes se recuperariam. No geral, aqueles cujos exames de sangue mostraram a função imunola³gica mais forte antes da cirurgia se recuperaram 34% mais rápido do que aqueles com função imunola³gica mais fraca.

O poder preditivo do algoritmo dependia em grande parte da atividade das células supressoras derivadas do mieloide, um tipo de canãlula imunola³gica. Mas os pesquisadores não estavam simplesmente procurando pela presença dessa canãlula; eles também mediam sua atividade quando expostos a uma molanãcula que simula uma infecção. Na­veis mais altos de atividade estãointimamente relacionados a tempos de recuperação mais rápidos.

Refinando previsaµes

Embora os dados do estudo sejam preliminares e se apliquem apenas a cirurgias de quadril em pessoas em torno de 60 anos, os pesquisadores suspeitam que as descobertas geralmente se aplicam a pacientes de várias idades submetidos a procedimentos diferentes. “Minha expectativa éque ainda haja uma forte conexão entre o sistema imunológico e a recuperação, mas exatamente o que seráessa conexão ainda estãopara ser determinado”, disse Aghaeepour. Os pesquisadores planejam investigar outras populações de pacientes com a mesma abordagem de teste de sangue e smartwatch.

Eles ainda não estãousando os dados preditivos para informar o atendimento ao paciente, mas a esperana§a final éque qualquer pessoa que esteja aguardando um procedimento ciraºrgico receba o exame de sangue para orientar a recuperação mais rápida e tranquila.

Outros coautores de Stanford do estudo são os cientistas pesquisadores Ivana Maric, PhD, Amy Tsai e Ed Ganio, PhD; ex-analista de dados de pesquisa Anthony Culos, PhD; estudiosos de pa³s-doutorado Martin Becker, PhD, Alan Chang, PhD, Thanaphong Phongpreecha, PhD, Maria Xenochristou, PhD, Neda Bidoki, PhD, e Davide De Francesco, PhD; os alunos de graduação Camilo Espinosa e Eileen Tsai, coordenadora de estudos Xiaoxiao Gao; o coordenador de pesquisa cla­nica Leslie McNeil; professor associado de anestesiologia obstanãtrica Pervez Sultan, MD; enfermeira cla­nica Martha Tingle; professor associado de cirurgia ortopanãdica Derek Amanatullah, MD, PhD; professor de cirurgia ortopanãdica James Huddleston, MD; e Stuart Goodman, MD, PhD, professor de cirurgia.

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill também contribua­ram para o trabalho.

O financiamento para este estudo foi fornecido pelo National Institutes of Health (concede R35GM138353, R35GM137936, AG058417, HL13984401, NS114926, DA050960 e AG065744), la Fondation des Gueules Cassanães e a Philippe Foundation.

 

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