Saúde

Va­rus raros transmitidos por mosquitos disseminados em Everglades, Fla³rida
Os va­rus - incluindo o va­rus Everglades, o va­rus Mahogany Hammock, o va­rus Shark River e o va­rus Gumbo Limbo, entre outros - foram descobertos pela primeira vez hámais de 50 anos na reserva da Fla³rida, mas receberam pouca atenção
Por Michael Greenwood - 28/11/2021


(© stock.adobe.com)

Uma equipe de cientistas, liderada pela Escola de Saúde Paºblica de Yale, detectou a presença de va­rus transmitidos por mosquitos, pouco conhecidos, endaªmicos em Everglades, na Fla³rida, em toda a reserva pantanosa, aumentando a preocupação sobre futuras ameaa§as a  saúde pública.

Em quatro grandes áreas naturais, abrangendo mais de um milha£o de acres nos Everglades, a equipe conduziu um estudo de dois anos sobre os mosquitos e os va­rus que eles carregam. O estudo revelou que vários va­rus raros são prevalentes nas populações de mosquitos e foram encontrados em um tera§o dos 105 locais de estudo.

Os va­rus - incluindo o va­rus Everglades, o va­rus Mahogany Hammock, o va­rus Shark River e o va­rus Gumbo Limbo, entre outros - foram descobertos pela primeira vez hámais de 50 anos na reserva da Fla³rida, mas receberam pouca atenção desde então.

A importa¢ncia desses va­rus para a saúde pública éamplamente desconhecida, masmudanças ambientais iminentes em Everglades podem resultar em um aumento da abunda¢ncia de mosquitos infectados por va­rus e, potencialmente, uma maior exposição a humanos, dizem os pesquisadores. O estudo descobriu que os va­rus eram mais prevalentes nos anos em que onívelda águaestava alto, indicando que os esforços de restauração de pa¢ntanos e o aumento doníveldo mar poderiam resultar em mais mosquitos infectados no futuro.

O estudo foi publicado na revista online PLOS One.

“ A presença desses va­rus éalgo que precisa ser estudado para que saibamos o que isso significa para a saúde pública”, disse o autor principal Durland Fish, professor emanãrito da Escola de Saúde Paºblica de Yale.

O estudo, que éa primeira revisão sistema¡tica de mosquitos em Everglades e os va­rus que eles carregam, fornece informações de base importantes para asmudanças ambientais previstas na regia£o, que incluem restauração de pa¢ntanos,mudanças climáticas, proliferação de espanãcies invasoras e desenvolvimento residencial. Estudos adicionais são necessa¡rios para detectar um aumento na atividade do va­rus que pode representar uma ameaça a  saúde pública no futuro, disse Fish.

Existem mais de 500 va­rus transmitidos por mosquitos e pelo menos 100 podem causar doenças em humanos. A maioria se origina de animais selvagens que infectam mosquitos, que então transmitem o va­rus aos humanos por meio de suas picadas. Os mosquitos e seus va­rus fazem parte dos ecossistemas naturais e, a  medida que mais desenvolvimento invade as terras naturais, mais pessoas ficara£o expostas a esses va­rus, disse Fish.

Estima-se que mais de 7 bilhaµes de mosquitos existam nos Everglades. No estudo, os pesquisadores identificaram caracteri­sticas particulares da paisagem onde os mosquitos infectados com va­rus são mais prova¡veis ​​de serem encontrados, incluindo pa¢ntano de ciprestes, floresta de madeira dura, pineland e manguezais. Eles também identificaram as poucas espanãcies de mosquitos que carregam va­rus entre as 30 espanãcies encontradas no estudo. Essa informação seráimportante para direcionar os esforços de pesquisas futuras para entender como esses va­rus são mantidos em um dos maiores ecossistemas de pa¢ntanos dos Estados Unidos, disse Fish.

“ a‰ surpreendente que os mosquitos tenham recebido tão pouca atenção no esfora§o de restauração de Everglades, considerando sua abunda¢ncia e importante papel natural no ecossistema de Everglades”, disse ele.

Outros autores do estudo incluem Victoria Balta e James Underwood do Programa de Estudos Ambientais de Yale; Robert Tesh, Hilda Guzman, Amelia Travassos da Rosa e Nikos Vasilakis da University of Texas Medical Branch; e Charles Sither, da North Carolina State University. O Instituto de Estudos Biosfanãricos de Yale, o Servia§o Nacional de Parques dos EUA, os Institutos Nacionais de Saúde e o Instituto de Infecção e Imunidade Humana da Universidade do Texas financiaram o estudo.

 

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