Saúde

Nãoestãotudo em seu DNA: as células cancerosas com o mesmo genoma podem se comportar de maneira diferente
Pela primeira vez, pesquisas mostraram que células cancerosas com o mesmo projeto genanãtico não se comportariam necessariamente da mesma maneira, com sanãrias implicaçaµes em como as direcionamos.
Por University of New South Wales - 09/12/2021


Os cientistas observaram quais células de leucemia mieloide aguda tem maior probabilidade de formar tumores cancera­genos. Crédito: Shutterstock

Os cientistas rastrearam e analisaram o comportamento das células cancerosas com uma nova "tecnologia de ca³digo de barras" celular.

Pela primeira vez, pesquisas mostraram que células cancerosas com o mesmo projeto genanãtico não se comportariam necessariamente da mesma maneira, com sanãrias implicações em como as direcionamos.

Um estudo liderado por Peter Mac envolvendo um cientista da UNSW que demonstra essasmudanças não genanãticas em células de leucemia miela³ide aguda foi publicado hoje na Nature .

A primeira autora conjunta, Dra. Katie Fennell, diz: "Desenvolvemos uma nova tecnologia de ca³digo de barras celular que pode rastrear células cancerosas individuais ao longo do tempo e identificar padraµes que levam a diferentes comportamentos celulares - mesmo quando o genoma subjacente éo mesmo."

Esta tecnologia de ca³digo de barras (apelidada de SPLINTR, que significa Single-cell Profiling e LINeage TRacing) ajuda os pesquisadores a identificar os genes exclusivos expressos em cada canãlula de leucemia e monitorar como isso influencia o comportamento do câncer ao longo do tempo. Eles podem então observar quais células de leucemia mieloide aguda tem maior probabilidade de formar tumores cancera­genos.

A cientista e coautora da UNSW, Dra. Emily Wong, que trabalha no Instituto de Pesquisa Carda­aca Victor Chang, diz que o fato de asmudanças regulata³rias serem os principais contribuintes para a doença na ausaªncia de mutações genanãticas estãoapenas comea§ando a ser amplamente reconhecido.

"O Dawson Lab desenvolveu um manãtodo interessante para rastrear o genoma regulata³rio de células cancerosas individuais ao longo do tempo. Temos o prazer de poder contribuir com nossas análises computacionais para este grande avanço."

Embora este estudo seja em leucemia mieloide aguda, a tecnologia pode ser aplicada a muitos tipos de câncer diferentes, apresentando uma oportunidade de entender por que algumas células tumorais sobrevivem ao tratamento com drogas ou recaem em órgãos específicos.

A resistência aos medicamentos e a recorraªncia do tumor são as principais barreiras para o sucesso do tratamento do câncer e frequentemente surgem de populações raras de células tumorais, que podem ser difa­ceis de monitorar na cla­nica.

"Nosso estudo destaca o poder de usar o SPLINTR não apenas para identificar essas subpopulações tumorais raras, mas também para encontrar novos alvos terapaªuticos e / ou biomarcadores para monitora¡-los clinicamente", disse o primeiro autor conjunto, Dr. Dane Vassiliadis.

"Este trabalho desafia o dogma de que a medicina de precisão trata apenas de encontrar novas mutações genanãticas", disse o autor saªnior do artigo, o professor Mark Dawson.

Embora toda a medicina de precisão tenha como objetivo adaptar o tratamento a s caracteri­sticas únicas presentes no câncer de um paciente, atéagora essas abordagens se concentraram exclusivamente nas mutações exclusivas do DNA presentes.

No entanto, estudos recentes mostram que até40 por cento dos tumores que apresentam recidiva após uma resposta inicial ao tratamento não mostram nenhuma evidência de novas mutações genanãticas nas células cancerosas para explicar essa resistência a  terapia.

Este estudo destaca a importa¢ncia de ampliar a ambição da medicina de precisão além de apenas pesquisar as mutações no DNA de um paciente.

"Este éapenas um lado da moeda. Precisamos urgentemente entender e desenvolver tratamentos para também combater os fatores não genanãticos que influenciam o comportamento das células cancerosas", disse o Dr. Vassiliadis.

 

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