Saúde

Um novo circuito do tronco cerebral da¡ origem aos ritmos de vocalização
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco descobriram que um pequeno agrupamento de neura´nios no tronco cerebral não apenas regula o ritmo, mas também coordena a vocalizaa§a£o com a respiraça£o.
Por Universidade da Califórnia, São Francisco - 07/01/2022


Doma­nio paºblico

Os sons vocais dos humanos - rindo, chorando e balbuciando os bebaªs - tem a mesma qualidade ra­tmica que os sons produzidos por muitos mama­feros, pa¡ssaros canoros e atémesmo algumas espanãcies de peixes. Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco descobriram que um pequeno agrupamento de neura´nios no tronco cerebral não apenas regula o ritmo, mas também coordena a vocalização com a respiração.

"Apenas para rir ou gritar, o corpo tem que coordenar cerca de 100 maºsculos diferentes em um padrãora­tmico em uma única respiração", disse Kevin Yackle, MD, Ph.D., Sandler Faculty Fellow e autor saªnior do estudo publicado online em janeiro 7, 2022, em Neuron . "Descobrimos os neura´nios que, quando ligados, nos da£o essa capacidade inconsciente."

a‰ amplamente conhecido que muitos animais, incluindo humanos, tem controle inato da respiração - vocênão precisa usar o cérebro para fazer isso. Yackle e sua equipe suspeitaram que o mesmo controle existe para vocalizações inatas.

Para confirmar a existaªncia desse circuito cerebral, Yackle e sua equipe estudaram os sons produzidos por filhotes de ratos quando foram separados de suas ma£es. O choro dos bebaªs tinha um padrãoreconheca­vel associado a movimentos musculares específicos. Os pesquisadores então determinaram quais células do tronco cerebral eram responsa¡veis ​​por esse ritmo, que acabou sendo um circuito atéentão desconhecido que parece controlar a respiração e coordenar os maºsculos necessa¡rios para produzir os sons vocais.

Identificar esse sistema permitira¡ que os cientistas fazm novas perguntas sobre como falamos e por que algumas pessoas tem dificuldade em fazer isso.

Uma nova perspectiva sobre as patologias da fala

"Pode ser que quando estamos aprendendo a falar, estejamos aprendendo a contornar esse sistema ou controla¡-lo diretamente", disse Yackle. "A fiação alterada neste sistema gerador de padraµes pode causar patologias da fala."

Yackle e sua equipe estãointrigados com estudos que sugerem que, no ini­cio de suas vidas, as criana§as com autismo produzem inatamente diferentes tipos de sons do que as outras criana§as. Algumas criana§as com autismo não conseguem falar ou tem dificuldade em produzir e compreender os tons e ritmos da fala.

Yackle e sua equipe estãointrigados com estudos que sugerem que, no ini­cio de suas vidas, as criana§as com autismo produzem inatamente diferentes tipos de sons do que as outras criana§as. Algumas criana§as com autismo não conseguem falar ou tem dificuldade em produzir e compreender os tons e ritmos da fala.

Essas patologias da fala são frequentemente vistas como uma incapacidade de aprender a falar, disse Yackle. Ele estãoinvertendo essa perspectiva, perguntando se os problemas de fala são menos sobre aprender e mais sobre o circuito cerebral que controla a fala .

“Uma criana§a pode ouvir e aprender a linguagem, mas se o sistema que permite que ela vocalize seja diferente de alguma forma, ela simplesmente não consegue coordenar a respiração e os movimentos para fazer os sons”, disse ele. "Se soubermos como esse sistema édiferente, isso pode mudar a forma como ensinara­amos algumas pessoas a falar."

 

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