Saúde

Va­rus Epstein-Barr pode ser a principal causa de esclerose maºltipla
A EM éuma doença inflamata³ria crônica do sistema nervoso central que ataca as bainhas de mielina que protegem os neura´nios do cérebro e da medula espinhal. Sua causa não éconhecida, o principais suspeitos éo EBV, um va­rus do herpes ...
Por Harvard TH Chan School of Public Health - 13/01/2022


Desmielinização por MS. O tecido colorido CD68 mostra vários macra³fagos na área da lesão. Escala original 1:100. Crédito: Marvin 101/Wikipanãdia

A esclerose maºltipla (EM), uma doença progressiva que afeta 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo e para a qual não hácura definitiva, provavelmente écausada pela infecção pelo va­rus Epstein-Barr (EBV), de acordo com um estudo liderado pela Harvard TH Chan School of Pesquisadores de Saúde Paºblica.

Suas descobertas sera£o publicadas online na Science em 13 de janeiro de 2022.

"A hipa³tese de que o EBV causa EM foi investigada por nosso grupo e outros por vários anos, mas este éo primeiro estudo que fornece evidaªncias convincentes de causalidade", disse Alberto Ascherio, professor de epidemiologia e nutrição da Harvard Chan School e autor saªnior do estudo. estudar. "Este éum grande passo porque sugere que a maioria dos casos de esclerose maºltipla pode ser prevenida interrompendo a infecção pelo EBV , e que direcionar o EBV pode levar a  descoberta de uma cura para a esclerose maºltipla".

A EM éuma doença inflamata³ria crônica do sistema nervoso central que ataca as bainhas de mielina que protegem os neura´nios do cérebro e da medula espinhal. Sua causa não éconhecida, mas um dos principais suspeitos éo EBV, um va­rus do herpes que pode causar mononucleose infecciosa e estabelecer uma infecção latente e vitala­cia do hospedeiro. Estabelecendo uma relação causal entre o va­ruse a doença tem sido difa­cil porque o EBV infecta aproximadamente 95% dos adultos, a EM éuma doença relativamente rara e o ini­cio dos sintomas da EM comea§a cerca de dez anos após a infecção pelo EBV. Para determinar a conexão entre EBV e MS, os pesquisadores realizaram um estudo com mais de 10 milhões de jovens adultos na ativa nas forças armadas dos EUA e identificaram 955 que foram diagnosticados com esclerose maºltipla durante seu período de servia§o.

A equipe analisou amostras de soro coletadas a cada dois anos pelos militares e determinou o status de EBV dos soldados no momento da primeira amostra e a relação entre a infecção por EBV e o ini­cio da EM durante o período de serviço ativo. Nesta coorte, o risco de EM aumentou 32 vezes após a infecção pelo EBV, mas permaneceu inalterado após a infecção por outros va­rus. Os na­veis sanãricos da cadeia leve do neurofilamento, um biomarcador da degeneração nervosa ta­pica da EM, aumentaram apenas após a infecção pelo EBV. Os achados não podem ser explicados por nenhum fator de risco conhecido para EM e sugerem o EBV como a principal causa de EM.

Ascherio diz que o atraso entre a infecção pelo EBV e o ini­cio da EM pode ser parcialmente devido aos sintomas da doença não serem detectados durante os esta¡gios iniciais e parcialmente devido a  evolução da relação entre o EBV e o sistema imunológico do hospedeiro, que érepetidamente estimulado sempre que o va­rus latente éreativado.

"Atualmente, não hácomo prevenir ou tratar efetivamente a infecção pelo EBV, mas uma vacina contra o EBV ou direcionar o va­rus com medicamentos antivirais específicos para o EBV poderia prevenir ou curar a EM", disse Ascherio.

Outros pesquisadores da Harvard Chan School que contribua­ram para este estudo incluem Kjetil Bjornevik, Marianna Cortese, Michael Mina e Kassandra Munger.

 

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