Saúde

A exposição repetida a grandes desastres tem impactos de longo prazo na saúde mental
A exposia§a£o repetida a grandes desastres não torna as pessoas mentalmente mais fortes, um estudo recente da Escola de Saúde Paºblica da Universidade A&M do Texas descobriu que indivíduos que foram repetidamente expostos a grandes desastres ...
Por Tim Schnettler - 14/01/2022


Pixabay

A exposição repetida a grandes desastres não torna as pessoas mentalmente mais fortes, um estudo recente da Escola de Saúde Paºblica da Universidade A&M do Texas descobriu que indivíduos que foram repetidamente expostos a grandes desastres mostram uma redução nos escores de saúde mental.

Além disso, a equipe de pesquisa descobriu que quanto mais experiência os indivíduos tinham com esses eventos, menor era sua saúde mental .

"Descobrimos o reverso do ditado 'o que não te mata, te fortalece'", disse o principal autor do estudo, Garett Sansom, professor assistente de pesquisa no Departamento de Saúde Ambiental e Ocupacional da Escola de Saúde Paºblica.

Sansom e uma equipe de pesquisadores da Texas A&M estudaram indivíduos da área de Houston, que ésusceta­vel a furacaµes e inundações, bem como a emergaªncias industriais. Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista Natural Hazards .

De 2000 a 2020, o Texas osum dos estados mais propensos a desastres naturais ossofreu 33 grandes desastres declarados pela Agência Federal de Gerenciamento de Emergaªncias (FEMA). Muitos deles osfuracaµes, clima de inverno, secas e inundações osimpactaram a área de Houston. A área também foi impactada por emergaªncias, como explosaµes e lana§amentos de produtos químicos em instalações industriais próximas.

Segundo a equipe de pesquisa, a combinação de desastres naturais e emergaªncias de instalações industriais apresenta uma oportunidade única de observar os impactos.

"Ha¡ uma verdade lamenta¡vel de que muitas comunidades que residem ao longo da Costa do Golfo estãono nexo de exposições de perigos naturais e antropogaªnicos, ou causados ​​pelo homem", disse Sansom.

A equipe usou uma pesquisa de saúde de formula¡rio curto de 12 itens para coletar informações. A pesquisa avaliou os impactos cumulativos da exposição para avaliar asmudanças ao longo do tempo, produzindo uma pontuação composta para a saúde mental (MCS) e física (PCS).

A maioria dos respondentes relatou ter passado por muitos eventos perigosos nos últimos cinco anos. Furacaµes e inundações (96,35%) foram os eventos mais vivenciados, seguidos por incaªndios industriais (96,08), derramamentos de produtos químicos (86,84) e tornados (79,82).

A equipe descobriu que quando os indivíduos experimentaram dois ou mais eventos nos últimos cinco anos, suas médias de MCS caa­ram abaixo dos na­veis nacionais esperados.

“A saúde mental éfrequentemente negligenciada na resposta e na preparação para exposições a riscos”, disse Sansom. “No entanto, para alcana§ar os esforços de resiliencia da comunidade, as condições mentais precisam ser levadas em conta”.

Os resultados do estudo ajudam a revelar o impacto mental de longo prazo que os perigos podem ter. Mais importante, eles ressaltam a necessidade de intervenções de saúde pública direcionadas a esses indiva­duos, bem como a s comunidades onde residem.

 

.
.

Leia mais a seguir