Os cientistas encontraram evidaªncias de que um tipo de superbactanãria resistente a antibia³ticos MRSA surgiu na natureza muito antes do uso de antibia³ticos em humanos e gado, que tradicionalmente tem sido responsabilizado por seu surgimento.

Superbug MRSA surgiu em ouria§os muito antes do uso clanico de antibia³ticos - Crédito de imagem: Sophie Lund Rasmussen, WildCRU
O Staphylococcus aureus desenvolveu resistência ao antibia³tico meticilina hácerca de 200 anos, de acordo com uma grande colaboração internacional, incluindo a Universidade de Cambridge, o Instituto Wellcome Sanger, o Serum Statens Institut da Dinamarca, a Universidade de Oxford e o Royal Botanic Gardens, Kew, que rastreou a história genanãtica da bactanãria.
Eles estavam investigando a surpreendente descoberta - a partir de pesquisas com ouria§os da Dinamarca e da Suanãcia - de que até60% dos ouria§os carregam um tipo de MRSA chamado mecC-MRSA. O novo estudo também encontrou altos naveis de MRSA em cotonetes retirados de ouria§os em toda a sua extensão na Europa e na Nova Zela¢ndia.
Os pesquisadores acreditam que a resistência aos antibia³ticos evoluiu no Staphylococcus aureus como uma adaptação a ter que existir lado a lado na pele dos ouria§os com o fungo Trichophyton erinacei , que produz seus pra³prios antibia³ticos.
O Staphylococcus aureus resistente a meticilina resultante émais conhecido como a superbactanãria MRSA. A descoberta desta resistência antibia³tica secular antecede o uso excessivo de antibia³ticos em ambientes médicos e agracolas.
“Usando a tecnologia de sequenciamento, rastreamos os genes que da£o ao mecC-MRSA sua resistência a antibia³ticos desde sua primeira aparição e descobrimos que eles existiam no século XIXâ€, disse Ewan Harrison, pesquisador do Instituto Wellcome Sanger e Universidade de Cambridge e autor saªnior do estudo.
Ele acrescentou: “Nosso estudo sugere que não foi o uso da penicilina que impulsionou o surgimento inicial do MRSA, foi um processo biola³gico natural. Achamos que o MRSA evoluiu em uma batalha pela sobrevivaªncia na pele de ouria§os e, posteriormente, se espalhou para gado e humanos por contato direto.'
A resistência a antibia³ticos em insetos que causam infecções humanas era anteriormente considerada um fena´meno moderno, impulsionado pelo uso clanico de antibia³ticos. O uso indevido de antibia³ticos estãoacelerando o processo e a resistência aos antibia³ticos estãoaumentando para naveis perigosamente altos em todas as partes do mundo.
Como quase todos os antibia³ticos que usamos hoje surgiram na natureza, os pesquisadores dizem que éprova¡vel que a resistência a eles também já exista na natureza. O uso excessivo de qualquer antibia³tico em humanos ou gado favorecera¡ cepas resistentes do inseto, portanto, éapenas uma questãode tempo atéque o antibia³tico comece a perder sua efica¡cia.
“Este estudo éum forte aviso de que, quando usamos antibia³ticos, temos que usa¡-los com cuidado. Ha¡ um 'reservata³rio' de vida selvagem muito grande onde bactanãrias resistentes a antibia³ticos podem sobreviver - e a partir daa éum pequeno passo para que elas sejam apanhadas pelo gado e depois infectem humanos", disse o professor Mark Holmes, pesquisador da Universidade de Departamento de Medicina Veterina¡ria de Cambridge e autor saªnior do relatório.
Em 2011, trabalhos anteriores liderados pelo professor Holmes identificaram pela primeira vez mecC-MRSA em populações humanas e de vacas leiteiras. Na anãpoca, assumiu-se que a cepa havia surgido nas vacas por causa da grande quantidade de antibia³ticos que são administrados rotineiramente.
O MRSA foi identificado pela primeira vez em pacientes em 1960, e cerca de 1 em 200 de todas as infecções por MRSA são causadas por mecC-MRSA. Devido a sua resistência aos antibia³ticos, o MRSA émuito mais difacil de tratar do que outras infecções bacterianas. A Organização Mundial da Saúde agora considera o MRSA uma das maiores ameaa§as do mundo a saúde humana. a‰ também um grande desafio na pecua¡ria.
As descobertas não são motivo para temer ouria§os, dizem os pesquisadores: os seres humanos raramente são infectados com mecC-MRSA, embora esteja presente em ouria§os hámais de 200 anos.
“Nãosão apenas os ouria§os que abrigam bactanãrias resistentes a antibia³ticos ostoda a vida selvagem carrega muitos tipos diferentes de bactanãrias, bem como parasitas, fungos e varusâ€, disse Holmes.
Ele acrescentou: 'Animais selvagens, gado e humanos estãotodos interconectados: todos compartilhamos um ecossistema. Nãoépossível entender a evolução da resistência aos antibia³ticos a menos que vocêobserve todo o sistema.'
A especialista em ouria§os e coautora do estudo, Sophie Lund Rasmussen, da WildCRU, da Universidade de Oxford, explica: “Mesmo que essa descoberta seja novidade para nós, os ouria§os carregam essa bactanãria hápelo menos 200 anos sem causar grandes infecções em humanos. . Portanto, o conselho anã, como sempre, apreciar e apoiar os ouria§os que entram no seu jardim e manter uma boa higiene das ma£os ao alimentar e possivelmente manusear os ouria§os. Tanto para o bem dos ouria§os quanto para nosmesmos.