Saúde

Pequena variação de protea­na tem enorme impacto em todos os animais e plantas
As descobertas fornecem uma nova visão sobre as histonas, uma protea­na altamente ba¡sica que desempenha um papel crítico no empacotamento do DNA em cromossomos. Durante décadas, os bia³logos se perguntaram por que uma variante de histonas...
Por Bill Hathaway - 19/03/2022


(© stock.adobe.com)

Cientistas de Yale e da Universidade de Ottawa mostraram como a menor variação bioquímica em uma protea­na écrucial para a replicação e reparo do DNA em todas as plantas e animais, relatam em 17 de mara§o na revista Science.

As descobertas fornecem uma nova visão sobre as histonas, uma protea­na altamente ba¡sica que desempenha um papel crítico no empacotamento do DNA em cromossomos. Durante décadas, os bia³logos se perguntaram por que uma variante de histonas, conhecida como H3.1, difere de seu gaªmeo H3.3 geneticamente idaªntico por um aºnico aminoa¡cido.

Do ponto de vista evolutivo, a diferença écrucial: a variante H3.1 éencontrada em todas as plantas e animais, levando os cientistas a acreditar que ela estãode alguma forma envolvida na replicação do genoma durante a divisão celular. Seu papel exato nesse processo, no entanto, permaneceu um mistanãrio.

Usando a planta com flores Arabidopsis thaliana como um sistema modelo, pesquisadores do laboratório de Yannick Jacob , professor assistente de biologia molecular, celular e de desenvolvimento em Yale e coautor do artigo, revelaram novos insights sobre o papel crítico da variante. Ao manipular o genoma da planta, eles descobriram que a alteração de um aºnico aminoa¡cido na variante de histona H3.1 écrucial no recrutamento de uma protea­na especa­fica necessa¡ria para reparar o DNA danificado durante a replicação.

“ H3.1 serve como um sinalizador para localizar essa protea­na de reparo no momento exato e colocar nas células em replicação”, disse Jacob. “H3.1 garante que a via de reparo seja funcional apenas durante a replicação do DNA.”

Quando os cientistas replicaram células sem H3.1, disse Jacob, eles viram “mutações, ativação de vias alternativas de reparo de DNA e muitos defeitos de desenvolvimento”.

Compreender o papel do H3.1 e seu aminoa¡cido varia¡vel pode não apenas abrir novas abordagens terapaªuticas para doenças humanas como o ca¢ncer, disse Jacob, mas também “demonstra como a menor diferença na sequaªncia de protea­nas pode ter um tremendo impacto funcional ao longo da evolução”.

Este estudo foi uma colaboração entre a Universidade de Yale e uma equipe de pesquisa da Universidade de Ottawa. Yi-Chun Huang, de Yale, écoautor principal com Hossein Davarinejad, de Ottawa. Jean-Frana§ois Couture, da Universidade de Ottawa, éo autor cocorrespondente do estudo.

 

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