1 em cada 4 criana§as que sofreram um pequeno traumatismo craniano podem sofrer de sandrome pa³s-concussão crônica
Os pesquisadores acompanharam os indivíduos por um período entre seis meses e três anos a partir da data de alta e descobriram que cerca de uma em cada quatro criana§as liberadas da sala de emergaªncia sofria da sandrome crônica.

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Um novo estudo da Universidade de Tel Aviv, Kaplan Medical Center e Shamir Medical Center (Assaf Harofeh) descobriu que uma em cada quatro criana§as (25,3%) que receberam alta da sala de emergaªncia após um traumatismo craniano leve são diagnosticadas erroneamente e continuam a sofrer de sandrome pa³s-concussão por muitos anos. Esta sandrome inclui sintomas cra´nicos como esquecimento, problemas de memória, sensibilidade a luz e ao ruado, TDAH e atéproblemas psicola³gicos e, em vez de receberem tratamento para a sandrome, são erroneamente diagnosticados como portadores de TDAH, distúrbios do sono, depressão, etc. o diagnóstico equivocado leva a um tratamento não adequado ao problema, causando sofrimento prolongado a criana§a.
O estudo foi liderado pelo Prof. Shai Efrati do Centro Sagol de Medicina Hiperba¡rica e Pesquisa da Universidade de Tel Aviv e Centro Manãdico Shamir (Assaf Harofeh), Dr. Uri Bella e Dr. Eli Fried do Kaplan Medical Center, e Prof. Eran Kotzer do Centro Manãdico Shamir. Os resultados do estudo foram publicados na revista Scientific Reports .
"O objetivo do nosso estudo foi determinar quantas criana§as em Israel sofrem de sandrome pa³s-concussão persistente", diz o Dr. Fried do Kaplan Medical Center. "As criana§as participantes do estudo chegaram ao pronto-socorro com traumatismo craniano leve e, após passarem a noite em observação ou serem encaminhadas para uma tomografia computadorizada da cabea§a, receberam alta para ir para casa".
Prof. Efrati da Universidade de Tel Aviv afirma que "a sandrome pa³s-concussão persistente éuma sandrome crônica que resulta de micro danos aos pequenos vasos sanguaneos e nervos, que podem aparecer vários meses após a lesão na cabea§a e, portanto, muitas vezes édiagnosticada erroneamente como danãficit de atenção Ha¡ casos em que criana§as relatam dores de cabea§a e são diagnosticadas com enxaquecas ou, por exemplo, criana§as que relatam dificuldade de concentração e o médico prescreve Ritalina . Infelizmente, essas criana§as continuam sofrendo por muitos anos com vários distúrbios e, em vez de tratar o problema real, que éa sandrome, recebem tratamentos que geralmente não resolvem o problema."
O estudo examinou 200 criana§as que sofreram traumatismo craniano e que receberam alta do pronto-socorro após descartada a necessidade de intervenção médica. Os pesquisadores acompanharam os indivíduos por um período entre seis meses e três anos a partir da data de alta e descobriram que cerca de uma em cada quatro criana§as liberadas da sala de emergaªncia sofria da sandrome crônica.
"Deve-se entender que as consequaªncias da lesão cerebral durante a infa¢ncia continuam por toda a vida", diz o Dr. Uri Bella, Diretor da Sala de Emergaªncia Pedia¡trica do Kaplan Medical Center. "A perda de qualquer função cerebral impedira¡ a criana§a de realizar seu potencial na educação e na vida social."
Ao contra¡rio de danos a grandes artanãrias e danos visaveis ao tecido cerebral, com um pequeno ferimento na cabea§a, o dano énos pequenos vasos sanguaneos e neura´nios ose não édetectado em tomografias da cabea§a ou em ressona¢ncias magnanãticas regulares. O diagnóstico da sandrome requer monitoramento a longo prazo da manifestação dos sintomas, bem como o uso de exames de imagem e funcionais do cérebro. Segundo os pesquisadores, os achados alarmantes demonstram que são necessa¡riasmudanças na abordagem para o acompanhamento e tratamento dessas criana§as.
"O objetivo de um diagnóstico de emergaªncia édeterminar se a criana§a sofre de uma lesão cerebral grave que requer intervenção médica imediata", acrescenta o Prof. Eran Kotzer, Diretor das Salas de Emergaªncia do Centro Manãdico Shamir. “Infelizmente, da maneira como a maioria dos sistemas médicos opera hoje, perdemos os efeitos a longo prazo e não continuamos a monitorar as criana§as que saem da sala de emergaªncia sem deficiência motora visívelâ€.
"O tratamento para uma ampla gama de distúrbios mudara¡ se soubermos que a causa do novo problema éuma lesão cerebral", conclui o Prof. Efrati. "O diagnóstico adequado da causa éo primeiro e mais importante passo para fornecer o tratamento adequado para o problema."