Saúde

Transtornos depressivos podem levar a alterações nas células imunes
Perda de interesse, tristeza, falta de motivaa§a£o e fadiga aumentada ostodas essas queixas estãoentre os principais sintomas da depressão, uma doença mental que afeta cerca de 5% da populaa§a£o na Alemanha. As caracteri­sticas fisiopatola³gica
Por Universidade de Tecnologia de Dresden - 08/04/2022


Citometria de deformabilidade em tempo real e classificação subsequente de células sanguíneas baseada em IA. Crédito: Andreas Walther, CC BY-NC 4.0

Perda de interesse, tristeza, falta de motivação e fadiga aumentada ostodas essas queixas estãoentre os principais sintomas da depressão, uma doença mental que afeta cerca de 5% da população na Alemanha. As caracteri­sticas fisiopatola³gicas dos transtornos depressivos geralmente incluem inflamação de baixo grau e produção elevada de glicocortica³ides. Em um novo estudo publicado na revista Translational Psychiatry, pesquisadores da Technische Universita¤t Dresden, da Universidade de Zurique e dos Institutos Max Planck para a Ciência da Luz e do Max-Planck-Zentrum fa¼r Physik und Medizin Erlangen estabelecem pela primeira vez uma ligação entre transtornos depressivos e alterações meca¢nicas no sangue células. Para isso, os pesquisadores realizaram um estudo transversal caso-controle usando caracterização morforreola³gica baseada em imagens de amostras de sangue não manipuladas, facilitando a citometria de deformabilidade em tempo real (RT-DC).

Sessenta e nove indivíduos pré-selecionados com alto risco para transtornos depressivos e 70 controles sauda¡veis ​​pareados foram inclua­dos e avaliados clinicamente pelo Composite International Diagnostic Interview, uma entrevista cla­nica mundialmente reconhecida para transtornos psiquia¡tricos . Usando o manãtodo AI de aprendizado profundo aplicado a mais de 16 milhões de imagens de células sanguíneas, os principais tipos de células sanguíneas foram classificados e parametros morforreola³gicos, como tamanho celular e deformabilidade celular de cada canãlula, foram quantificados.

Assim, os cientistas descobriram que as células do sangue perifanãrico eram mais deforma¡veis ​​em pacientes com transtornos depressivos em comparação com os controles, enquanto o tamanho das células não foi afetado. Indiva­duos que sofreram de transtorno depressivo persistente ao longo de suas vidas apresentaram aumento da deformabilidade celular em mona³citos e neutra³filos, enquanto os eritra³citos foram mais deforma¡veis ​​no transtorno depressivo persistente atual. Tambanãm os linfa³citos foram mais deforma¡veis ​​em indivíduos com transtorno depressivo atual.

Posteriormente, o estudo mostra pela primeira vez que os transtornos depressivos, e em particular os transtornos depressivos persistentes que persistem por um período de mais de dois anos, estãoassociados ao aumento da deformabilidade das células sanguíneas. Enquanto todas as principais células sanguíneas tendem a apresentar maior deformabilidade, os linfa³citos, mona³citos e neutra³filos são os mais afetados. Isso sugere que alterações meca¢nicas nas células imunes ocorrem em transtornos depressivos, o que pode ser causa de uma resposta imune sustentada. A identificação desse mecanismo patola³gico pode ser acompanhada de novas possibilidades de terapia no futuro, que podem restaurar a função celular disfuncional, melhorando os processos meca¢nicos celulares.

Para o primeiro autor Dr. Andreas Walther, que conduziu o estudo na Ca¡tedra de Biopsicologia da TU Dresden, mas agora trabalha no Instituto de Psicologia Cla­nica e Psicoterapia da Universidade de Zurique, significa muito avana§ar tanto na área biológica quanto na psicológica. terapias, que tratam os transtornos depressivos de forma mais eficiente e sustenta¡vel a longo prazo: "Estamos trabalhando em paralelo na pesquisa de terapias farmacola³gicas para melhorar uma biologia disfuncional, bem como terapias psicológicas para melhorar processos cognitivos e emocionais disfuncionais. De fato, na minha opinia£o, apenas uma abordagem hola­stica pode entender e tratar com eficiência esse distaºrbio complexo e, com sorte, evitar muito sofrimento no futuro".

 

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