Inibidores de protease mais seguros do que se pensava para mulheres gra¡vidas com HIV
Globalmente, mais de 37 milhões de pessoas viviam com HIV em 2020, incluindo 19 milhões de mulheres em idade fanãrtil (UNAIDS). A cada ano, cerca de 1,3 milha£o dessas mulheres engravidam, a maioria das quais vive na áfrica Subsaariana...

Ilustração de um varus HIV na corrente sanguínea. Imagem: Shutterstock
Pesquisadores da Universidade de Oxford avaliaram evidaªncias de 34 estudos, envolvendo mais de 57.000 mulheres gra¡vidas com HIV, e descobriram que as terapias antirretrovirais baseadas em inibidores de protease aumentaram significativamente o risco de bebaªs serem pequenos ou muito pequenos para a idade gestacional, mas não houve outras gravidezes adversas. resultados, em comparação com terapias sem inibidores de protease.
Globalmente, mais de 37 milhões de pessoas viviam com HIV em 2020, incluindo 19 milhões de mulheres em idade fanãrtil (UNAIDS). A cada ano, cerca de 1,3 milha£o dessas mulheres engravidam, a maioria das quais vive na áfrica Subsaariana, onde as taxas de mortalidade materna e infantil permanecem altas.
A terapia antirretroviral érecomendada para todas as gestantes que vivem com HIV, pois desempenha um papel crucial na melhoria da saúde materna e na redução da transmissão do HIV de ma£e para filho. No entanto, atéo momento, háuma falta cratica de evidaªncias sobre se as terapias antirretrovirais aumentam o risco de resultados adversos na gravidez, como parto prematuro, baixo peso ao nascer, natimorto e bebaªs pequenos para a idade gestacional.*
Em particular, houve preocupação com um tipo de medicamento antirretroviral chamado inibidores de protease (incluindo atazanavir, lopinavir e darunavir). As diretrizes atuais recomendam que as terapias baseadas em inibidores de protease devem ser usadas na gravidez apenas se os tratamentos de 'primeira linha' (como os tratamentos baseados em integrase e transcriptase reversa) forem inadequados ou indisponaveis. Essas diretrizes também costumam desaconselhar o uso de um inibidor de protease especafico, lopinavir/ritonavir (LPV/r), citando um risco aumentado de parto prematuro. No entanto, essas recomendações são baseadas em evidaªncias limitadas e podem restringir as opções de tratamento para mulheres gra¡vidas com HIV.
Para abordar essa lacuna de conhecimento, pesquisadores da Unidade Nacional de Epidemiologia Perinatal (NPEU) da Oxford Population Health conduziram a maior revisão das evidaªncias sobre os resultados da gravidez para uma sanãrie de terapias antirretrovirais. Isso incluiu uma comparação de terapias antirretrovirais com inibidores de protease versus terapias antirretrovirais não baseadas em inibidores de protease e comparações de diferentes tipos de inibidores de protease em relação ao risco de 11 desfechos específicos de gravidez para mulheres vivendo com HIV.** A análise incluiu 34 estudos realizados entre 1980 e 2020, envolvendo mais de 57.000 gestantes vivendo com HIV em 22países diferentes.
O estudo descobriu que, em geral, os inibidores de protease estavam associados a um risco aumentado de bebaªs pequenos ou muito pequenos para a idade gestacional, em comparação com terapias antirretrovirais não inibidoras de protease (risco 24% e 40% maior, respectivamente). No entanto, os inibidores de protease não foram associados a um risco aumentado de parto prematuro ou qualquer outro resultado adverso da gravidez. Nãoforam encontradas diferenças significativas nos resultados da gravidez entre as três terapias com inibidores da protease lopinavir, atazanavir e darunavir.
Dr Joris Hemelaar (NPEU),o autor saªnior do estudo, disse: 'A terapia antirretroviral na gravidez tem benefacios claros para a saúde materna e prevenção da transmissão do HIV para a criana§a, mas nosso estudo mostrou pela primeira vez que os inibidores de protease estãoassociados a bebaªs pequenos ou muito pequenos para sua idade gestacional. No entanto, não houve aumento do risco de parto prematuro ou quaisquer outros resultados adversos da gravidez. Isso significa que os inibidores de protease continuam sendo uma opção importante para mulheres gra¡vidas que vivem com HIV se outros tratamentos não forem adequados, por exemplo, devido a resistência a medicamentos ou indisponaveis. As evidaªncias apresentadas aqui indicam que os inibidores de protease atazanavir, lopinavir e darunavir comumente usados ​​são compara¡veis ​​em relação aos resultados perinatais, o que deve informar as diretrizes internacionais de tratamento.
“Amedida que o número global de mulheres gra¡vidas vivendo com HIV recebendo terapia antirretroviral aumenta, as mulheres devem ser auxiliadas a tomar uma decisão informada sobre o uso de terapia antirretroviral na gravidez, levando em consideração todas as evidaªncias disponaveis. A escolha da terapia deve levar em consideração todos os fatores relevantes, além dos dados de segurança e resultados da gravidez, incluindo a extensão em que o varus pode ser suprimido, efeitos adversos de medicamentos, adesão a s prescrições de medicamentos, resistência a medicamentos antirretrovirais, interações medicamentosas, custo e disponibilidade de medicamentos. '
Com mais de 70% dos estudos avaliados sendo conduzidos empaíses de alta renda, o Dr. Hemelaar acrescentou que háuma necessidade urgente de mais pesquisas sobre os resultados da gravidez de diferentes tratamentos antirretrovirais empaíses de baixa e média renda, onde a carga do HIV éAltassima.
A professora Yvonne Gilleece, porta-voz da British HIV Association (BHIVA) e ex-presidente imediata das diretrizes da BHIVA sobre o manejo do HIV na gravidez e no período pa³s-parto, disse: "A gravidez éuma situação de vida única na qual devemos considerar a segurança da ma£e e do bebaª. Devido a sub-representação contanua de todas as mulheres em ensaios clínicos, mas particularmente mulheres gra¡vidas, não temos evidaªncias suficientes para basear todas as nossas decisaµes de gestão. Esta revisão sistema¡tica inclui um grande número de mulheres gra¡vidas vivendo com HIV e, portanto, pode melhorar uma discussão informada sobre a segurança do uso de inibidores de protease durante a gravidez.'
O estudo completo pode ser lido em eClinicalMedicine .