Saúde

Cientistas desenvolvem tecnologia de medição de anticorpos COVID-19 para avaliar rapidamente a eficácia do bloqueio de va­rus
Uma equipe de cientistas desenvolveu o sistema ha­brido de pseudova­rus alfava­rus-SARS-CoV-2 que pode expressar de forma robusta genes repa³rteres em células em poucas horas para medir rapidamente anticorpos neutralizantes.
Por Universidade George Mason - 21/04/2022


O Dr. Yuntao Wu, professor da Escola de Biologia de Sistemas, trabalha no laboratório, atuando como investigador principal da equipe de pesquisa desenvolvendo o sistema de pseudova­rus ha­brido alphavirus-SARS-CoV-2 que pode expressar de forma robusta genes repa³rteres em células dentro de horas para medir rapidamente anticorpos neutralizantes . Crédito: Foto de Evan Cantwell/George Mason University

Os anticorpos de uma pessoa funcionam para impedir que o va­rus COVID-19 infecte seu sistema? Esses anticorpos também são capazes de bloquear variantes emergentes, como os a´ma­crons?

Estas são as perguntas que todos estãofazendo. E pesquisadores da Universidade George Mason desenvolveram o Ha-CoV-2, um sistema de pesudova­rus SARS-CoV-2 rápido não replicante que pode medir rápida e quantitativamente a capacidade dos anticorpos de bloquear o SARS-CoV-2 e suas variantes in vitro .

Uma equipe interdisciplinar coordenada por cientistas do Centro de Pesquisa de Doena§as Infecciosas de Mason (CIDR) desenvolveu o sistema ha­brido de pseudova­rus alfava­rus-SARS-CoV-2 que pode expressar de forma robusta genes repa³rteres em células em poucas horas para medir rapidamente anticorpos neutralizantes. O pseudova­rus Ha-CoV-2 foi utilizado contra o va­rus COVID-19 e suas variantes, incluindo Alpha, Delta e Omicron, bem como a variante omicron BA.2 atualmente emergente.

Essa tecnologia de ponta, publicada recentemente na revista Cell Reports Methods, reduz um processo ta­pico de dois dias para algumas horas. A equipe Mason começou a trabalhar nesse desafio quando o COVID-19 surgiu aos olhos do paºblico e esse importante avanço foi possí­vel devido a uma combinação de fatores.

De acordo com o Dr. Yuntao Wu, professor e virologista do Mason's College of Science e investigador principal da equipe, "o laboratório aproveitou os aprendizados de nossas pesquisas anteriores sobre HIV e va­rus da poliomielite e as extensas instalações de doenças infecciosas integradas e de altonívelde Mason, assim como o O va­rus SARS CoV-2 surgiu."

Brian Hetrick, que realizou novas pesquisas baseadas em vetores virais com Wu, co-inventou o sistema de pseudova­rus enquanto buscava seu doutorado. em Mason. "Tentei criar um pseudova­rus ha­brido baseado em vetor de alfava­rus para SARS-CoV-2. Espera¡vamos ter um sistema mais robusto e rápido para triagem e medição de medicamentos e anticorpos antivirais. Felizmente, conseguimos após algumas tentativas fracassadas", disse Hetrick. disse.

A equipe apresentou a nova tecnologia de pseudova­rus no vera£o de 2020. “Aprendemos com a tecnologia anterior de pseudova­rus SARS-CoV-2 que podera­amos obter uma tecnologia superior com maior precisão e velocidade mais rápida para quantificar anticorpos de neutralização”, disse Wu.

O laboratório de Wu então colaborou com pesquisadores do Mason's Center for Proteomics and Molecular Medicine e o laboratório certificado CAPClia, cujo manãtodo de teste de saliva para monitorar a disseminação do COVID-19 forneceu a grande quantidade de amostras necessa¡rias para diluir o soro e confirmar o poderoso impacto da tecnologia. Em outubro de 2020, Wu e sua equipe da Mason solicitaram uma patente provisãoria.
 
A ciência que sustenta a descoberta analisa a concentração de anticorpos no sangue em vários na­veis de diluição para determinar quais são os na­veis ma­nimos necessa¡rios para bloquear a entrada departículas virais na canãlula. "As pessoas são diferentes, assim como seus anticorpos neutralizantes produzidos pela vacinação", disse Wu. Este sistema Ha-CoV-2 pode dizer a uma pessoa a força de seus anticorpos para neutralizar o SARS-CoV-2 ou uma variante especa­fica. Alguns tem anticorpos mais fortes devido a  infecção anterior e se uma pessoa recebeu uma ou mais vacinas. A vacinação e a exposição repetida podem desencadear uma resposta de anticorpos mais forte.

A tecnologia tem uma infinidade de aplicativos de monitoramento de va­rus no setor paºblico e privado. Por exemplo, nas primeiras semanas em que surgiu, essa equipe entendeu rapidamente o quanto infeccioso (10 vezes mais infeccioso) o va­rus Omicron seria.

Durante o inverno de 2021-2022, a variante Omicron altamente infecciosa dominou o número global de casos de pandemia de COVID-19. Embora não seja tão grave para a maioria dos pacientes infectados, Wu sugere, devido a  sua rápida disseminação: "A maioria das linhas de base futuras comea§ara¡ com proteção (incluindo quando obter reforços), detecção e tratamento contra Omicrons. Essa tecnologia rápida de pseudova­rus poderia identificar os na­veis de anticorpos e sua eficácia para determinar se alguém deveria precisar de proteção adicional e poderia se tornar parte do processo estruturado de avaliação de anticorpos de uma organização ou pessoa."

Suas descobertas podem ter impactos significativos para as estratanãgias de controle da pandemia.

"Basta pensar nisso", disse Hetrick. “Em vez da agora predominante 'incerteza de volta a s aulas', imagine se os membros da comunidade Mason pudessem passar por uma triagem de anticorpos no ini­cio de um ano acadêmico e receber um relatório detalhando seus na­veis de proteção de anticorpos”.

"Vocaª teria a tranquilidade de saber que estãofisicamente protegido, então vocêdeve estar bem para ir a  aula ou ao trabalho. Ou, inversamente, com base nos na­veis de anticorpos, se um não estiver protegido, um reforço estaria dispona­vel para fortalecer a resposta de anticorpos", explicou Hetrick.

O CDC ainda não publicou na­veis aceita¡veis ​​de anticorpos neutralizantes e não hákit quantitativo aprovado pela FDA para medir os na­veis de anticorpos neutralizantes no sangue.

Atualmente, a equipe Mason e seus colaboradores da Universidade George Washington e da Universidade de Toledo estãoaplicando a tecnologia para medir anticorpos neutralizantes de pessoas imunocomprometidas após a vacinação, na esperana§a de obter informações detalhadas para que decisaµes fundamentadas possam ser tomadas sobre a necessidade de tiros de reforço.

 

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