Saúde

Quedas graves são um risco para a saúde de adultos com menos de 65 anos
Esse risco elevado pode afetar indivíduos de meia-idade - uma populaa§a£o que não costuma ser vista como vulnera¡vel a quedas debilitantes ou fatais, disseram os pesquisadores.
Por Ziba Kashef - 23/07/2019

(© stock.adobe.com)

Os adultos que tomam vários medicamentos prescritos tem maior probabilidade de sofrer quedas graves, dizem os pesquisadores de Yale e seus coautores em um novo estudo. Esse risco elevado pode afetar indivíduos de meia-idade - uma população que não costuma ser vista como vulnera¡vel a quedas debilitantes ou fatais, disseram os pesquisadores.

Para identificar os fatores que colocam adultos em risco de quedas graves, a equipe de pesquisa usou dados de pacientes do Veterans Aging Cohort Study (VACS), um estudo nacional de indivíduos que recebem atendimento por meio da Veterans Health Administration (VA). Eles identificaram 13.000 casos de queda e os compararam a controles de idade, raça, sexo e status de HIV semelhantes. Os fatores de risco de queda inclua­ram uso de medicamentos prescritos e uso de a¡lcool e drogas ila­citas.

Os pesquisadores descobriram que as quedas eram um problema para pacientes de meia-idade. "Os provedores costumam pensar em quedas em pessoas com mais de 65 anos. Mas essas pessoas tinham mais de 50 anos e as quedas eram uma preocupação importante", disse Julie Womack , autora principal e professora associada da Yale School of Nursing. 

O estudo também observou que o uso simulta¢neo de maºltiplas medicações, conhecido como polifarma¡cia, desempenha um papel significativo em quedas graves entre pacientes HIV positivos e aqueles que não são. Os pesquisadores examinaram o status de HIV porque as pessoas tratadas para o HIV tomam vários medicamentos e, muitas vezes, em uma idade mais jovem.

Medicamentos associados a quedas graves inclua­am aqueles comumente usados ​​para tratar ansiedade e insa´nia (benzodiazepa­nicos), assim como relaxantes musculares e opia³ides prescritos.

Outra descoberta importante éo papel do a¡lcool e do uso de drogas ilegais nas quedas, disse Womack.

O estudo sugere que os programas projetados para prevenir quedas graves em adultos mais velhos podem precisar ser modificados para abordar os riscos para adultos de meia-idade. “Fatores de risco de queda são altamente prevalentes na geração Baby Boomer de forma mais geral. O pra³ximo passo éolhar para intervenções para a meia idade ”, disse Womack. Essas intervenções poderiam abordar o consumo de drogas e drogas ila­citas, além da polifarma¡cia. “Quando estamos pensando em programas de prevenção de quedas, precisamos pensar sobre o uso de a¡lcool e substâncias. Precisamos ajudar as pessoas a reduzir.

Reduzir as quedas em adultos de meia-idade e idosos évital, porque as quedas contribuem para aumentar o risco de lesões, hospitalizações e morte, disse Womack.

O estudo foi publicado on-line antes da impressão no Journal of Acquired Imune Deficiency Syndrome (JAIDS) .

Outros autores do estudo são Terrence E. Murphy, Christopher T. Rentsch, Janet P. Tate, Harini Bathulapalli, Alexandria C. Smith, Jonathan Bates, Samah Jarad, Cynthia L. Gibert, Maria C. Rodriguez-Barradas, Phyllis C. Tien, Michael T. Yin, Thomas M. Gill, Gary Friedlaender, Cynthia A. Brandt e Amy C. Justice.

Este trabalho foi apoiado pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Enfermagem, Centro Nacional de Recursos de Pesquisa e Centro Nacional para o Advancing Translational Sciences, Instituto Nacional sobre Envelhecimento, e Instituto Nacional sobre Abuso alcool e Alcoolismo.

 

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