Saúde

Pesquisadores acham que alterações epigenanãticas durante a gravidez podem contribuir para o desenvolvimento da asma
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Chicago encontrou diferenças epigenanãticas marcantes nas células das vias aanãreas de pacientes com asma que tem ma£es asma¡ticas, em comparaça£o com pacientes cujas ma£es nunca tiveram asma.
Por Centro Médico da Universidade de Chicago - 06/06/2022


Doma­nio paºblico

A asma éuma doença crônica que afeta 25 milhões de pessoas nos Estados Unidos. Ter uma ma£e com asma éum fator de risco importante e um novo estudo pode explicar o porquaª. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Chicago encontrou diferenças epigenanãticas marcantes nas células das vias aanãreas de pacientes com asma que tem ma£es asma¡ticas, em comparação com pacientes cujas ma£es nunca tiveram asma. A pesquisa foi publicada nesta sexta-feira (6) em Proceedings of the National Academy of Sciences.

Carole Ober, Ph.D., e sua equipe de pesquisa passaram anos examinando influaªncias genanãticas que contribuem para o desenvolvimento da asma, incluindo fatores epigenanãticos. Epigenanãtica refere-se amudanças na forma como os genes são expressos que não são dirigidos pormudanças ou mutações na própria sequaªncia de DNA. Em vez disso, a atividade genanãtica pode ser ligada ou desligada pela fixação de pequenas estruturas químicas, como grupos de metila ao DNA. Muitos fatores ambientais são conhecidos por impactar padraµes de metilação de DNA, incluindo o ambiente in-utero.

No estudo, a equipe encontrou diferentes padraµes de metilação de DNA em células epiteliais das vias aanãreas inferiores de adultos asma¡ticos com ma£es asma¡ticas em comparação com aquelas cujas ma£es não tinham asma.

"Os padraµes de metilação naqueles com ma£es asma¡ticas estavam ligados a  redução da expressão de genes em vias imunola³gicas", disse o primeiro autor Kevin Magnaye, Ph.D., sobre as descobertas, que fazia parte de seu projeto de dissertação.

Essas vias imunola³gicas estãoassociadas a  sinalização de células T prejudicadas, um tipo de canãlula imune adaptativa envolvida no combate a infecções, incluindo caminhos ligados a respostas imunes prejudicadas a va­rus e bactanãrias. Clinicamente, háum tipo grave de asma, referido como asma tipo 2-baixo, que édefinido pela falta de responsividade aos tratamentos corticosteroides padra£o, que suprime processos inflamata³rios.

"Este subtipo de asma éparticularmente difa­cil de tratar", disse Ober, professor de Genanãtica Humana de Blum-Riese. "Nossos resultados sugerem que uma causa ba¡sica édevido a respostas imunes prejudicadas, potencialmente explicando a falta de resposta terapaªutica aos corticosteroides e sugerindo caminhos alternativos para atingir como terapias para esse grupo de pacientes."

Um elemento importante neste estudo éque ele foi conduzido em uma população diversificada. Os participantes do estudo foram pacientes das cla­nicas de asma da UChicago Medicine. Muitos vivem no Lado Sul, onde as taxas de asma são especialmente altas.

"Ter representação de diversos ancestrais e fatores socioculturais éimportante na pesquisa, pois nos diz que esses achados são verdadeiros em várias populações", disse Magnaye. Ha¡ disparidades significativas nas taxas de asma, o que enfatiza ainda mais a necessidade de diversidade na pesquisa sobre asma.

O estudo foi realizado com células retiradas de pacientes adultos, mas, de forma emocionante, os resultados foram replicados em células epiteliais das vias aanãreas retiradas de um grupo independente de criana§as. Os pesquisadores acreditam que as modificações epigenanãticas observadas nos pacientes asma¡ticos provavelmente ocorreram durante a gravidez, e a exposição ao ambiente in-aºtero da ma£e asma¡tica moldou seu potencial para desenvolver asma mais tarde na vida.

"O fato de esses resultados terem sido replicados em uma coorte separada de criana§as sustenta a noção de que essas modificações estãopresentes muito antes da idade adulta", disse Ober.

Mais pesquisas são necessa¡rias para determinar a linha do tempo dessasmudanças e seus efeitos sobre a asma. A equipe de Ober estãotrabalhando em um estudo longitudinal em bebaªs para examinar melhor esses efeitos temporais.

Pesquisas em andamento no laboratório Ober, em colaboração com Magnaye e sua atual equipe de pesquisa na Universidade da Califórnia em Sa£o Francisco, estãofocadas nas interações potenciais entre o microbioma, a epigenanãtica e o desenvolvimento da asma.

O estudo éintitulado "Assinaturas de metilação de DNA em células das vias aanãreas de criana§as adultas de ma£es asma¡ticas refletem subtipos de asma grave".

 

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