Saúde

Pesquisadora da UFPB sugere tempo ma¡ximo menor para tratar câncer infantojuvenil
Legislaa§a£o em vigor estabelece até60 dias para neoplasia maligna no Sistema ašnico de Saúde - SUS
Por Bruna Ferreira - 29/08/0019

Crédito: Reprodução/Google
Para cientista, tratamento deve comea§ar logo porque diagnóstico édemorado. 

Segundo a legislação em vigor, o paciente com neoplasia maligna, mais conhecida como ca¢ncer, tem direito de se submeter ao primeiro tratamento, no Sistema ašnico de Saúde (SUS), no prazo de até60 dias, contados a partir de quando for firmado o diagnóstico em laudo patola³gico.

Contudo, a pesquisadora do Programa de Pa³s-Graduação em Saúde da Fama­lia em Rede Nacional (ProfSaúde) na Universidade Federal da Paraa­ba (UFPB) Melina Paiva sugere redução desse tempo para o câncer infantojuvenil, porque o diagnóstico édemorado.

“O diagnóstico do câncer em criana§as e adolescentes pode ser mais demorado, visto que os sintomas apresentados na maioria dos casos são comuns a muitas doena§as. Por essa raza£o, muitas criana§as já chegam ao serviço com o câncer em esta¡gio avana§ado, devido ao diagnóstico tardio”, argumenta Paiva.

Segundo a oncologista pedia¡trica, a dificuldade no acesso aos exames de estadiamento e quimiotera¡picos, leitos insuficientes de enfermaria e de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), escassas políticas públicas de saúde destinadas a esse grupo de pacientes e busca por tratamentos alternativos podem ser as possa­veis causas para atraso no ini­cio do tratamento.

A pesquisa foi realizada no Hospital Napolea£o Laureano, em Jaguaribe, referaªncia no tratamento de câncer na Paraa­ba. Durante o tempo do estudo, de junho de 2013 a junho de 2017, foram registradas 216 criana§as com diferentes tipos de ca¢ncer, das quais 60 morreram, cinco delas antes mesmo de iniciar o tratamento, embora 98% tenham comea§ado o tratamento antes de 60 dias.

De acordo com pesquisas do Instituto Nacional do Ca¢ncer (INCA), a neoplasia maligna éa doença que mais mata criana§as e adolescentes no Brasil e a segunda causa de a³bito desse grupo eta¡rio, superada somente pelos acidentes e mortes violentas.

 

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