A Kinowave , uma startup que trabalha em um sistema de energia das ondas flutuante que também protege contra a erosão costeira, foi nomeada a vencedora do Prêmio James Dyson de 2025 no Reino Unido . A competição premia designers que pensam diferente para criar produtos que funcionam melhor. 

A tecnologia foi concebida em Tamil Nadu, na Índia, mas dará os próximos passos na Imperial, onde o cofundador e diretor executivo da empresa, Janarthanan Venkatachalam, deve ingressar no mestrado em inovação em tecnologia limpa em outubro. 

“Este prêmio é uma prova do potencial da empresa para reimaginar a energia oceânica como uma solução climática prática e acessível, e estamos entusiasmados em receber Jana como uma de nossas alunas”, disse a Dra. Elena Dieckmann , codiretora do programa de mestrado e codiretora acadêmica da  Imperial Global India .

O programa de inovação em tecnologia limpa é oferecido pela Escola Dyson de Engenharia de Design , pelo Instituto Grantham para Mudanças Climáticas e Meio Ambiente e pela incubadora Undaunted . O Sr. Venkatachalam está ingressando no programa com uma Bolsa Chevening , um programa financiado pelo governo que permite que líderes emergentes de destaque de todo o mundo façam mestrados de um ano no Reino Unido. 

A maioria das tecnologias de energia das ondas concentra-se na geração de eletricidade e ignora o fato de que extrair energia do oceano também tende a acalmar as ondas. Os fundadores da Kinowave enxergaram potencial nesse efeito secundário e se propuseram a projetar um sistema de energia das ondas que pudesse ser instalado ao longo de litorais vulneráveis ou perto de ilhas baixas, protegendo-as da erosão e, ao mesmo tempo, fornecendo a eletricidade tão necessária.

A maioria dos conversores convencionais de energia das ondas requer estruturas permanentes ou ancoragem no fundo do mar, o que é complicado e caro. Existem sistemas de flutuação livre, mas seus complexos sistemas de extração de energia tendem a ser caros e a oferecer eficiência limitada.

A solução da Kinowave é um sistema inovador de cilindros interconectados cheios de fluido que captura o gradiente natural das ondas do oceano, sem a necessidade de uma âncora. Testes demonstraram uma eficiência de 60% na conversão do movimento da água em eletricidade, significativamente superior aos 45% típicos de outros sistemas. Ao mesmo tempo, o sistema é modular e deve ser simples de implementar, tornando-o adequado para locais com recursos limitados.

O sistema também demonstrou reduzir significativamente a força das ondas, permitindo que apenas 40% da energia delas continue em direção à costa. Essa redução amortecerá os impactos erosivos e, ao mesmo tempo, diminuirá a agitação do fundo do mar, o que, por sua vez, atenuará a erosão costeira, tornando o sistema um conversor de energia das ondas e uma solução de proteção costeira que aumenta a sustentabilidade e a resiliência climática.

Os próximos passos da Kinowave são refinar ainda mais sua tecnologia e validar o sistema. Isso envolverá a construção de um protótipo de 100 watts, que poderá ser ampliado para 10 kW em dois anos. "Para testes piloto, planejamos colaborar com várias nações insulares para implantar nosso projeto piloto de energia das ondas em condições oceânicas reais, a fim de testar seu desempenho, os benefícios para a proteção costeira e o impacto na comunidade, especialmente na mitigação da erosão costeira", afirma o Sr. Venkatachalam.

O Prêmio Nacional James Dyson inclui um prêmio de £ 5.000 e a chance de concorrer aos prêmios internacional e de sustentabilidade, ambos no valor de £ 30.000. Os vencedores serão anunciados em 5 de novembro.