Blythe George percorreu um longo caminho desde sua tribo e sua cidade rural da Califa³rnia, mas suas ambia§aµes são ajudar os dois
Blythe George éo primeiro Yurok a receber um doutorado em Harvard.Â
Fotos cortesia de Blythe George
Para Blythe George, o caminho para se tornar um estudioso que estuda os efeitos da pobreza, desemprego e crime entre os nativos americanos começou em casa.
Crescendo em uma familia da classe trabalhadora em McKinleyville, uma cidade rural ao longo da costa norte da Califa³rnia, a 100 quila´metros da reserva de Yurok, a tribo a qual ela pertence, a educação de George foi marcada pelo abuso de substâncias de seu pai e pelo constante incentivo de sua ma£e lutar por uma vida melhor.
"Minha ma£e apoiou minha busca por oportunidades que a s vezes nem nosduas conseguimos entender completamente, mas que, no entanto, ela queria para mim", disse George via Zoom, de sua cidade natal, onde estava se aconchegando com a familia durante a quarentena de coronavarus.
Envolto pelo amor e apoio de sua ma£e, George sempre se imaginava voando como uma a¡guia, visando grandes e alimentando grandes ambições. Depois de se destacar na escola, onde se destacou por ser brilhante, opinativa e motivada, George deixou McKinleyville para cursar a Dartmouth College, com a seletiva bolsa Gates Millennium Scholarship, e depois para Harvard, de onde estãopreparada para se formar em doutorado. . em sociologia e polatica social pela Graduate School of Arts and Sciences.
Foi uma longa jornada e, embora a formatura possa marcar o culminar da educação de George por enquanto, termina com uma coda que a faz se sentir orgulhosa e agradecida. Segundo funciona¡rios do Programa Nativo Americano da Universidade de Harvard, George éo primeiro Yurok a receber um doutorado em Harvard.
Como estudioso das questões de pobreza, George espera fazer contribuições duradouras que possam levar ao desenvolvimento de novas políticas sociais para melhorar a vida dos nativos americanos.
"Eu não poderia ser um daqueles indianos que recebem benefacios em virtude de sua herana§a e não os devolvem de volta a s suas comunidades", disse George. "O objetivo final sempre foi como garantir que McKinleyville e a tribo Yurok se beneficiassem do que tive a sorte de fazer parte".
Apresentando em tribunal. Desde 2016, George faz parceria com o Yurok Justice Center
e o Tribal Court para ajudar o tribunal a coletar dados em um esfora§o para reduzir
as altas taxas de encarceramento dos nativos americanos.
Atualmente bolsista presidencial de pa³s-doutorado na Universidade da Califa³rnia, Berkeley, George estãotrabalhando em um livro baseado em sua dissertação sobre os efeitos da pobreza, desemprego e crime nas reservas de Yurok e Hoopa. Seu livro, ela disse, seráuma oferta especial para estudantes nativos americanos que chegam a faculdades e universidades e lutam para encontrar narrativas sobre a pobreza escritas por alguém que a tenha experimentado.
Os problemas de identidade nem sempre eram tão claros para George. Na escola, ela lutou com sua herana§a mista: seu pai veio de uma familia de mineiros brancos nopaís vizinho de Karuk, enquanto sua ma£e édescendente de Yurok e irlandaªs. Ela cresceu orgulhosa de suas raazes indagenas, embora dissesse que muitas vezes sentia que não era nativa o suficiente porque não cresceu em uma reserva.
Com mais de 6.000 membros inscritos, os Yurok são a maior tribo da Califórnia reconhecida federalmente. Os membros vivem em suas terras ancestrais, cercadas por florestas de sequa³ias, entre o Oceano Pacafico e o rio Klamath.
Em Dartmouth, George se juntou a um grupo de estudantes nativos americanos e atuou como orientadora de graduação na Native American House, onde encontrou uma famalia, ligada por suas histórias comuns de origens rurais e educação modesta.
"Eu não poderia ser um daqueles indagenas que recebem benefacios em virtude de sua herana§a e não os devolvem de volta a s suas comunidades".
- Blythe George, Ph.D. '20
Em Harvard, George encontrou uma falta de vozes nativas na pesquisa em sociologia e ciências sociais e se tornou um defensor da tribo Yurok e dos nativos americanos. Sua missão não era apenas produzir pesquisas originais sobre questões indagenas, mas também pressionar outros acadaªmicos a incluarem populações indagenas americanas em suas pesquisas.
"Eu senti que, se eu não mencionasse a palavra Yurok ou a palavra tribo em William James Hall, ela poderia muito bem nunca ter sido dita", disse George. “Parte da minha missão la¡ fora éser alguém com bom senso para levantar a ma£o dela e perguntar: 'Como isso pode se aplicar aopaís indiano?' ou 'Vocaª poderia me contar mais sobre seus dados sobre povos nativos?' â€
William Julius Wilson , professor da Universidade Lewis P. e Linda L. Geyser, presidiu o comitaª de dissertação de George e sempre ficou impressionado com sua determinação de trazer a tona questões relacionadas a s populações nativas em debates paºblicos.
"Apesar de sua humilde formação, Blythe não parecia intimidada pelo intenso ambiente intelectual de Harvard", disse Wilson. "Blythe não hesitou em fazer perguntas ou oferecer comenta¡rios perspicazes sobre a pobreza nas reservas dos nativos americanos."
Ele elogiou a dissertação de George como importante e muito necessa¡ria. "a‰ um estudo inovador que contribui significativamente para a literatura sobre pobreza e desigualdade concentradas", afirmou. “O trabalho dela éoriginal. Nãoconhea§o nenhum outro estudo do tipo que Blythe estãoconduzindo. Essa éa singularidade de seu trabalho.
Desde 2016, George fez uma parceria com o Yurok Justice Center e o Tribal Court para fazer sua pesquisa e para ajudar o tribunal a coletar dados para ajudar a diminuir as altas taxas de encarceramento dos nativos americanos.
"Se vocêolhar para pesquisas sobre presos tribais, não ha¡", disse Abby Abinanti, juaza chefe do Tribunal Tribal de Yurok. “Estamos tentando criar um programa de reinserção, que se tornaria um modelo e um piloto para o nosso estado e provavelmente em todo opaís. Temos taxas de encarceramento muito altas, mas temos muito poucos dados. Com seu trabalho, Blythe estãonos ajudando a obter esses dados que podem nos levar amudanças reais. â€
Para George, trabalhando com Abinanti, a primeira mulher nativa americana admitida no tribunal da Califa³rnia, alimenta sua inspiração para trabalhar para melhorar a vida de seus colegas Yuroks.
“Eu sempre pensei em meu doutorado. como uma ferramenta para representar a tribo Yurok â€, disse George. "Nunca me restringi a 'estudar de onde sou', mas tenho uma obrigação real antes de passar a ser uma voz para a tribo Yurok."