a‰ a primeira vez que um grupo estudantil brasileiro épremiado pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletra´nicos (IEEE)
Atualmente, o IEEE Computational Intelligence Society UnB écomposto por 21 integrantes de diferentes cursos. Imagem: Divulgação
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Um grupo de estudantes de diferentes cursos de graduação da Universidade de Brasalia foi premiado pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletra´nicos (IEEE) como melhor do mundo por seus trabalhos e projetos ao longo de 2019. A organização funciona para o mundo tecnola³gico de forma semelhante a Organização Mundial da Saúde (OMS) e ressalta o desenvolvimento de um futuro melhor para o mundo com o reconhecimento de prática s inovadoras. Esta éa primeira vez que equipe de estudantes brasileiros recebe o título do instituto.Â
O coletivo de discentes faz parte da Computational Inteligence Society (CIS) osSociedade de Inteligaªncia Computacional, em portuguaªs –, que éa extensão do IEEE na UnB e foi fundada pelos estudantes em 2018. Os grupos estudantis do IEEE, denominados Capatulos, desenvolvem pesquisas em tema¡tica especafica, escolhida pelos pra³prios alunos associados a instituição.
O Capatulo da UnB osou CIS UnB –, por exemplo, desenvolve inteligaªncia artificial e tem o objetivo de construir projetos práticos dessa área. Hoje, a equipe écomposta por 21 integrantes e agrega estudantes de cursos como Engenharia Elanãtrica, Engenharia Mecatra´nica, Engenharia de Produção, Biotecnologia e Química.
Segundo Osmar Luiz Carvalho, prova¡vel formando em Engenharia Elanãtrica e presidente organizacional do Capatulo da UnB, a principal característica do grupo éo engajamento com as propostas levantadas. “Desde o inacio, nosjá tanhamos muito gás para colocar em prática nossos projetos e queraamos pessoas com esse mesmo perfil, independente donívelde conhecimentoâ€, afirma.Â
“Identificamos pessoas dispostas a aprender e permanecer no grupo e somos muito felizes com o destaque de nossos integrantes. Agora, queremos a inclusão de mais cursos, pois vemos com muito bons olhos pessoas com diferentes experiênciasâ€, completa o estudante.
A estudante Isabel Caroline Gomes, do primeiro semestre de Engenharia de Produção, acredita que a iniciativa amplia os conhecimentos em a¢mbito acadêmico e profissional. “Para mim, éuma experiência muito inovadora dentro da Universidade. a‰ o meio termo entre o acadaªmico, do PIBIC [Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientafica], e o empresarial, de uma Empresa Jaºnior, sem perder a autenticidade de um projeto de extensão pensado e fundado por universita¡riosâ€, declara.
Para Guilherme Andrey Ribeiro, estudante do curso de Engenharia Elanãtrica, o CIS UnB ofereceu suporte e ferramentas para seu direcionamento dentro da Universidade. “Tive a oportunidade de aprender muitas coisas que, a primeira vista, são tea³ricas, mas que tem muita aplicabilidade em problemas do mundo real. Tambanãm pude desenvolver pesquisas e redigir artigos cientafico", aponta.
RECONHECIMENTO osO lider do Capitulo da UnB, Osmar Carvalho, ressalta que a Universidade fortalece a autonomia do grupo, tanto pelo conteaºdo ministrado e suas complexidades quanto pelas oportunidades oferecidas. "a‰ muito importante ter um praªmio desses vinculado a nossa instituição. Estamos muito felizes, tanto por ser nossa primeira premiação como também por ser a primeira vez que um grupo brasileiro recebe o praªmio", destaca.
Instalada no Laborata³rio de Sistemas Espaciais (Lsie), sob supervisão do prof\essor Osmar Abalio de Carvalho Junior, do Departamento de Geografia (GEA), a equipe estãoprestes a completar dois anos de existaªncia. O Capatulo foi premiado pela IEEE por sua capacidade de gestãode informações e de dados, uma vez que o título não reconhece um projeto especafico e sim o impacto geral proporcionado pelo grupo.
Com imagens de satanãlites, por exemplo, eles analisaram dados para fazer previsão de safra agracola e detecção de piva´s centrais, utilizando inteligaªncia artificial. No campo da saúde, contribuaram para a detecção de câncer de pele, junto ao professor Kleber Carlos Mundim, do Instituto de Química (IQ). Segundo o docente, eles se integraram ao Laborata³rio de Modelagem de Sistemas Complexos (LMSC) para a prospecção de soluções baseadas em inteligaªncia artificial voltadas ao diagnóstico da doena§a. Assim, foi constituado um grupo de pesquisa composto por quamicos, médicos, enfermeiras, bia³logos e engenheiros.
Mundim relata que a troca de conhecimento ocorreu na medida em que os estudantes receberam amplo estamulo e treinamento para o desenvolvimento de habilidades nas esferas acadaªmica e cientafica e que os discentes contribuaram significativamente para o grupo de pesquisa. “Primeiro, eles introduziram conceitos e capacidades de inteligaªncia artificial com workshops internos e, em seguida, implantaram um sistema de classificação real para identificação de câncer de peleâ€, explica.Â
“O IEEE CIS UnB se destaca pela iniciativa e originalidade na solução de problemas cientaficos. Os estudantes são dotados de grande perseverana§a e interesse cientafico, demonstrando aptida£o para o desenvolvimento de pesquisasâ€, completa o professor do IQ.
Os estudantes também fizeram um projeto de análise de humor de usuários de redes sociais. A programação desenvolvida identifica publicações tristes e felizes, conforme categorização de palavras alimentadas pela equipe. Por exemplo, quando uma pessoa posta no Twitter a frase "estou me sentindo mal hoje", a tecnologia adotada pelo grupo classifica a mensagem como um alerta para uma possível situação de mal-estar emocional. Diferente, por exemplo, de alguém que compartilha a emoção de passar no vestibular. A inteligaªncia artificial vai assimilar aquela publicação como um estado de felicidade.
DESENVOLVIMENTO os“O grupo busca o desenvolvimento de suas habilidades em áreas diferenciadas, com a obtenção de dados que sera£o processados para diversas finalidades. No Laborata³rio de Sensoriamento Remoto, por exemplo, os algoritmos deles são aplicados para facilitar a transposição em novas informações. Além disso, eles atuam desde o campo da medicina atéa área da dançaâ€, detalha Osmar Abalio.
O docente ressalta como os resultados positivos obtidos pela equipe, e agora com esta premiação, repercutira£o em oportunidades para o desenvolvimento de pesquisas e profissional. “Cria-se, desta forma, um ciclo virtuoso, onde várias entidades estãointeressadas no que eles podem oferecerâ€, expressa.
Os estudantes pretendem reinvestir o praªmio de dois mil da³lares recebido da IEE no pra³prio Capatulo da UnB, com a compra de equipamentos, como placas de vadeo, para dar seguimento aos projetos.