Talento

A epidemia na pandemia
Ao rastrear relatórios de overdose em todo opaís, o aluno do primeiro ano Atharva Bhagwat estãopreenchendo as lacunas de dados para obter uma imagem melhor do impacto do COVID-19 na crise nacional de opia³ides
Por Jacob deNobel - 21/02/2021


Cortesia

As mortes por overdose de opia³ides aumentaram discretamente no ano passado, um fato obscurecido pela pandemia de COVID-19 em curso. De acordo com o CDC , mais de 81.000 pessoas morreram de overdose de drogas nos 12 meses que terminaram em maio de 2020, o maior número de mortes por overdose já registrado em um período de 12 meses.

Enquanto os dados marcam um aumento nas mortes por overdose após o ini­cio do período de bloqueio dos EUA em maio, as informações além desse período são difa­ceis de obter, pintando um quadro incompleto da situação atual da epidemia de opia³ides.

Para preencher as lacunas de dados e ajudar os especialistas a desenvolver seus planos para combater a epidemia de opioides, a estudante do primeiro ano Atharva Bhagwat começou a catalogar todos os relatórios paºblicos de overdoses em todo opaís como parte da Bloomberg Opioid Initiative , uma colaboração de US $ 50 milhões entre a Vital Strategies, Pew Charitable Trusts, Johns Hopkins University e os Centros para Controle e Prevenção de Doena§as por meio da Fundação CDC.

Por meio de uma conta de serviço paºblico no Twitter, Epidemic in the Pandemic , Bhagwat anota e retua­ta todos os artigos que citam dados de overdose de vea­culos de nota­cias locais em todo opaís. Além do esfora§o de vigila¢ncia da ma­dia social, ele rastreia as histórias em uma planilha pública que agora inclui mais de 350 artigos dos últimos 10 meses, bem como um mapa que visualiza tendaªncias em toda a Amanãrica.

Por meio desse trabalho, a Opioid Initiative écapaz de rastrear onde a crise estãopiorando na regia£o, bem como quaisquer disparidades raciais e econa´micas associadas ao aumento de overdoses. De acordo com Bhagwat, o projeto destaca e rastreia as formas como a epidemia de opia³ides foi exacerbada pela pandemia COVID-19.

“Ha¡ milhares de mortes por dia causadas pela pandemia [coronava­rus], mas são porque éaa­ que estãonossa atenção como nação, isso não significa que o problema dos opia³ides acabou", disse Bhagwat. “Existem na­veis da­spares de atendimento que são ditados por onde vocêmora, sua renda e por sua raça e, infelizmente, essas disparidades são ampliadas por algo como uma pandemia”.

O trabalho de Bhagwat com a Bloomberg Opioid Initiative começou no semestre passado. Enquanto procurava oportunidades de pesquisa em saúde pública, ele entrou em contato com Joshua Sharfstein , vice-reitor de prática de saúde pública e envolvimento comunita¡rio na Escola de Saúde Paºblica de Bloomberg, que o conectou com Sara Whaley, coordenadora do programa com a iniciativa.

“OS ESPECIALISTAS EM SAašDE PašBLICA ESTaƒO REALMENTE TENTANDO E SaƒO APAIXONADOS POR TRABALHAR DIARIAMENTE PARA CORRIGIR ESSES PROBLEMAS. a‰ UMA LUTA CONSTANTE, MAS ELES ESTaƒO DISPOSTOS A LUTAR”

Atharva Bhagwat
Assistente de iniciação cienta­fica

Desde o ini­cio do semestre, Bhagwat atuou como um dos dois assistentes de iniciação cienta­fica da equipe. Além de seu trabalho com o Twitter, planilha e mapa de overdose de opioides, ele entrou em contato com organizações de saúde pública e funciona¡rios para pedir seu apoio para os Princa­pios da Iniciativa de Opioides Bloomberg para o Uso de Fundos do relatório de Lita­gio de Opioides .

"Estou na Hopkins hápenas cerca de seis meses e aqui estou tendo a oportunidade de trabalhar com profissionais de altonívelem suas áreas", disse Bhagwat. "a‰ meio surreal. Faa§o parte de uma equipe que estãoliderando o caminho da saúde pública e estamos fornecendo orientações que estãosendo seguidas."

O segundo ano, Hridika Shah, écolega assistente de pesquisa de Bhagwat. Ela desenvolveu a planilha e fundou a conta no Twitter em agosto passado. Com a tarefa de preencher as lacunas nos dados de overdose revisados ​​por pares, Shah pesquisou todas as nota­cias que mencionavam opioides desde maio e começou a rastrear informações adicionais inclua­das em cada relatório.

Shah disse que embora os dados não sejam completos o suficiente para pintar um quadro completo, as evidaªncias sugerem que questões como instabilidade financeira e falta de acesso a suporte de saúde mental são dois dos principais fatores que impulsionam o aumento das overdoses.

"Com a pandemia, muitos outros problemas de saúde foram deixados de lado ou esquecidos porque háuma ameaça mais imediata, mas éimportante observar que as pessoas estãosofrendo de mais do que apenas COVID-19, e isso estãotornando mais difa­cil para pessoas com outros problemas de saúde para obter tratamento e acessar os recursos certos ", disse Shah.

Para Bhagwat, que planeja um dia se tornar um médico, preencher as lacunas que impedem as pessoas de buscar ou acessar atendimento médico étão vital quanto diagnosticar um paciente assim que ele estiver na porta.

"Quanto mais aprendo, mais percebo que tenho que aprender", disse Bhagwat. "Mas minha lição mais importante éver em primeira ma£o como os especialistas em saúde pública estãorealmente tentando e são apaixonados por trabalhar diariamente para consertar esses problemas. a‰ uma luta constante, mas eles estãodispostos a lutar".

 

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