Talento

Dirigindo na vanguarda da tecnologia de vea­culos auta´nomos
Aproveitando a pesquisa feita no campus, o MIT Driverless administrado por alunos se associa a colaboradores da indústria para desenvolver e testar tecnologias auta´nomas em cenários de corrida do mundo real.
Por Daniel de Wolff - 26/02/2021


Kylie Ying (a  esquerda) trabalha no planejamento de caminhos e controles do MIT Driverless, enquanto Jorge Castillo éo capitão da equipe. Créditos: Foto: David Sella

Em outubro, um carro de corrida Dallara-15 Indy Lights modificado programado pelo MIT Driverless atingira¡ o famoso Indianapolis Motor Speedway a velocidades de até120 milhas por hora. O Indy Autonomous Challenge (IAC) éa primeira corrida auta´noma de alta velocidade do mundo. Ele oferece ao MIT Driverless a chance de pegar uma parte da bolsa de $ 1,5 milha£o enquanto supera outros inovadores da universidade no que éindiscutivelmente a pista de corridas mais ica´nica.

Mas o IAC tem implicações além do caminho. As partes interessadas no evento incluem Sebastian Thrun, um ex-vencedor do DARPA Grand Challenge para vea­culos auta´nomos, e Reilly Brennan, um palestrante do Centro de Pesquisa Automotiva da Universidade de Stanford e um parceiro da Trucks Venture Capital. Os anfitriaµes estãobem cientes de que, assim como o Grande Desafio da DARPA, o IAC tem o potencial de catalisar uma nova onda de inovação no setor privado.

Formado em 2018 e hospedado pelo Edgerton Center no MIT, o MIT Driverless écomposto por 50 engenheiros altamente motivados com diversos conjuntos de habilidades. A equipe pretende aprender fazendo, expandindo os limites do campo da direção auta´noma. “Ha¡ tanta estratanãgia envolvida em corridas auta´nomas multiagentes, desde o aprendizado por reforço atéa IA e a teoria dos jogos”, diz o chefe de arquitetura de sistemas e engenheiro-chefe Nick Stathas, um estudante de graduação em engenharia elanãtrica e ciência da computação (EECS). “O que mais nos entusiasma épropor nossas próprias abordagens para os problemas de direção auta´noma - estamos procurando definir soluções de ponta.”

Antes do grande dia, a equipe vem testando seus algoritmos em hackathons e competindo em uma sanãrie de campeonatos chamada RoboRace. A sanãrie apresenta 12 corridas hospedadas em seis eventos cobertos por livestream. Nesse formato, o MIT Driverless e seus concorrentes programam e competem em um vea­culo elanãtrico elegante denominado DEVBot 2.0. Uma reminiscaªncia de um Tesla Roadster, o DEVBot foi projetado especificamente para explorar a relação entre o ser humano e a ma¡quina.

A diferença éque RoboRace combina o mundo fa­sico com um mundo virtual apelidado de Metaverso. As equipes devem atravessar a pista enquanto interagem com uma realidade aumentada repleta de obsta¡culos virtuais que aumentam os tempos de volta e coleciona¡veis ​​que os reduzem. “Pense nisso como a corrida da vida real encontra Mario Kart”, diz Yueyang “Kylie” Ying '19, uma estudante graduada na EECS que trabalha na divisão de Planejamento de Caminho do MIT Driverless.

Para este desafio, Ying e seus companheiros de equipe desenvolveram um algoritmo de planejamento aºnico que chamam de Spline Racer, que determina se e quando seu vea­culo precisa se desviar do curso mais conveniente ao redor da pista para evitar obsta¡culos ou coletar recompensas. “O Spline Racer calcula essencialmente os caminhos potenciais e, em seguida, escolhe o melhor com base no tempo total para negociar o caminho e o custo total ou recompensa por esbarrar em obsta¡culos ou coleciona¡veis ​​ao longo desse caminho”, explica Ying.

O MIT éo lar de pesquisas de ponta que beneficiam o MIT Driverless sempre que a bandeira quadriculada éagitada. A roboticista e professora Daniela Rus éapenas uma de suas consultoras de confiana§a. Rus édiretor do Laborata³rio de Ciência da Computação e Inteligaªncia Artificial do MIT (CSAIL), diretor associado do Quest for Intelligence Core do MIT e diretor do Centro de Pesquisa Conjunta Toyota-CSAIL, que se concentra no avanço da pesquisa de IA e suas aplicações para vea­culos inteligentes .

Sertac Karaman, do Departamento de Aerona¡utica e Astrona¡utica do MIT, também atua como consultor da equipe. Além da pesquisa pioneira em controles e teoria da roba³tica, Karaman écofundador da Optimus Ride, empresa lider em tecnologia de vea­culos auta´nomos que desenvolve sistemas para ambientes com cercas geogra¡ficas.

“Uma das vantagens competitivas de nossa equipe éque, em virtude de estarmos no MIT, temos acesso em primeira ma£o a uma rica concentração de expertise em pesquisa que podemos aplicar ao nosso pra³prio desenvolvimento”, diz o capitão da equipe Jorge Castillo, um estudante graduado no MIT Sloan School of Management.

Considere a conexão entre o Laborata³rio Han do MIT e o MIT Driverless. O trabalho do professor assistente de engenharia elanãtrica e ciência da computação Song Han em computação eficiente, particularmente seus algoritmos inovadores e sistemas de hardware baseados em sua própria técnica de compressão profunda para aprendizado de ma¡quina, éuma benção para uma equipe de corrida auta´noma que busca fazer seus algoritmos rodarem mais rápido.

“Dr. Han éum grande fa£ do MIT Driverless e tem sido extremamente útil ”, diz Castillo. “Sa³ podemos colocar uma quantidade limitada de computação em nosso carro”, ele explica, “então quanto mais rápido pudermos fazer nossos algoritmos rodarem, melhor seremos capazes de fazaª-los e mais rápido o carro serácapaz de andar com segurança. ”

Pense no MIT Driverless como um pit stop essencial no pipeline de conhecimento auta´nomo que flui entre o Instituto e a indaºstria. Sua missão ése tornar o centro de autonomia aplicada no MIT, alavancando a pesquisa feita no campus para ajudar seus engenheiros a desenvolver um amplo conjunto de habilidades que são aplica¡veis ​​além de apenas o caso de uso especa­fico de direção auta´noma.

“Existem laboratórios no MIT trabalhando para resolver alguns dos problemas mais complexos do mundo”, diz Castillo. “No MIT Driverless, acreditamos que évital ter um local que funcione como um campo de provas para esta pesquisa enquanto treina os engenheiros que ajudara£o a repensar o futuro da indústria de tecnologia quando se trata de sistemas auta´nomos e roba³tica.”

E a abordagem do MIT Driverless para corridas de vea­culos auta´nomos, particularmente no que se refere a  arquitetura e processamento de dados, ésemelhante a  forma como a indústria trata o problema de direção auta´noma em ruas e rodovias - o que éapenas uma razãopela qual a equipe não tem falta de indústria patrocinadores que desejam se envolver. “Temos uma forte integração entre os componentes que fazem o carro rodar”, diz Stathas. “De uma perspectiva de sistemas, temos subsistemas bem definidos que nossos parceiros da indústria apreciam porque se alinha com o desenvolvimento de vea­culos auta´nomos do mundo real.”

Além de obter acesso a alguns dos jovens talentos mais brilhantes do mundo, os parceiros da indústria podem aumentar o reconhecimento da marca enquanto participam do esporte emergente de corrida auta´noma. “Formamos laa§os estreitos com empresas lideres do setor”, diz Castillo. “Muitas vezes, nossos patrocinadores são nossos maiores fa£s. Eles também depositam sua confianção em nose querem recrutar de nós, porque nossos engenheiros estãobem equipados para atuar em o mundo real."

 

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