O fasico departículas Lindley Winslow busca as menorespartículas do universo para obter respostas a s suas maiores questões.

O fasico departículas do MIT Lindley Winslow busca as menorespartículas do universo para obter respostas a s suas maiores questões. Créditos :Imagem: M. Scott Brauer
Quando ela entrou no campo da física departículas no inicio dos anos 2000, Lindley Winslow foi levada para o centro de um enorme experimento para medir o invisível.
Os cientistas estavam finalizando o Detector Cintilador Laquido Antineutrino Kamioka, ou KamLAND, um detector departículas do tamanho de um prédio construado dentro de uma mina cavernosa nas profundezas dos Alpes japoneses. O experimento foi projetado para detectar neutrinos -partículas subatômicas que passam bilhaµes pela matéria comum.
Os neutrinos são produzidos em qualquer lugar onde aspartículas interagem e decaem, desde o Big Bang atéa morte de estrelas em supernovas. Eles raramente interagem com a matéria e, portanto, são mensageiros imaculados dos ambientes que os criaram.
Em 2000, os cientistas observaram neutrinos de várias fontes, incluindo o sol, e levantaram a hipa³tese de que aspartículas estavam se transformando em diferentes “sabores†por oscilação. KamLAND foi projetado para observar a oscilação, em função da distância e da energia, nos neutrinos gerados pelos reatores nucleares japoneses pra³ximos.
Winslow juntou-se ao esfora§o KamLAND no vera£o antes da graduação e passou meses no Japa£o, ajudando a preparar o detector para operação e, em seguida, coletando dados.
“Aprendi a dirigir uma transmissão manual em cruzadores terrestres reforçados para dentro da mina, passando por uma cachoeira e descendo um longo taºnel, onde tivemos que subir uma colina angreme atéo topo do detectorâ€, diz Winslow.
Em 2002, o experimento detectou oscilações de neutrinos pela primeira vez.
“Foi um daqueles momentos da ciência em que vocêsabe algo que ninguanãm mais no mundo sabeâ€, lembra Winslow, que fez parte da colaboração cientafica que recebeu o Praªmio Revelação em Fasica Fundamental em 2016 pela descoberta.
A experiência foi fundamental para moldar a carreira de Winslow. Em 2020, ela recebeu o cargo de professora associada de física no MIT, onde continua a procurar neutrinos, com o KamLAND e outros experimentos de detecção departículas que ela ajudou a desenvolver.
“Gosto do desafio de medir coisas que são muito, muito difaceis de medirâ€, diz Winslow. “A motivação vem de tentar descobrir os menores blocos de construção e como eles afetam o universo em que vivemos.â€
Medindo o impossível
Winslow cresceu em Chadds Ford, Pensilva¢nia, onde explorou as florestas e riachos pra³ximos, e também aprendeu a andar a cavalo, mesmo cavalgando competitivamente no colanãgio.
Ela se voltou para o oeste para a faculdade, com a intenção de estudar astronomia, e foi aceita na Universidade da Califórnia em Berkeley, onde felizmente passou a próxima década, ganhando primeiro um diploma de graduação em física e astronomia, depois um mestrado e doutorado em física.
No meio da faculdade, Winslow aprendeu sobre física departículas e os grandes experimentos para detectarpartículas elusivas. Uma busca por um projeto de pesquisa de graduação a apresentou a Pesquisa Criogaªnica de Matanãria Escura, ou CDMS, um experimento que foi executado no campus da Universidade de Stanford. O CDMS foi projetado para detectarpartículas massivas de interação fraca, ou WIMPS -partículas hipotanãticas que se pensa compreenderem matéria escura - em detectores envoltos em cobre ultrapuro. Para seu primeiro projeto de pesquisa, Winslow ajudou a analisar amostras de cobre para a próxima geração do experimento.
“Gostei de ver como todas essas pea§as funcionavam juntas, desde a obtenção do cobre atédescobrir como construir um experimento para medir basicamente o impossívelâ€, diz Winslow.
Seu trabalho posterior com KamLAND, facilitado por seu professor de meca¢nica qua¢ntica e eventual orientador de tese, a inspirou ainda mais a projetar experimentos para procurar neutrinos e outraspartículas fundamentais.
“Pequenaspartículas, grandes questõesâ€
Apa³s completar seu PhD, Winslow assumiu uma posição de pa³s-doutorado com Janet Conrad, professora de física no MIT. No grupo de Conrad, Winslow tinha liberdade para explorar ideias além dos projetos principais do laboratório. Um dia, depois de assistir a um vadeo sobre nanocristais, Conrad se perguntou se os materiais em escala atômica poderiam ser aºteis na detecção de partículas
“Lembro-me dela dizendo: 'Esses nanocristais são muito legais. O que podemos fazer com eles? Vai!' E eu fui e pensei sobre isso â€, diz Winslow.
Ela logo voltou com uma ideia: e se nanocristais feitos de isãotopos interessantes pudessem ser dissolvidos em cintilador laquido para realizar uma detecção de neutrino mais sensavel? Conrad achou que era uma boa ideia e ajudou Winslow a buscar subsadios para dar inicio ao projeto.
Em 2010, Winslow recebeu a bolsa L'Oranãal para Mulheres na Ciência e uma bolsa que ela colocou para o experimento nanocristal, que ela chamou de NuDot, para os pontos qua¢nticos (um tipo de nanocristal) que ela planejava trabalhar em um detector. Quando ela terminou seu pa³s-doutorado, ela aceitou um cargo de docente na Universidade da Califórnia em Los Angeles, onde continuou a fazer planos para NuDot.
Uma pechincha fria
Winslow passou dois anos na UCLA, numa anãpoca em que a busca por neutrinos girava em torno de um novo alvo: o decaimento beta duplo sem neutrinos, um processo hipotanãtico que, se observado, provaria que o neutrino também ésua própria antipartacula, o que ajudaria a explique por que o universo tem mais matéria do que antimatéria.
No MIT, o professor de física e chefe do departamento Peter Fisher estava procurando contratar alguém para explorar o decaimento do beta duplo. Ele ofereceu o emprego a Winslow, que negociou em troca.
“Eu disse a ele que queria um refrigerador de diluiçãoâ€, lembra Winslow. “O prea§o base para um desses não épequeno e estãoexigindo muito da física de partículas Mas ele estava tipo, 'pronto!' â€
Winslow se juntou ao corpo docente do MIT em 2015, montando seu laboratório com um novo refrigerador de diluição que permitiria que ela resfriasse cristais macrosca³picos a temperaturas de milikelvin para procurar assinaturas de calor de decaimento beta duplo e outraspartículas interessantes. Hoje ela continua a trabalhar no NuDot e na nova geração do KamLAND, e também éum membro chave do CUORE, um experimento subterra¢neo massivo na Ita¡lia com um refrigerador de diluição muito maior, projetado para observar o decaimento beta duplo sem neutrinol.
Winslow também deixou sua marca em Hollywood . Em 2016, ao se estabelecer no MIT, um colega da UCLA a recomendou como consultora para o remake do filme “Caa§a-Fantasmasâ€. O departamento de cenografia estava procurando ideias para montar o laboratório de um dos personagens do filme, um fasico de partículas “Eu tinha acabado de herdar um laboratório com uma grande quantidade de lixo que precisava ser limpo - caixas gigantescas cheias de equipamentos cientaficos antigos, alguns dos quais começam a enferrujarâ€, ​​diz Winslow. “[Os produtores] vieram ao meu laboratório e disseram: 'Isso éperfeito!' E no final foi uma colaboração muito divertida. â€
Em 2018, seu trabalho deu uma guinada surpreendente quando ela foi abordada pelo tea³rico Benjamin Safdi, então no MIT, que com o fasico do MIT Jesse Thaler e o ex-aluno Yonatan Kahn PhD '15 desenvolveram um experimento mental chamado ABRACADABRA , para detectar outra partacula hipotanãtica , o axia£o, ao simular um magnetar - um tipo de estrela de naªutrons com campos magnanãticos intensos que deve tornar quaisquer axions em interação brevemente detecta¡veis. Safdi ouviu falar da geladeira de Winslow e se perguntou se ela poderia projetar um detector dentro dela para testar a ideia.
“Foi um exemplo da maravilha que éo MITâ€, lembra Winslow, que aproveitou a oportunidade para projetar um experimento inteiramente novo. Em sua primeira operação bem-sucedida, o detector ABRACADABRA não relatou nenhuma evidência de axions. A equipe agora estãoprojetando versaµes maiores, com maior sensibilidade, para aumentar a estabilidade de detectores em crescimento de Winslow.
“Tudo isso faz parte da visão do meu grupo para os pra³ximos 25 anos: construir grandes experimentos que possam detectar pequenaspartículas, para responder a grandes questõesâ€, diz Winslow.