Talento

Estudantes projetam aplicativos para facilitar comunicação de minorias lingua­sticas durante a pandemia
Solua§aµes foram apresentadas em hackathon realizado pelo Instituto de Letras e o Parque Cienta­fico e Tecnola³gico da UnB
Por UnB - 30/04/2021


Organizada virtualmente, competição estimulou a criatividade de graduandos e pa³s-graduandos no desenvolvimento de ferramentas para facilitar a vida de grupos sociais com demandas lingua­sticas especa­ficas. Imagem: Reprodução/PCTec
 
Desenvolver soluções para possibilitar o enfrentamento a s barreiras comunicacionais lingua­sticas para imigrantes, inda­genas e surdos na resolução de demandas cotidianas e no acesso a s políticas públicas neste contexto de pandemia. Este foi o desafio encarado por estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade de Brasa­lia e de outras instituições que participaram de hackathon virtual promovido pelo Instituto de Letras (IL) e o Parque Cienta­fico e Tecnola³gico (PCTec) da UnB.

Organizados em equipes, os alunos, de diferentes áreas do conhecimento, tiveram quatro dias  osentre 12 e 16 de abril ospara pensar ideias de aplicativos que facilitem a comunicação mais clara de segmentos específicos com agentes paºblicos. Os três melhores grupos foram premiados com R$ 5 mil (primeiro lugar), R$ 3 mil (segundo lugar) e R$ 1 mil (terceiro lugar).

Coordenadora de Ciência e Tecnologia do PCTec, a professora Michelle Carvalho acredita que esta tenha sido oportunidade a­mpar de aprendizado, troca de experiências e de constituir um grande network, independente do resultado da premiação. “Estamos muito felizes com a participação de todos. Ficamos gratos pelas oportunidades de aprendizado, por todas as equipes que participaram, mesmo aquelas que desistiram na metade do caminho", disse durante o encerramento da competição.

INCLUSaƒO osVencedora, a equipe +Mediação, formada por graduandos da UnB de Biblioteconomia, Engenharia de Software, Direito, Filosofia e La­nguas Estrangeiras Aplicadas, esboa§ou o app LUA (Linguagem Universal Acessa­vel). Trata-se de um intanãrprete virtual multila­ngue, que media a comunicação entre grupos específicos que não falam la­ngua portuguesa e agentes paºblicos, além de reunir informações aºteis sobre saúde, auxa­lio emergencial e administração no contexto da pandemia. O objetivo foi pensar um aplicativo que pudesse diminuir a exclusão desses segmentos sociais.

O app LUA se consolida como um aplicativo para resolver demandas urgentes e
essenciais de paºblicos com desafios lingua­sticos em tempos de
pandemia. Imagem: Divulgação
 
“Este produto, além de facilitar a comunicação de pessoas surdas, inda­genas e imigrantes que não falam portuguaªs, também promove a inclusão social desses grupos desassistidos de políticas públicas e ferramentas mediadoras. Assim, o LUA se constitui como um aplicativo necessa¡rio no dia a dia, para resolver demandas urgentes e essenciais em tempos de pandemia”, explica o estudante de Biblioteconomia Lucas de Paulo, lider do grupo.

Pensar uma ferramenta que fornecesse informações de confianção para não falantes do portuguaªs, principalmente inda­genas, foi intenção da equipe Sarct ao criar o app Conta Comigo. Formado por estudantes dos cursos de Engenharia da Computação e Engenharia Mecatra´nica, o grupo foi o segundo colocado na maratona.

A ideia éque o aplicativo disponibilize traduções volunta¡rias de cartilhas informativas e nota­cias. Além disso, ele ira¡ intermediar a comunicação entre agentes paºblicos e inda­genas.

“Na³s acreditamos que o acesso a  informação éfundamental para a construção do conhecimento necessa¡rio para se precaver em tempos de pandemia. Com nosso aplicativo, queremos promover a inclusão digital e democratizar as informações aºteis para aqueles que não compreendem portuguaªs”, detalha Joa£o Victor Novais, estudante de Engenharia da Computação e lider da Sarct. Ele informa que, agora, o grupo estãoem busca de apoio para concluir o desenvolvimento da ferramenta.

Terceiro lugar na competição, a equipe The Solutioneers, cujos integrantes são do Instituto Federal da Paraa­ba (IFPB) e da Universidade Federal da Paraa­ba, desenvolveu o aplicativo Pin. Este funciona como um facilitador da comunicação de migrantes, refugiados, estudantes de interca¢mbio, deficientes auditivos e inda­genas junto aos agentes dos órgãos governamentais. Para isso, a ferramenta oferece possibilidade de contato desse paºblico com profissionais de tradução e interpretação.

“Acreditamos que nossa ideia e esfora§o possam ser usados para benefa­cio das minorias lingua­sticas no Brasil e para auxiliar os agentes paºblicos na prestação de servia§os de qualidade, onde háintercompreensão e plurilinguismo”, diz Zaa­ne Vicente, lider do grupo The Solutioneers.

 

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