Perguntas e respostas: Dolapo Adedokun sobre tecnologia de computador, Irlanda e todo esse jazz
O estudante do MIT EECS e Mitchell Scholar espera tocar música em Dublin enquanto trabalha em seu mestrado em sistemas inteligentes.

Adedokun, que toca guitarra jazz, traduziu seu talento para a improvisação em seu trabalho criativo com tecnologia de santese de a¡udio. Créditos :Foto cortesia do sujeito.
Adedolapo Adedokun tem muito o que esperar em 2023. Apa³s concluir sua graduação em engenharia elanãtrica e ciência da computação na próxima primavera, ele viajara¡ para a Irlanda para fazer um mestrado em sistemas inteligentes no Trinity College Dublin como o quarto aluno do MIT a receber o prestigioso George Bolsa J. Mitchell . Mas hámais em Adedokun, que atende por Dolapo, do que apenas desempenho acadaªmico. Além de ser um talentoso cientista da computação, o veterano éum maºsico talentoso, um membro influente do governo estudantil ose um fa£ de anime.
O que mais te excita em ir para a Irlanda para estudar por um ano?
Uma das razões pelas quais me interessei pela Irlanda foi quando aprendi sobre a Music Generation , uma iniciativa nacional de educação musical na Irlanda, com o objetivo de dar a todas as criana§as na Irlanda acesso a s artes por meio de aulas de música, oportunidades de apresentações e educação musical dentro e fora da sala de aula. Isso me fez pensar: “Uau, este éumpaís que reconhece a importa¢ncia da educação artastica e musical e investiu para torna¡-la acessavel a pessoas de todas as origensâ€. Estou inspirado por esta iniciativa e gostaria que fosse algo que eu poderia ter crescendo.
Tambanãm me inspiro muito no trabalho de Louis Stewart, um incravel guitarrista de jazz que nasceu e cresceu em Dublin. Estou animado para explorar suas influaªncias musicais e mergulhar na rica comunidade musical de Dublin. Espero me juntar a uma banda de jazz, talvez um trio ou um quarteto, e me apresentar por toda a cidade, mergulhando na rica cena musical irlandesa, mas também compartilhando meus pra³prios estilos e influaªncias musicais com a comunidade local.
Claro, enquanto estiver la¡, vocêestara¡ trabalhando em seu MS em sistemas inteligentes. Estou intrigado com sua invenção de um sistema de casa inteligente que permite aos usuários sobrepor diferentes melodias a medida que entram e saem de um prédio. Vocaª pode nos contar um pouco mais sobre esse sistema: como ele funciona, como vocêimagina os usuários interagindo com ele e experimentando-o, e o que vocêaprendeu ao desenvolvaª-lo?
Engraçado, na verdade começou como um sistema em que trabalhei no meu primeiro ano em 6.08 (Introdução aos Sistemas Embarcados) com alguns colegas. Na³s o chamamos de Smart HOMiE, um dispositivo de casa inteligente Arduino IoT [internet-of-things] que reunia informações ba¡sicas como localização, clima e fazia interface com o Amazon Alexa. Eu tinha esquecido de ter trabalhado nisso atétirar 21M.080 (Introdução a Tecnologia Musical) e 6.033 (Engenharia de Sistemas Computacionais) no meu primeiro ano, e comecei a aprender sobre as aplicações criativas de aprendizado de ma¡quina e ciência da computação em áreas como a¡udio santese e design de instrumentos digitais. Aprendi sobre projetos incraveis como o Tone Transfer ML do Google Magenta— modelos que usam modelos de aprendizado de ma¡quina para transformar sons em instrumentos musicais legatimos. Aprendendo sobre essa interseção única que combina música e tecnologia, comecei a pensar em questões maiores, como: “Que tipo de futuro criativo a tecnologia pode criar? Como a tecnologia pode permitir que alguém seja expressivo?â€
Quando tive algum tempo de inatividade enquanto estava em casa por um ano, queria brincar com algumas das ferramentas de santese de a¡udio que aprendi. Eu peguei o Smart HOMiE e o atualizei um pouco ostornei um pouco mais musical. Funcionou em três etapas principais. Primeiro, várias pessoas poderiam cantar e gravar melodias que o dispositivo salvaria e armazenaria. Em seguida, usando algumas bibliotecas Python de correção de tom e santese de a¡udio, o Smart HOMiE corrigiu as melodias gravadas atéque elas se encaixassem, ou geralmente se encaixassem na mesma tecla, em termos musicais. Por fim, ele combinaria as melodias, adicionaria alguma harmonia ou colocaria a faixa sobre uma faixa de apoio e, no final, vocêfez algo realmente aºnico e expressivo. Definitivamente, foi um pouco confuso, mas foi uma das minhas primeiras vezes brincando e explorando todo o trabalho que já foi feito por pessoas incraveis nesse Espaço. A tecnologia tem esse potencial incravel de tornar qualquer pessoa um criador — eu gostaria de construir as ferramentas para que isso acontea§a.
Vocaª também éum instrumentista de jazz. Conte-nos mais!
Sempre tive afinidade com música, mas nem sempre senti que poderia me tornar um maºsico. Eu tinha tocado saxofone no ensino manãdio, mas nunca pegou. Quando cheguei ao MIT, tive a sorte de fazer 21M.051 (Fundamentos da Maºsica) e mergulhar na teoria musical adequada pela primeira vez. Foi nessa aula que tive contato com o jazz e me apaixonei completamente. Eu nunca vou esquecer de voltar para New House da Barker Library no meu primeiro ano e tropea§ar em “Undercurrentâ€, de Bill Evans e Jim Hall osacho que foi quando decidi que queria aprender guitarra jazz.
O jazz, e em particular a improvisação, me ensinou muito sobre o que significa ser criativo: estar disposto a experimentar, correr riscos, construir sobre o trabalho dos outros e aceitar o fracasso ostodas as habilidades que acredito sinceramente me tornaram um melhor tecna³logo e lider. Mais importante, poranãm, acho que a música e o jazz me ensinaram paciaªncia e disciplina, e esse domanio de uma habilidade leva uma vida inteira. Eu estaria mentindo se dissesse que estou satisfeito com onde estou atualmente, mas a cada dia estou ansioso para dar um passo a frente em direção aos meus objetivos.
Vocaª se concentrou na educação musical e artastica e no potencial da tecnologia para reforçar ambos. Existe uma classe, tecnologia ou professor particularmente influente em seu passado que vocêpossa apontar como um agente de mudança em sua vida?
Uau, pergunta difacil! Acho que existem alguns pontos de inflexa£o que realmente foram transformadores para mim. A primeira foi no ensino manãdio, quando aprendi sobre o Guitar Hero , o videogame de ritmo musical que começou como um projeto no MIT Media Lab tentando levar a alegria de fazer música para pessoas de todas as origens. Foi então que pude ver o alcance multidisciplinar da tecnologia a serviço dos outros.
O pra³ximo, eu diria, foi tirar 6.033 no MIT. Desde o primeiro dia de aula, a professora [Katrina] LaCurts enfatizou a compreensão das pessoas para as quais projetamos. Que devemos ver o design do sistema como inerentemente orientado para as pessoas osantes de pensarmos em projetar um sistema, devemos primeiro considerar as pessoas que os usara£o. Devemos considerar seus objetivos, suas personalidades, suas origens, as barreiras que enfrentam e, o mais importante, as consequaªncias de nossas escolhas de design e implementação. Eu imagino um futuro onde a música, as artes e o processo criativo sejam acessaveis a todos, e acredito que o 6.033 me deu a base para construir a tecnologia para alcana§ar esse objetivo.
Vocaª também desenvolveu uma paixa£o por infraestrutura de banda larga, que a primeira vista, as pessoas podem não se conectar com música e educação, seus outros dois focos. Por que a banda larga éum fator tão importante?
Antes que possamos pensar no potencial da tecnologia para democratizar a acessibilidade a música e a s artes, primeiro temos que dar um passo atrás e pensar sobre acessibilidade. Quais comunidades tem mais e menos acesso a tecnologia adequada que muitas vezes damos como certa? Acho que a banda larga éapenas um fator no campo do problema maior, que éa acessibilidade, principalmente em comunidades minorita¡rias e de baixa renda. Eu vejo a tecnologia como a chave para democratizar o acesso a música e a s artes para pessoas de todas as origens osmas essa tecnologia são pode ser a chave se a infraestrutura ba¡sica estiver em vigor para que todas as pessoas possam tirar proveito dela. Assim como aprendi em 6.033, isso significa entender as barreiras das pessoas e comunidades com menos acesso e investir em
Entre o seu trabalho no Undergraduate Student Advisory Group no EECS, a Harvard/MIT Cooperative Society, o MIT Chapter of the National Society of Black Engineers e, claro, todas as suas pesquisas e muitos interesses acadaªmicos, muitos leitores devem se perguntar se vocêjá comer ou dormir! Como vocêequilibrou sua vida ocupada no MIT e manteve um senso de identidade enquanto realizava tanto como estudante de graduação?
R: a“tima pergunta! Vou comea§ar dizendo que demorei um pouco para descobrir. Houve semestres em que tive que largar as aulas e/ou largar os compromissos extracurriculares para encontrar algum senso de equilabrio. a‰ sempre difacil, estando cercado pelos alunos mais brilhantes do mundo que estãofazendo coisas incraveis e incraveis, não sentir que vocêdeveria adicionar mais uma aula ou um UROP extra.
Acho que a coisa mais importante, no entanto, épermanecer fiel a vocêosdescobrir as coisas que lhe trazem alegria, que o excitam e quanto desses compromissos érazoa¡vel assumir a cada semestre. Eu não sou um estudante que pode fazer um milha£o e um de aulas, pesquisas, esta¡gios e clubes ao mesmo tempo osmas tudo bem. Levei um tempo para encontrar as coisas que eu gostava e entender a carga acadaªmica que éapropriada para mim a cada semestre, mas quando consegui, fiquei mais feliz do que nunca. Percebi que coisas como jogar taªnis e basquete, tocar com os amigos e atémesmo entrar escondido em alguns episãodios de anime aqui e ali são realmente importantes para mim. Contanto que eu possa olhar para trás a cada semana, maªs, semestre e ano e dizer que dei um passo a frente em direção aos meus objetivos acadaªmicos, sociais e musicais, mesmo que seja o manimo.