Talento

Nutrir comunidades humanas e ecossistemas naturais
A Saªnior Heidi Li se esforça para ajudar as comunidades locais a entender como podem influenciar a formulaa§a£o de políticas para alcana§ar um futuro mais sustenta¡vel.
Por Alli Armijo - 16/02/2022


Heidi Li, saªnior do MIT, graduada em ciência e engenharia de materiais, se esforça para ajudar as comunidades locais a entender como elas podem influenciar a formulação de políticas para alcana§ar um futuro mais sustenta¡vel. Foto: Adam Glanzman

Quando ela estava na 7ª sanãrie, Heidi Li e os outros cinco membros do Oyster Gardening Club cultivavam centenas de ostras para ajudar a repovoar a Baa­a de Chesapeake. No dia em que soltaram as ostras na baa­a, o evento atraiu jornalistas de TV e autoridades locais, incluindo o governador. A atenção abriu os olhos da jovem Li para as maneiras pelas quais um esfora§o aparentemente pequeno em sua comunidade local poderia ter um impacto no mundo real.

“Pude ver em primeira ma£o como podemos fazermudanças emnívelde base e como isso afeta onde estamos”, diz ela.

Crescendo em Howard County, Maryland, Li estava constantemente cercado pela natureza. Sua familia fazia viagens frequentes a  Baa­a de Chesapeake, pois lembrava a casa de seus pais em Shandong, na China. Li trabalhou para preencher a lacuna cultural entre os pais, que cresceram na China, e seus filhos, que cresceram nos EUA, e frequentaram a escola chinesa todos os domingos por 12 anos. Essas experiências incutiram nela uma mentalidade voltada para a comunidade, que Li trouxe com ela para o MIT, onde agora se especializa em ciência e engenharia de materiais.

Durante seu primeiro ano, Li realizou um projeto de pesquisa em microbiologia atravanãs do Programa de Oportunidades de Pesquisa de Graduação (UROP) no Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. Ela estudou micróbios em ambientes aqua¡ticos, analisando como a limpeza da águaimpactava a imunidade e asmudanças comportamentais das bactanãrias marinhas.

A experiência a levou a considerar como a pola­tica ambiental afetava os esforços de sustentabilidade. Ela começou a aplicar o problema a  energia, fazendo a si mesma perguntas como: “Como vocêpode pegar esse princa­pio econa´mico especa­fico e aplica¡-lo a  energia? Como era a pola­tica energanãtica no passado e como podemos adapta¡-la ao nosso sistema energanãtico atual?”

Para explorar a interseção entre pola­tica e energia, Li participou do Projeto Roosevelt, por meio do Centro de Pesquisa de Pola­ticas Energanãticas e Ambientais, durante o vera£o após seu primeiro ano. O projeto utilizou estudos de caso direcionados a comunidades especa­ficas em áreas vulnera¡veis ​​para propor manãtodos para um futuro mais sustenta¡vel. Li concentrou-se em Pittsburgh, Pensilva¢nia, avaliando a eficiência de uma transição energanãtica do gás natural e combusta­veis fa³sseis para a captura de carbono, o que significaria redistribuir o dia³xido de carbono produzido pela indústria do carva£o. Depois de viajar para Pittsburgh e entrevistar as partes interessadas na área, Li observou os lideres da comunidade local criarem Espaços fa­sicos para os cidada£os compartilharem suas ideias e opiniaµes sobre a transição energanãtica

“Vi lideres comunita¡rios criarem um espaço seguro para as pessoas da cidade vizinha compartilharem suas ideias de empreendedorismo. Vi como a comunidade éimportante e como criarmudanças emnívelde base”, diz ela.

No vera£o de 2021, Li fez um esta¡gio na empresa de consultoria em energia Wood Mackenzie, onde analisou tecnologias que poderiam ajudar na transição energanãtica de combusta­veis fa³sseis para energia renova¡vel. Seu trabalho era garantir que a tecnologia pudesse ser implementada de forma eficiente e econa´mica, otimizando os recursos disponí­veis para a área circundante. O projeto permitiu que Li se envolvesse com os esforços da indústria para mapear e analisar os avanços tecnola³gicos para vários cenários de descarbonização. Ela espera continuar analisando as contribuições locais, baseadas na comunidade e externas, baseadas na indaºstria, sobre como a pola­tica econa´mica afetaria as partes interessadas.

No campus, Li éa atual presidente da Sustainable Energy Alliance (SEA), onde visa tornar os alunos mais conscientes sobre asmudanças climáticas e seu impacto no meio ambiente. Durante o vera£o de seu segundo ano, Li presidiu um hackathon de sustentabilidade para mais de 200 alunos do ensino manãdio, onde projetou e liderou os desafios “Protegendo os refugiados do clima” e “Enfrentando a injustia§a ambiental” para inspirar os alunos a pensar sobre os esforços humanita¡rios para proteger as comunidades da linha de frente.

“Todo o objetivo disso écapacitar os alunos a pensar em soluções por si mesmos. Capacitar os alunos émuito importante para mostrar a eles que eles podem fazermudanças e inspirar esperana§a em si mesmos e nas pessoas ao seu redor”, diz ela.

Li também hospedou e produziu “Open SEAcrets”, um podcast projetado para envolver os alunos do MIT com tópicos relacionados a  sustentabilidade energanãtica e fornecer a eles a oportunidade de compartilhar suas opiniaµes sobre o assunto. Ela vaª o podcast como uma plataforma para aumentar a conscientização sobre energia,mudanças climáticas e políticas ambientais, além de inspirar um senso de comunidade com os ouvintes.

Quando não estãona sala de aula ou no laboratório, Li relaxa jogando va´lei. Ela ingressou no Volleyball Club durante seu primeiro ano no MIT, embora jogue desde os 12 anos. O esporte permite não apenas aliviar o estresse, mas também conversar com alunos de graduação e pós-graduação, que trazem diferentes origens, interesses , e experiências para conversas. O esporte também ensinou Li sobre trabalho em equipe, confianção e a importa¢ncia da comunidade de uma forma que sua outra experiência não ensina.

Olhando para o futuro, Li estãoatualmente trabalhando em um projeto UROP, chamado Climate Action Through Education (CATE), que projeta o curra­culo demudanças climáticas para as sanãries K-12 e visa mostrar como asmudanças climáticas e a energia são parte integrante da vida cotidiana das pessoas. Vendo a transição energanãtica como um problema interdisciplinar, ela quer educar os alunos sobre os problemas dasmudanças climáticas e da sustentabilidade usando perspectivas de matemática, ciências, história e psicologia, para citar algumas áreas.

Mas acima de tudo, Li quer capacitar as gerações mais jovens a desenvolver abordagens voltadas para a solução do ambientalismo. Ela espera dar voz a s comunidades locais na implementação de políticas, com o objetivo final de um futuro mais sustenta¡vel para todos.

“Encontrar uma comunidade na qual vocêrealmente prospera permitira¡ que vocêse esforce e seja a melhor versão de si mesmo que puder. Quero pegar essa mentalidade e criar Espaços para as pessoas e estabelecer e incutir esse senso de comunidade”, diz ela.

 

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