Talento

Launchpad para empreendedores de saúde
O MIT Sandbox inspira inovidades de saúde altamente procuradas com seu novo programa Pera­odo de Atividades Independentes.
Por Ashley Belanger - 05/03/2022


MIT DHIVE Diretor de Programa Mahnaz Maddah PhD '08 (esquerda) e assistente de ensino Elvira Kinzina. Os dois lideraram um novo programa do Pera­odo de Atividades Independentes que proporcionou aos alunos a oportunidade de aprender, idealizar e formar equipes para comea§ar a lidar com necessidades não atendidas em áreas especa­ficas de saúde. Fotos cortesia de Maddah e Kinzina

Quando a estudante de doutorado em computação e biologia de sistemas Elvira Kinzina foi diagnosticada com doença de Lyme durante seu primeiro ano no MIT, ela lutou para encontrar um médico especializado na doença osembora Boston seja conhecida por sua pra³spera comunidade de saúde. Ela logo descobriu que isso era comum para pacientes de Lyme, com muitos especialistas contratados por meses, anos ou indefinidamente. Agora, ela estãoenvolvida com um novo programa Pera­odo de Atividades Independentes (IAP) focado no empreendedorismo na área da saúde e estãodesenvolvendo um aplicativo para ajudar os pacientes de Lyme a encontrar médicos e respostas mais cedo.

“Vi como as pessoas sofrem quando precisam esperar e queria fazer algo a respeito”, diz Kinzina.

A defesa do paciente tornou-se um tema recorrente para estudantes como Kinzina envolvidos em “A Deep Dive into Healthcare Entrepreneurship”. Esta oferta exclusiva de IAP procura orientar alguns dos pensadores ousados ​​da escola para se tornarem os maiores solucionadores de problemas da área de saúde para atender a s necessidades de comunidades médicas carentes que lidam com Covid, doença de Lyme, doença inflamata³ria intestinal e sa­ndrome de Down. Ao longo de três semanas rápidas, 52 participantes formaram 13 equipes via Zoom e Slack para desenvolver soluções de saúde altamente procuradas. Para eles, o IAP foi um turbilha£o de brainstorming, descoberta e ideação, participando de palestras de especialistas enquanto se conectava com fornecedores médicos, pacientes e clientes em potencial para explorar novos terrenos do setor.

O programa IAP faz parte do MIT DHIVE: Dive into Healthcare Innovation and Venture Exploration (pronuncia-se “dive”), liderado pelo graduado em engenharia elanãtrica e ciência da computação (EECS) do MIT e empreendedor serial Mahnaz Maddah PhD '08. Maddah retornou ao MIT para atuar como diretor de programa no MIT Sandbox depois de mais de 13 anos na indústria e em startups do Vale do Sila­cio desenvolvendo produtos impactantes. “Para mim, éuma maneira de retribuir a  comunidade do MIT e compartilhar o que aprendi na indústria lana§ando produtos em ciências da vida”, diz Maddah. 

O MIT Sandbox foi lana§ado em 2016, oferecendo suporte para estudantes empreendedores por meio de financiamento inicial, orientação e educação para o empreendedorismo.

Jinane Abounadi, diretora executiva do MIT Sandbox, observou que um bom número de estudantes interessados ​​em empreendedorismo procurava bons problemas para resolver. Emily Fairbairn, membro do Sandbox Funding Board, teve a oportunidade de observar o talento e o trabalho a¡rduo das equipes de estudantes do MIT. Juntos, eles viram uma oportunidade de apoiar a fase de ideação e ajudar os alunos a identificar áreas significativas.

Depois que Maddah se encontrou com Abounadi e Fairbairn, ela se juntou ao MIT Sandbox para explorar maneiras de envolver estudantes empreendedores na solução de problemas de saúde. Logo depois, a Sandbox lançou um programa piloto de vera£o que incentivou os alunos a explorar áreas problema¡ticas em Covid e Lyme. Emily e Malcolm Fairbairn apoiaram generosamente trabalhos de pesquisa e atividades empreendedoras nesta área no MIT. O piloto de vera£o foi um sucesso e levou a um tremendo aprendizado e a quatro equipes continuarem no Sandbox com ideias fortes.

O piloto de vera£o levou ao design do DHIVE. Desde o lana§amento, em poucos meses, o DHIVE ganhou novos parceiros, expandiu-se para apoiar novas populações de pacientes e continuou estimulando o empreendedorismo, com programas oferecidos no outono de 2021 e o IAP recebendo estudantes de diversas origens. Muitos alunos chegam sem nenhuma ideia ou membros da equipe e saem do programa com uma ideia e uma equipe ose oportunidades para continuar sua jornada de empreendedorismo.

“Eu me inscrevi no DHIVE para me desafiar em um espaço onde não tinha experiência anterior: empreendedorismo na área da saúde”, diz Patrick Stewart, estudante de pós-graduação da Sloan School of Management, que ingressou no DHIVE sobre o IAP. “Para identificar melhor meus pontos cegos como empreendedor e lider, eu queria construir algo do zero em um ambiente interdisciplinar.”

De acordo com Maddah, o momento épropa­cio para conectar estudantes do MIT de diferentes origens, como engenharia, nega³cios, química e biologia, porque hámais dados do que nunca para informar soluções baseadas em lacunas de atendimento experimentadas por grupos crescentes de pacientes.

Durante o IAP, os alunos se juntaram a s equipes ao longo de três faixas com grupos crescentes de pacientes: Covid e Lyme longos, sa­ndrome de Down e doença inflamata³ria intestinal. Ainda não se sabe quantas pessoas estãolidando em todo opaís com o Covid, mas os Centros de Controle e Prevenção de Doena§as (CDC) dizem que éprova¡vel que seja um número significativo. O CDC também relata que 35.000 pessoas contraem a doença de Lyme anualmente, o número de pacientes com doença inflamata³ria intestinal estãoaumentando rapidamente e a sa­ndrome de Down se tornou o distaºrbio cromossa´mico mais comum, afetando 6.000 recanãm-nascidos anualmente.

Parceria com o  MIT Deshpande Center for Technological Innovation , o  MIT Center for Microbiome Informatics and Therapeutics (CMIT) , o  Massachusetts Down Syndrome Congress , o  Crohn's and Colitis Foundation New England Chapter e o  National Science Foundation's Innovation Corps (I-Corps) Program  no MIT, o DHIVE estimula o empreendedorismo de cuidados de saúde liderado por estudantes, conectando os alunos com a rede, infraestrutura e recursos de financiamento necessa¡rios para tirar grandes ideias do papel que podem transformar a vida dos pacientes.

Durante o IAP, Kinzina serviu como assistente de ensino e apoiou novos alunos que estavam principalmente montando novas equipes ou ingressando em equipes DHIVE existentes dos programas de vera£o ou outono.

Ha¡ também equipes DHIVE que vão da indaºstria. John BA Okello éum estudante de MBA da Sloan Fellows. Ele começou o DHIVE no outono e continuou atravanãs do IAP. Com ampla experiência como pesquisador médico e inovador em saúde, Okello liderou sua equipe Nurenyx por três anos antes de ingressar na DHIVE, explorando o processo de desenvolvimento de medicamentos. Naquela anãpoca, ele percebeu, por meio de conversas com especialistas e clientes, que o que mais precisava era de uma plataforma de ensaios clínicos descentralizada que conectasse pesquisadores de medicamentos a pacientes remotamente.

Com sua equipe, ele havia iniciado algumas descobertas de clientes, então, quando encontrou o DHIVE, Okello sentiu que o programa era uma “combinação perfeita”. Participando do outono e do IAP, sua equipe atualmente continua descobrindo e investigando como construir essa plataforma de ensaios clínicos descentralizada dos sonhos para atender pacientes de Covid e Lyme, cujas experiências muitas vezes se sobrepaµem.

Apa³s o tanãrmino do IAP, as equipes podem continuar com o programa Sandbox na primavera. Esse éo caso da estudante de graduação do EECS Alisa Y. Hathaway, que tinha conhecimento limitado sobre sa­ndrome de Down antes de ingressar no DHIVE. Depois de ouvir de pacientes e médicos, sua equipe respondeu desenvolvendo um aplicativo para ajudar os pacientes com sa­ndrome de Down a manter os registros organizados. Nesta primavera, sua equipe planeja continuar focando em aprender a loga­stica de reunir registros médicos. “Depois das entrevistas, não havia como parar de trabalhar no meu projeto osfoi muito inspirador e emocionante para mim”, diz Hathaway.

Os alunos também tem uma gama de opções para continuar. Ao se inscrever, eles são aceitos no Sandbox para receber orientação e apoio financeiro para continuar trabalhando em suas ideias. Dependendo do esta¡gio de suas ideias, as equipes DHIVE também podem se inscrever no Programa I-Corps Spark, entrar em contato com parceiros em Deshpande e CMIT ou participar de aceleradores de vera£o como o delta v do MIT. Assim como as equipes DHIVE se concentram no processo completo de ideação ao desenvolvimento de produtos, a própria DHIVE estãofocada em apoiar as equipes do ini­cio ao fim, equipando-as com as ferramentas necessa¡rias para continuar a idealizar e, eventualmente, trazer suas ideias ao mercado.

Para Maddah, o DHIVE tornou-se uma chance de compartilhar com os alunos como a inovação em saúde pode ser gratificante como plano de carreira. “Sou apaixonado pelo empreendedorismo na área da saúde: identificar necessidades não atendidas em ciências da vida, encontrar soluções e levar uma ideia ou conceito a um produto do qual as pessoas possam se beneficiar”, diz Maddah.

Abounadi diz que também éuma chance de envolver mais alunos, que podem realizar seu potencial como inovadores em saúde por meio do DHIVE e, em seguida, seguir em frente com ideias de mudança de vida por meio do Sandbox.

“O DHIVE provou ser uma a³tima maneira de fornecer uma estrutura significativa para os alunos criarem e colaborarem em problemas importantes antes de se comprometerem com uma ideia no programa Sandbox regular”, diz Abounadi. “Para muitos de nossos alunos, ter essa oportunidade éfundamental para seu envolvimento com a educação para o empreendedorismo no MIT. Estamos empolgados em ver as equipes emergentes continuarem em sua jornada.”

 

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