Talento

Abraçando materiais antigos e desafios do século 21
Um interesse inicial em arqueologia levou Sophia Mittman a explorar muitas facetas da ciência dos materiais, desde a restauraça£o de obras de arte atéa mineraça£o mais sustenta¡vel.
Por Alli Armijo - 14/04/2022


Um interesse inicial em arqueologia levou Sophia Mittman, saªnior do MIT, a explorar muitas facetas da ciência dos materiais, desde a restauração de obras de arte atéo desenvolvimento de lanches de frutas. Sua nova paixa£o éencontrar maneiras de extrair minerais amplamente utilizados de resíduos de mineração. Créditos: Adam Glanzman

Quando Sophia Mittman tinha 10 anos, ela queria ser artista. Mas em vez de usar tinta, ela preferiu a lama do quintal. Ela esculpiu em potes e tigelas como os que tinha visto nos museus arqueola³gicos, transformando o material terrestre em algo bonito.

Agora uma estudante saªnior do MIT estudando ciência e engenharia de materiais, Mittman busca aplicações modernas para materiais sustenta¡veis ​​de forma que beneficie a comunidade ao seu redor.

Crescendo em San Diego, Califa³rnia, Mittman estudou em casa e gostou do processo de aprender coisas novas. Depois de fazer uma aula de cera¢mica na sanãtima sanãrie, ela se interessou por escultura, ensinando-se a fazer vidro fundido. A partir daa­, Mittman começou a fazer cera¢mica e joias. Essa paixa£o por criar coisas novas a partir de materiais sustenta¡veis ​​a levou a buscar a ciência dos materiais, um assunto que ela nem sabia que era originalmente oferecido no Instituto.

“Eu não conhecia a ciência por trás de por que esses materiais tinham as propriedades que tinham. E a ciência dos materiais explicou isso”, diz ela.

Durante seu primeiro ano no MIT, Mittman fez 2.00b (Design de Produto de Brinquedo), que ela considera uma de suas aulas mais memora¡veis ​​no Instituto. Ela se lembra de aprender sobre o lado meca¢nico da construção, usando furadeiras e lixadeiras para criar coisas. No entanto, sua parte favorita eram os semina¡rios nos fins de semana, onde aprendia a fazer coisas como bichos de pelaºcia ou brinquedos de madeira rolantes. Ela apreciou a oportunidade de aprender a usar materiais do dia a dia, como madeira, para construir gadgets novos e interessantes.

A partir daa­, Mittman se envolveu no Glass Club, usando maa§aricos para derreter barras de vidro para fazer coisas como bolinhas de gude e enfeites de peixinhos. Ela também teve algumas aulas de cera¢mica e cera¢mica no campus, aprendendo como aprimorar suas habilidades para criar coisas novas. Compreendendo a abordagem prática de aprendizado do MIT, Mittman estava animada para usar suas habilidades recanãm-selecionadas nos vários workshops no campus para aplica¡-las ao mundo real.

No vera£o após seu primeiro ano, Mittman tornou-se pesquisadora de graduação e ciência da conservação do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. Ela viajou para várias cidades da Ita¡lia para colaborar com restauradores de arte internacionais, cientistas conservacionistas e curadores de museus para estudar materiais arqueola³gicos e suas aplicações a  sustentabilidade moderna. Uma de suas partes favoritas era restaurar os banhos romanos e estudar os mosaicos no cha£o. Ela fez um projeto de pesquisa sobre o Azul Ega­pcio, um dos primeiros pigmentos sintanãticos, que tem aplicações modernas por causa de sua luminescaªncia infravermelha, que pode ser usada para detectar impressaµes digitais em cenas de crime. A experiência foi reveladora para Mittman;

No ano seguinte, ao retornar ao campus, Mittman ingressou na Incredible Foods como estagia¡rio de ciência e tecnologia de alimentos polimanãricos. Ela aprendeu a criar e aplicar um revestimento de pola­mero em lanches de frutas naturais para replicar frutas reais. “Foi divertido ver a amplitude da ciência dos materiais porque eu tinha aprendido sobre polímeros em minhas aulas de ciência dos materiais, mas nunca pensei que isso poderia ser aplicado para fazer algo tão divertido quanto lanches de frutas”, diz ela.

Aventurando-se em mais uma nova área da ciência de materiais, Mittman fez um esta¡gio no ano passado na Phoenix Tailings, que pretende ser a primeira empresa de mineração “limpa” do mundo. No laboratório, ela ajudou a desenvolver e analisar reações químicas para extrair física e quimicamente metais de terras raras e a³xidos de resíduos de mineração. Ela também trabalhou para projetar pigmentos de cores vivas e de alto desempenho usando produtos químicos não ta³xicos. Mittman aproveitou a oportunidade para explorar um manãtodo mineralogicamente sustenta¡vel para mineração, algo que ela não havia explorado anteriormente como um ramo de pesquisa em ciência de materiais.

“Ainda sou capaz de contribuir para a sustentabilidade ambiental e tentar tornar o mundo mais verde, mas não precisa ser apenas por meio da energia, porque estou lidando com sujeira e lama”, diz ela.

Fora de seu trabalho acadaªmico, Mittman estãoenvolvida com a Tech Catholic Community (TCC) no campus. Ela ocupou cargos como diretora musical, presidente de oração e presidente de comitaª social, organizando e gerenciando eventos sociais para mais de 150 membros do clube. Ela diz que o TCC éa comunidade mais solida¡ria em sua vida no campus, pois ela pode conhecer pessoas que tem interesses semelhantes aos dela, embora estejam em cursos diferentes. “Ha¡ muitos aspectos emocionais de estar no MIT, e háuma parte espiritual com a qual muitos estudantes lutam. O TCC éonde pude encontrar tanto conforto, apoio e encorajamento; os amigos mais pra³ximos que tenho são da comunidade cata³lica tecnologiica”, diz ela.

Mittman também éapaixonada pelo ensino, o que permite que ela se conecte com os alunos e ensine material de maneiras novas e empolgantes. No outono de seus anos jaºnior e saªnior, ela foi assistente de ensino para 3.091 (Introdução a  Quí­mica do Estado Sa³lido), onde ensinou duas recitações para 20 alunos e ofereceu aulas particulares semanais. Ela gostava de ajudar os alunos a lidar com materiais difa­ceis do curso de maneira entusia¡stica e encorajadora, pois gostava de receber a mesma ajuda em seus cursos introduta³rios.

Olhando para o futuro, Mittman planeja trabalhar em tempo integral na Phoenix Tailings como cientista de materiais após sua formatura. Dessa forma, ela sente que completou o ca­rculo: desde brincar na lama quando criana§a atétrabalhar com ela como cientista de materiais para extrair materiais para ajudar a construir um futuro sustenta¡vel para comunidades próximas e internacionais.

“Quero poder aplicar o que me entusiasma, que éa ciência dos materiais, por meio da sustentabilidade minerala³gica, para que possa ajudar minas aqui na Amanãrica, mas também minas no Brasil, austria, Jamaica — em todo o mundo, porque, em última análise, acho que isso ajudara¡ mais pessoas a viver uma vida melhor”, diz ela.

 

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