Um grupo internacional de cientistas, inclusive da Universidade de Cambridge, desenvolveu um composto de grafeno que pode

Trabalhando em colaboração com o Italcementi HeidelbergCement Group e outros parceiros, os cientistas de Cambridge desenvolveram um fotocatalisador que degrada até70% mais a³xidos de nitrogaªnio atmosfanãrico (NO x ) do que as nanopartaculas de tita¢nia padrãoem testes com poluentes reais.
A poluição atmosfanãrica éum problema crescente, principalmente nas áreas urbanas e nospaíses em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma em cada nove mortes no mundo pode ser atribuada a doenças causadas pela poluição do ar. Poluentes orga¢nicos, como a³xidos de nitrogaªnio e compostos vola¡teis, são a principal causa disso e são emitidos principalmente por escapamentos de veaculos e pela indaºstria.
Enquanto os pesquisadores estãodesenvolvendo novas tecnologias e fontes de energia que reduzira£o drasticamente o volume de poluentes emitidos na atmosfera, eles também estãoem busca de novas maneiras de remover mais poluentes da atmosfera. Fotocatalisadores como a tita¢nia são uma maneira de fazer isso. Quando a tita¢nia éexposta a luz solar, degrada os a³xidos de nitrogaªnio e os compostos orga¢nicos vola¡teis presentes nasuperfÍcie, oxidando-os em produtos inertes ou inofensivos.
Agora, em um estudo publicado na revista Nanoscale , os pesquisadores demonstraram que um composto de tita¢nia e grafeno - uma forma bidimensional de carbono - tem propriedades de fotodegradação significativamente mais poderosas que o tita¢nio puro.
Pesquisadores do Cambridge Graphene Centre prepararam e testaram o composto, confirmando sua capacidade de degradar fotocataliticamente moléculas poluentes, depois os pesquisadores da Italcementi aplicaram o revestimento no concreto para investigar seu potencial de remediação ambiental.
"Decidimos acoplar o grafeno ao fotocatalisador mais usado, tita¢nia, para aumentar a ação fotocatalatica", disse o co-autor Marco Goisis, da Italcementi. “A fotocata¡lise éuma das maneiras mais poderosas de despoluir o meio ambiente, porque o processo não consome os fotocatalisadores. a‰ uma reação ativada pela luz solar. â€
Ao realizar a esfoliação em fase laquida de grafite - um processo que cria grafeno - na presença de nanopartaculas de tita¢nia, usando apenas águae pressão atmosfanãrica, os cientistas criaram o novo nanocompa³sito de grafeno-tita¢nia.
Eles descobriram que ele remove passivamente poluentes do ar quando revestido nasuperfÍcie dos materiais. Se aplicados ao concreto na rua ou nas paredes dos edifacios, os produtos de fotodegradação inofensivos podem ser lavados pela chuva ou pelo vento ou limpos manualmente.
Para medir os efeitos da fotodegradação, a equipe testou o novo fotocatalisador contra o NO x e registrou uma melhoria de 70% na degradação fotocatalatica de a³xidos de nitrogaªnio em comparação com a tita¢nia padra£o. Eles também usaram a rodamina B como modelo para poluentes orga¢nicos vola¡teis, pois sua estrutura molecular se assemelha muito a dos poluentes emitidos por veaculos, indústria e agricultura. Eles descobriram que 40% a mais de rodamina B foi degradada pelo composto de grafeno-tita¢nia do que apenas pelo tita¢nio, em águasob irradiação UV.
“A unia£o do grafeno a tita¢nia nos deu excelentes resultados na forma de pa³ - e poderia ser aplicada a diferentes materiais, dos quais o concreto éum bom exemplo para o uso generalizado, ajudando-nos a alcana§ar um ambiente mais sauda¡vel. a‰ de baixa manutenção e ambientalmente amiga¡vel, pois requer apenas a energia do sol e nenhuma outra entrada â€, disse Goisis.
Mas hádesafios a serem enfrentados antes que isso possa ser usado em escala comercial. Sa£o necessa¡rios manãtodos mais baratos para produzir grafeno em massa. As interações entre o catalisador e o material hospedeiro precisam ser aprofundadas, bem como estudos sobre a estabilidade a longo prazo do fotocatalisador no ambiente externo.
Medidas de espectroscopia de absorção transita³ria ultra-rápidas revelaram um processo de transferaªncia de elanãtrons da tita¢nia para os flocos de grafeno, diminuindo a taxa de recombinação da carga e aumentando a eficiência da fotoprodução de espanãcies reativas - o que significa que mais moléculas poluentes poderiam ser degradadas.
Com base nesse conceito, os cientistas também estãotrabalhando em outro produto - um composto de concreto de grafeno eletricamente condutor, que foi apresentado no Mobile World Congress em fevereiro deste ano. Quando incluada como uma camada no piso, libera calor quando uma corrente elanãtrica passa por ele. Isso pode ser usado para aquecer edifacios ou ruas sem usar águade um tanque ou caldeira. Tambanãm poderia ser usado para criar concreto com detecção automa¡tica, capaz de detectar tensaµes ou deformações nas estruturas de concreto e monitorar defeitos estruturais, fornecendo sinais de alerta se a integridade estrutural estiver próxima da falha.
"Um número cada vez maior de empresas reconhece o potencial do grafeno em novas e aprimoradas tecnologias", disse a professora Andrea Ferrari, diretora do Cambridge Graphene Center e coautora do artigo atual. “Este trabalho demonstrou uma aplicação clara de grafeno para a degradação de poluentes ambientais. Isso pode não apenas trazer benefacios comerciais, mas, mais importante, um ambiente mais limpo e sauda¡velâ€.