Tecnologia Científica

Plantas podem oferecer potencial para novo tratamento de doenças mortais
Os departamentos de Bota¢nica e Ken Keefover-Ring, da Geografia, receberam o treinamento certo para ajudar a analisar compostos vegetais que poderiam potencialmente retardar o câncer de pra³stata.
Por Aaron R. Conklin - 31/12/2019



No Paquistão, cresce uma planta com o nome cienta­fico de Withania coagulans . Os xama£s locais o usam háséculos para curar uma longa lista de doena§as, desde dores de cabea§a e na¡usea atéinsa´nia e impotaªncia. Os agricultores o usam para ajudar a coagular o queijo. Os gra£os compactos da planta, conhecidos comercialmente como coalho indiano, são vendidos como remanãdio herbal para ajudar a controlar o diabetes.

a‰, em outras palavras, uma planta medicinal particularmente útil.

Mas seu maior uso ainda estãopor vir. Em uma sanãrie de estudos preliminares, os compostos secunda¡rios da planta chamados withanolides mostraram-se promissores em retardar o crescimento e a mobilidade das células cancera­genas da pra³stata, oferecendo um potencial novo tratamento na luta contra a doença mortal.

"Finalmente entendemos um pouco mais que tipos de compostos podem estar ativos contra o ca¢ncer", explica Ken Keefover-Ring, professor assistente nos departamentos de Bota¢nica e Geografia. “Então, agora existe essa grande pesquisa, pegando muitas dessas plantas medicinais que contem esses compostos e examinando-as contra conjuntos padrãode células cancera­genas para ver onívelde atividade contra elas. Isso não significa que seráo pra³ximo medicamento contra o ca¢ncer. Mas a s vezes anã.

Em outras palavras, as plantas estãotendo um grande momento no mundo da pesquisa do ca¢ncer, e isso significa que os bota¢nicos também estão.

"A química de uma espanãcie não éa mesma em todos os lugares", explica Keefover-Ring. "Mesmo dentro de uma espanãcie, pode haver enormes diferenças."


Como costuma acontecer no desenvolvimento de tratamentos médicos, éum longo caminho desde a promessa atéa realidade, e hámuitas varia¡veis ​​em jogo. No ano passado, Keefover-Ring, um ecologista qua­mico que estuda como os compostos secunda¡rios das plantas ajudam a mediar as interações entre plantas e outros organismos, ajudou a esboa§ar uma parte importante desse quadro ainda em desenvolvimento. Ele fez uma parceria com o Dr. Samiya Rehman, um estudante de pós-graduação recente do Paquistão, para estudar a questãode saber se as plantas de W. coagulans cultivadas em climas mais secos aumentaram os na­veis de withanolides. Suas descobertas foram publicadas no Journal of Applied Biochemistry and Biotechnology .

Rehman procurou a Keefover-Ring por causa de sua experiência e acesso a equipamentos que poderiam conduzir um processo chamado cromatografia la­quida de pressão ultra alta, ou UHPLC. Ele executou soluções de extratos de plantas retiradas de 11 locais no Paquistão atravanãs de uma pequena coluna de metal cheia de sa­lica que separa os compostos orga¢nicos de acordo com sua polaridade.

 “No final do dia, vocêquer saber: 'Quanto de composto ativo por grama de material extraa­do vocêtem aqui?”, Diz Keefover-Ring.

O processo UHPLC mostrou que extratos de plantas cultivadas em duas das 11 áreas - ambas com condições climáticas significativamente mais secas - tinham até17 vezes a quantidade de withanolides em comparação com plantas cultivadas em áreas com maior precipitação. Guiado por esses resultados, Rehman testou extratos de plantas de duas populações com as maiores quantidades de withanolides contra as linhas celulares de câncer de pra³stata.

“Chuvas escassas, variações extremas de variação de temperatura e altas altitudes podem desempenhar um papel para fazer uma planta produzir mais metaba³litos secunda¡rios e ter mais atividade anticâncer em comparação com as plantas que crescem em condições ambientais favoráveis ”, diz Rehman. "Potente atividade anticâncer foi diretamente proporcional a s condições ambientais estressadas".

Para a Keefover-Ring, a descoberta de mais aºmido émenos seco indica mais a importa¢ncia cra­tica da mesma coisa que évalorizada por corretores de ima³veis e arremessadores de beisebol das principais ligas: localização, localização, localização.  

"A química de uma espanãcie não éa mesma em todos os lugares", explica Keefover-Ring. "Mesmo dentro de uma espanãcie, pode haver enormes diferenças."

Para ilustrar seu argumento, Keefover-Ring aponta para o tomilho, a erva comum da cozinha. Na Frana§a, a localização e o ambiente em que o tomilho écultivado e sua história evolutiva com diferentes herba­voros tem um efeito profundo em seu aroma e sabor. Em alguns lugares, o tomilho tem um sabor mais doce; em outros, carrega um perfume de oranãgano. Esses diferentes tipos de a³leo essencial existem na mesma espanãcie, devido a diferenças genanãticas relativamente pequenas.

"Na³s tendemos a pensar: 'Ok, tomilho, éexatamente assim que cheira'", diz Keefover-Ring. "Bem, éporque escolhemos esse quima³tipo, o propagamos em grandes quantidades, e esse éo aºnico que usamos".

O mesmo poderia agora acontecer com Withania coagulans. O projeto de Keefover-Ring e Rehman éum estudo de passagem, uma espanãcie de exerca­cio chave de prova de conceito que abre caminhos para outros pesquisadores explorarem. As próximas etapas provavelmente envolvera£o uma exploração adicional dos compostos individuais encontrados na análise UHPLC. De volta ao Paquistão, Rehman espera colaborar com os hospitais para usar as descobertas do estudo para ajudar a criar medicamentos anticâncer a partir dos sãolidos.    

"O Paquistão érico em recursos naturais", diz ela. "Plantas medicinais são um desses recursos."

 

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