Tecnologia Científica

'Etiqueta de segurança' comesta­vel para proteger os medicamentos contra a falsificação
Os pesquisadores da Universidade de Purdue tem como objetivo suprimir os falsificadores com uma
Por Kayla Wiles - 17/01/2020

Fabricar medicamentos controlados com marcações, cores, formas ou embalagens distintas não ésuficiente para protegaª-los contra a falsificação, mostraram os relatórios da Administração de Controle de Drogas dos EUA. Pesquisadores criaram uma "etiqueta de segurança" de filme de seda para aparecer nasuperfÍcie das ca¡psulas de medicamentos. A foto foi tirada com um filtro verde para visibilidade. (Foto da Universidade Purdue / Jung Woo Leem) Fazer o download da imagem

Os pesquisadores da Universidade de Purdue tem como objetivo suprimir os falsificadores com uma "etiqueta de segurança" comesta­vel incorporada a  medicina. Para imitar a droga, um falsificador teria que decifrar um quebra-cabea§a complicado de padraµes não totalmente visa­veis a olho nu.

O trabalho épublicado na revista Nature Communications ( "Funções comesta­veis não clona¡veis" ).

Pesquisadores criaram uma "etiqueta de segurança" de filme de seda
para aparecer nasuperfÍcie das ca¡psulas de medicamentos.
A foto foi tirada com um filtro verde para visibilidade.
(Imagem: Jung Woo Leem, Universidade de Purdue)

A medicina falsa éum nega³cio pra³spero, representando pelo menos 10% do comanãrcio farmacaªutico global, além de reivindicar milhares de vidas a cada ano.
Nos EUA, os medicamentos falsificados variam de tratamento contra câncer e diabetes a medicamentos para disfunção eranãtil. Os opia³ides falsificados causaram mortes em 46 estados.

A marcação de medicamentos não são evitaria a falsificação, mas também ajudaria as farma¡cias a verificar melhor a legitimidade de um medicamento antes de vendaª-lo aos consumidores.

"Cada etiqueta éúnica, oferecendo umnívelde segurança muito mais alto", disse Young Kim, professor associado da Escola de Engenharia Biomédica Weldon, de Purdue.
etiqueta de segurança de filme de seda nasuperfÍcie da ca¡psula da droga

A etiqueta atua como uma impressão digital digital para cada ca¡psula ou comprimido de medicamento, usando uma técnica de autenticação chamada "funções físicas não clona¡veis", ou PUF, que foi originalmente desenvolvida para segurança de informações e hardware.
Os PUFs tem a capacidade de gerar uma resposta diferente cada vez que são estimulados, tornando-os imprevisa­veis e extremamente difa­ceis de duplicar. Mesmo o fabricante não seria capaz de recriar uma tag PUF idaªntica.

O grupo de Kim éo primeiro a criar um PUF comesta­vel - um filme fino e transparente feito de protea­nas da seda e protea­nas fluorescentes geneticamente fundidas. Como a etiqueta éfacilmente digera­vel e feita inteiramente de protea­nas, pode ser consumida como parte de uma pa­lula ou comprimido.

O brilho de várias fontes de luz LED na etiqueta excita as microparta­culas de seda fluorescentes, fazendo com que elas gerem um padrãoaleata³rio diferente a cada vez. As microparta­culas emitem cores fluorescentes ciano, verde, amarelo ou vermelho.
microparta­culas de seda fluorescente

Essas microparta­culas de seda fluorescente se organizam
em padraµes que seriam extremamente difa­ceis de duplicar para
os falsificadores de medicamentos.
Os padraµes agem como uma impressão digital que farma¡cias
e consumidores poderiam usar para verificar se um medicamento éautaªntico.
(Imagem: Jung Woo Leem, Purdue Universit)

Os bits digitais podem então ser extraa­dos de uma imagem desses padraµes para produzir uma chave de segurança, que uma farma¡cia ou paciente usaria para confirmar que um medicamento éautaªntico.

Os pesquisadores estãoatualmente convertendo esse processo em um aplicativo de smartphone para farma¡cias e consumidores.

“Nosso conceito éusar um smartphone para acender uma luz LED na etiqueta e tirar uma foto dela. O aplicativo então identifica se o medicamento égenua­no ou falso ”, disse Jung Woo Leem, associado de pa³s-doutorado em engenharia biomédica em Purdue.

A etiqueta também tem o potencial de armazenar muito mais informações do que simplesmente uma confirmação do que éo medicamento, disse Leem, como a dose e a data de validade.

Leem descobriu que a etiqueta funciona por pelo menos dois meses sem que as protea­nas se degradem. Em seguida, a equipe precisara¡ confirmar que a etiqueta pode durar tanto tempo quanto o medicamento e que não afeta os principais ingredientes ou a potaªncia de um medicamento.

 

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