Tecnologia Científica

Eletrodos de grafeno transparentes podem levar a nova geração de células solares
O novo manãtodo de produção rolo a rolo pode permitir dispositivos solares leves e flexa­veis e uma nova geraça£o de telas de exibia§a£o.
Por David L. Chandler - 07/06/2020

Cortesia dos pesquisadores
Um novo processo de fabricação de grafeno ébaseado no uso de uma camada
intermedia¡ria de material após o assentamento do grafeno atravanãs de
um processo de deposição de vapor. O transportador permite que a
folha de grafeno ultrafino, com menos de um nana´metro (bilionanãsimo
de metro) de espessura, seja facilmente removida de um substrato,
permitindo uma fabricação rápida de rolo a rolo. Essas figuras mostram
esse processo de fabricação de folhas de grafeno, juntamente com uma
foto do dispositivo de prova de conceito usado (b).

Uma nova maneira de fabricar grandes folhas de grafeno atomicamente fino de alta qualidade pode levar a células solares flexa­veis e ultraleves, e a novas classes de dispositivos emissores de luz e outros eletra´nicos de pela­cula fina.

O novo processo de fabricação, desenvolvido no MIT e deve ser relativamente fa¡cil de expandir para a produção industrial, envolve uma camada intermedia¡ria de "buffer" de material, essencial para o sucesso da técnica. O buffer permite que a folha de grafeno ultrafino, com menos de um nana´metro (bilionanãsimo de metro) de espessura, seja facilmente removida de seu substrato, permitindo uma fabricação rápida de rolo a rolo.

O processo estãodetalhado em um artigo publicado ontem em Advanced Functional Materials, pelos pa³s-docs do MIT Giovanni Azzellino e Mahdi Tavakoli; professores Jing Kong, Tomas Palacios e Markus Buehler; e outros cinco no MIT.

Encontrar uma maneira de fabricar eletrodos finos, transparentes e de grande área, esta¡veis ​​ao ar livre tem sido uma grande busca na eletra´nica de filmes finos nos últimos anos, para uma variedade de aplicações em dispositivos optoeletra´nicos - coisas que emitem luz, como o computador e telas de smartphones, ou colhaª-las, como células solares. O padrãoatual para tais aplicações éo a³xido de a­ndio e estanho (ITO), um material baseado em elementos químicos raros e caros.

Muitos grupos de pesquisa trabalharam para encontrar um substituto para a ITO, concentrando-se em materiais candidatos orga¢nicos e inorga¢nicos. O grafeno, uma forma de carbono puro cujos a¡tomos são dispostos em uma matriz hexagonal plana, possui propriedades elanãtricas e meca¢nicas extremamente boas, mas éextremamente fino, fisicamente flexa­vel e feito de um material abundante e barato. Além disso, ele pode ser facilmente cultivado na forma de grandes folhas por deposição de vapor qua­mico (CVD), usando cobre como camada de semente, como o grupo de Kong demonstrou. No entanto, para aplicações em dispositivos, a parte mais complicada foi encontrar maneiras de liberar o grafeno produzido por CVD de seu substrato de cobre nativo.

Essa versão, conhecida como processo de transferaªncia de grafeno, tende a resultar em uma rede de la¡grimas, rugas e defeitos nas folhas, o que interrompe a continuidade do filme e, portanto, reduz drasticamente sua condutividade elanãtrica. Mas com a nova tecnologia, diz Azzellino, “agora somos capazes de fabricar folhas de grafeno de grandes áreas com segurança, transferi-las para o substrato que quisermos, e a maneira como as transferimos não afeta as propriedades elanãtricas e meca¢nicas do grafeno primitivo. "

A chave éa camada tampa£o, feita de um material polimanãrico chamado parileno, que se adapta nonívelata´mico a s folhas de grafeno nas quais éimplantado. Como o grafeno, o parileno éproduzido pela CVD, o que simplifica o processo de fabricação e a escalabilidade.

Como demonstração dessa tecnologia, a equipe fez células solares a  prova de conceito, adotando um material de canãlula solar polimanãrica de pela­cula fina, juntamente com a camada de grafeno recanãm-formada para um dos dois eletrodos da canãlula e uma camada de parileno que também serve como um substrato do dispositivo. Eles mediram uma transmita¢ncia a³ptica próxima a 90% para o filme de grafeno sob luz visível.

A canãlula solar a  base de grafeno prototipada melhora em aproximadamente 36 vezes a energia fornecida por peso, em comparação com os dispositivos de última geração baseados em ITO. Ele também usa 1/200 da quantidade de material por unidade de área para o eletrodo transparente. E, háuma outra vantagem fundamental em comparação com a ITO: "O grafeno chega quase de graça", diz Azzellino.

"Os dispositivos ultraleves baseados em grafeno podem abrir caminho para uma nova geração de aplicativos", diz ele. “Então, se vocêpensa em dispositivos porta¡teis, a potaªncia por peso se torna uma figura de manãrito muito importante. E se pudanãssemos implantar uma canãlula solar transparente em seu tablet capaz de ligar o pra³prio tablet? ” Embora algum desenvolvimento adicional seja necessa¡rio, esses aplicativos devem ser via¡veis ​​com esse novo manãtodo, diz ele.

O material tampa£o, parileno, éamplamente utilizado na indústria de microeletra´nica, geralmente para encapsular e proteger dispositivos eletra´nicos. Portanto, as cadeias de suprimentos e equipamentos para o uso do material já estãodisseminados, diz Azzellino. Dos três tipos existentes de parileno, os testes da equipe mostraram que um deles, que contanãm mais a¡tomos de cloro, era de longe o mais eficaz para essa aplicação.

A proximidade atômica do parileno rico em cloro com o grafeno subjacente a  medida que as camadas são ensanduichadas fornece uma vantagem adicional, oferecendo uma espanãcie de "doping" para o grafeno, finalmente fornecendo uma abordagem mais confia¡vel e não destrutiva para a melhoria da condutividade do grafeno de grande área , ao contra¡rio de muitos outros que foram testados e relatados atéo momento.

"O grafeno e os filmes de parileno estãosempre cara a cara", diz Azzellino. "Então, basicamente, a ação antidoping estãosempre presente e, portanto, a vantagem épermanente."

A equipe de pesquisa também incluiu Marek Hempel, Ang-Yu Lu, Francisco Martin-Martinez, Jiayuan Zhao e Jingjie Yeo, todos no MIT. O trabalho foi apoiado pela Eni SpA por meio da Iniciativa MIT Energy, pelo Escrita³rio de Pesquisa do Exanãrcito dos EUA atravanãs do Instituto de Nanotecnologias de Soldados e pelo Escrita³rio de Pesquisa Naval.

 

.
.

Leia mais a seguir