O laboratório de inteligaªncia artificial OpenAI anunciou que estãodisponibilizando uma nova rede neural poderosa para processamento de linguagem natural para lana§amento limitado ao paºblico.

O laboratório, fundado por Elon Musk e recentemente apoiado por uma doação de US $ 1 bilha£o da Microsoft, projetou geradores de texto que criam passagens lega­veis praticamente indistingua­veis daquelas escritas por seres humanos.

A abordagem de aprendizado de ma¡quina da OpenAI coleta enormes quantidades de dados da Web e os analisa em busca de padraµes estata­sticos que permitem prever realisticamente quais letras ou palavras provavelmente sera£o escritas a seguir.

Quando os usuários inserem uma palavra ou frase ou trechos de texto mais longos no gerador, ele se expande com um texto convincentemente humano. Os resultados podem ser usados ​​para criar histórias, enfrentar exerca­cios de compreensão de leitura, responder perguntas , resumir teses ou atéjogar xadrez, resolver problemas matema¡ticos ou criar cenários de calaboua§o baseados em texto.

Apelidado de GPT-3, o gerador de texto conta com um enorme banco de dados composto por quase um trilha£o de palavras acumuladas em varreduras de postagens na web e livros digitais. A Microsoft construiu um supercomputador abastecido com centenas de milhares de processadores para o projeto.

O programa éproficiente na criação de passagens fatuais e obras de ficção. Na verdade, uma versão inicial do gerador de texto era tão boa em criar texto original que suscitou preocupações entre seus criadores que poderia ser usada para fins nefastos, como espalhar nota­cias falsas na Web ou envolver-se em esquemas para enganar os consumidores atravanãs de bate-papos on-line falsos.

Essas preocupações levaram a OpenAI em fevereiro de 2019 a tomar o passo incomum de recusar o lana§amento da versão inicial, GPT-2, citando temores de que o uso indevido potencial possa ser perigoso.

"Precisamos realizar experimentos para descobrir o que eles podem ou não fazer", disse Jack Clark, diretor de políticas da OpenAI, na anãpoca. "Se vocênão pode prever todas as habilidades de um modelo, precisa estimula¡-lo para ver o que ele pode fazer. Ha¡ muito mais pessoas do que nosque são melhores em pensar no que ele pode fazer maliciosamente".

O programa acabou sendo divulgado ao paºblico e os piores temores da OpenAI nunca foram realizados.

Agora, o GPT-3 mais recente estara¡ dispona­vel para locação comercial para um número limitado de fontes.

O GPT-3, cerca de 100 vezes mais poderoso que o GPT-2, teve um desempenho admira¡vel nos testes, de acordo com o relatório da OpenAI. Ele abordou exerca­cios de compressão de leitura que exigiam o preenchimento de Espaços em branco, o "racioca­nio rápido" e a geração de composições de até500 palavras.

O Google aplicou essa tecnologia a seus algoritmos que lidam com consultas de pesquisa complexas. A Microsoft usa o programa em seus produtos Office para aprimorar constantemente as funções de verificação gramatical.

A OpenAI ainda estãopreocupada com abusos, como a criação de boletins de nota­cias falsos, spam e phishing. O artigo online afirma: "Terminaremos o acesso a  API para casos de uso obviamente prejudiciais, como assanãdio, spam, radicalização ou astroturfing [mascarar quem estãopor trás de uma mensagem]. Mas também sabemos que não podemos prever todo o possí­vel consequaªncias dessa tecnologia, estamos lana§ando hoje em uma versão beta privada [versão de teste] em vez de disponibilidade geral ".

O acesso a  API GPT-3 éapenas por convite. Entre os usuários iniciais estãoa empresa de busca na web em linguagem natural Algolia, a rede social de saúde mental Koko e o criador "companheiro" do chatbot de inteligaªncia artificial Replika.