Experimento testa a memória humana versus a papagaio em um complexo jogo de shell
Foto de arquivo de Stephanie Mitchell / Harvard

Irene Pepperberg com Griffin rseu papagaio.
O que acontece quando um papagaio-cinzento se confronta com 21 estudantes de Harvard em um teste que mede um tipo de memória visual? Simplificando: o papagaio se move para a cabea§a da classe.
Os pesquisadores de Harvard compararam como 21 adultos humanos e 21 criana§as de 6 a 8 anos se amontoaram contra um papagaio-cinzento chamado Griffin em uma versão complexa do cla¡ssico jogo de cascas.
Funcionou assim: pequenos pompons coloridos foram cobertos com xacaras e depois embaralhados, de modo que os participantes tiveram que rastrear qual objeto estava sob qual xacara. O pesquisador então mostrou a eles um pom-pom que combinava com a mesma cor escondida sob um dos copos e pediu que eles apontassem para o copo. (Griffin, éclaro, usou o bico para apontar.) Os participantes foram testados ao rastrear dois, três e quatro pompons de cores diferentes. A posição dos copos foi trocada de zero a quatro vezes para cada uma dessas combinações. Griffin e os estudantes fizeram 120 tentativas; as criana§as fizeram 36.
O jogo testa a capacidade do cérebro de reter a memória de itens que não estãomais a vista e, em seguida, atualizar quando confrontados com novas informações, como uma mudança de local. Esse sistema cognitivo éconhecido como memória visual de trabalho e éo alicerce do comportamento inteligente.
Então, como o papagaio se saiu? Griffin superou as criana§as de 6 a 8 anos em todos os naveis, em média, e teve um desempenho tão bom quanto um pouco melhor do que os 21 estudantes de Harvard em 12 dos 14 tipos de teste.
Isso não éruim para o chamado cérebro de pa¡ssaro.
"Nãoéque tenhamos provado tudo comprova¡vel", acrescentou Pepperberg. "a‰ que demonstramos um comportamento que leva a muitas perguntas diferentes".
“Pense bem: o papagaio cinza supera a graduação de Harvard. Isso éincravel! â€, Disse Hrag Pailian , pa³s-doutorado na Escola de Pa³s-Graduação em Artes e Ciências que liderou o experimento. "Tanhamos alunos concentrados em engenharia, pré-remanãdios, este, aquilo, idosos, e ele simplesmente chutou o traseiro deles."
Divulgação completa: Griffin tem sido a estrela de estudos cognitivos anteriores , como mostrar que émais esperto do que o tapico garoto de 4 anos e tão inteligente quanto uma criana§a de 6 a 8 anos. Mas fazer com que os estudantes de Harvard daªem uma olhada dupla em sua própria inteligaªncia éum passo em frente.
Para ser justo, os estudantes de Harvard conseguiram manter intactos (alguns) do seu orgulho carmesim. Nos dois testes finais, que envolveram mais itens e mais movimentos, os adultos tiveram a vantagem. A média de Griffin caiu para o desempenho das criana§as - embora nunca abaixo. Os pesquisadores não foram capazes de determinar o motivo exato dessa queda, mas acreditam que ela tem algo a ver com o modo como a inteligaªncia humana funciona (sem daºvida, fazer da vita³ria dos estudantes de Harvard uma questãode melhoria de desempenho da variedade genanãtica).
O experimento foi parte de um estudo publicado no Scientific Reports em maio. Pailian foi o autor principal e colaborou com a psica³loga comparada Irene Pepperberg , Henry A. Morss Jr. e Elisabeth W. Morss, professora de psicologia Susan Carey , e Justin Halberda, na Universidade John Hopkins.
Os pesquisadores estavam investigando os limites da capacidade do cérebro de processar e atualizar representações mentais. Em outras palavras, eles estavam observando a parte "funcional" do sistema de memória visual de trabalho. A capacidade éreferida como manipulação. E, finalmente, eles esperavam obter ideias sobre o desenvolvimento e a origem do sistema de memória de trabalho visual e a natureza da inteligaªncia humana.
"Qualquer operação que vocêrealiza em sua mente ocorre na memória visual de trabalho", disse Pailian. “Vocaª armazena informações do mundo exterior; vocêbrinca com isso; e então vocêo transfere para uma cognição mais alta. Ajuda a alimentar a aptida£o STEM, o bem-estar mental e todos esses diferentes tipos de importantes atributos cognitivos…. Achamos que um dos principais componentes da inteligaªncia humana, a principal característica éque somos capazes de pensar em todas essas coisas em nossas mentes e fazer essas manipulações mentais, mas se descobrimos que outros animais, outras espanãcies podem realizar essas manipulações operações [e também ver quanto antiga éessa capacidade], talvez isso possa nos ajudar a informar o que delineia a inteligaªncia humana de outras inteligaªncias animais também. â€
Em umnívelamplo, as descobertas do artigo sugerem as possaveis origens evolutivas da capacidade de manipular a memória visual. O sucesso de Griffin sugere que não se limita aos seres humanos e pode ser compartilhado entre espanãcies derivadas de um ancestral comum. Nesse caso, o ancestral seria o dinossauro, uma vez que humanos e papagaios são separados por mais de 300 milhões de anos de evolução.
"Estamos sugerindo que épossível - não podemos provar isso - que os dinossauros, nosso ancestral comum, possam ter alguma capacidade ba¡sica", disse Pepperberg, pesquisador associado do Departamento de Psicologia de Harvard. “Então essa capacidade [de manipulação avana§ada] poderia ter evoluado paralelamente [em primatas e pa¡ssaros]. A outra possibilidade éque nosso ancestral comum não possuasse essa capacidade e, de alguma forma, surgiu independentemente nessas duas linhas. Mas estamos argumentando que, como a manipulação éconstruada sobre a capacidade de armazenamento e tantas espanãcies diferentes tem capacidades semelhantes, que alguma forma simples de manipulação provavelmente existia em um ancestral comum. â€
No artigo, os pesquisadores observam que trabalhos futuros são necessa¡rios para confirmar a capacidade de manipulação em uma variedade maior de espanãcies e identificar suas origens.
"Nãoéque tenhamos provado tudo comprova¡vel", acrescentou Pepperberg. "a‰ que demonstramos um comportamento que leva a muitas perguntas diferentes".
Griffin foi o principal candidato para esse experimento, porque os pesquisadores precisavam de um animal cujo cérebro fosse funcionalmente semelhante aos humanos, mas evolutivamente distante para comparação. Tambanãm era prova¡vel que os papagaios possuassem a capacidade de manipulação por causa das pressaµes ambientais na natureza, como rastrear seus calouros famintos ou ameaa§as como predadores. Além disso, Griffin estãosempre pronto para mostrar seu poder cerebral e ganhar alguns cajus como recompensa.
"Ele éo tipo de estudante que pergunta a vocaª: 'O que eu tenho que fazer para obter o A?'" E depois vai, diz Pepperberg.