Tecnologia Científica

Cientistas propaµem plano para determinar se o Planeta Nove éum buraco negro primordial
O estudo sugere que o LSST tem a capacidade de encontrar buracos negros observando explosaµes de acranãscimo resultantes do impacto de pequenos objetos da nuvem de Oort.
Por Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics - 11/07/2020

Doma­nio paºblico

Cientistas da Universidade de Harvard e da Black Hole Initiative (BHI) desenvolveram um novo manãtodo para encontrar buracos negros no sistema solar externo e, juntamente com ele, determinar de uma vez por todas a verdadeira natureza do hipotanãtico Planeta Nove. O artigo, aceito no The Astrophysical Journal Letters , destaca a capacidade da futura missão Legacy Survey of Space and Time (LSST) de observar explosaµes de acreção, cuja presença poderia provar ou descartar o Planeta Nove como um buraco negro.

Dr. Avi Loeb, Frank B. Baird Jr. Professor de Ciências em Harvard, e Amir Siraj, um estudante de graduação em Harvard, desenvolveram o novo manãtodo para procurar buracos negros no sistema solar externo com base em explosaµes resultantes da interrupção de cometas interceptados. O estudo sugere que o LSST tem a capacidade de encontrar buracos negros observando explosaµes de acranãscimo resultantes do impacto de pequenos objetos da nuvem de Oort.

"Nas proximidades de um buraco negro, pequenos corpos que se aproximam dele derretera£o como resultado do aquecimento da acumulação de gás do meio interestelar no buraco negro", disse Siraj. "Depois que derretem, os pequenos corpos estãosujeitos a perturbações das maranãs pelo buraco negro, seguidas pela acumulação do corpo perturbado pelas maranãs no buraco negro". Loeb acrescentou: "Como os buracos negros são intrinsecamente escuros, a radiação que a matéria emite a caminho da boca do buraco negro énossa única maneira de iluminar esse ambiente escuro".

Pesquisas futuras de buracos negros primordiais poderiam ser informadas pelo novo ca¡lculo. "Esse manãtodo pode detectar ou descartar buracos negros presos em massa de planeta atéa borda da nuvem de Oort, ou cerca de cem mil unidades astrona´micas", disse Siraj. "Poderia ser capaz de colocar novos limites na fração de matéria escura contida nos buracos negros primordiais ".

Espera-se que o pra³ximo LSST tenha a sensibilidade necessa¡ria para detectar explosaµes de acranãscimo, enquanto a tecnologia atual não écapaz de fazaª-lo sem orientação. "O LSST tem um amplo campo de visão, cobrindo o canãu inteiro repetidamente e procurando explosaµes transita³rias", disse Loeb. "Outros telesca³pios são bons em apontar para um alvo conhecido, mas não sabemos exatamente onde procurar o Planeta Nove. Conhecemos apenas a ampla regia£o em que ele pode residir." Siraj acrescentou: "A capacidade do LSST de examinar o canãu duas vezes por semana éextremamente valiosa. Além disso, sua profundidade sem precedentes permitira¡ a detecção de explosaµes resultantes de impactores relativamente pequenos, mais freqa¼entes que os grandes".

O novo artigo se concentra no famoso Planet Nine como o primeiro candidato a detecção. Assunto de muita especulação, a maioria das teorias sugere que o Planeta Nove éum planeta anteriormente não detectado, mas também pode sinalizar a existaªncia de um buraco negro de massa planeta¡ria.

"O Planeta Nove éuma explicação convincente para o agrupamento observado de alguns objetos além da a³rbita de Netuno. Se a existaªncia do Planeta Nove for confirmada atravanãs de uma pesquisa eletromagnanãtica direta, seráa primeira detecção de um novo planeta no sistema solar em dois séculos, sem contar Plutão, disse Siraj, acrescentando que uma falha na detecção de luz do Planeta Nove - ou outros modelos recentes, como a sugestãode enviar sondas para medir a influaªncia gravitacional - tornaria o modelo do buraco negro intrigante. " muita especulação sobre explicações alternativas para as a³rbitas ana´malas observadas no sistema solar externo . Uma das ideias apresentadas foi a possibilidade de o Planeta Nove ser um buraco negro do tamanho de uma toranja com uma massa de cinco a 10 vezes a da Terra ".

O foco no Planeta Nove ébaseado tanto no significado cienta­fico sem precedentes que uma descoberta hipotanãtica de um buraco negro de massa planeta¡ria no sistema solar manteria, bem como no interesse conta­nuo em entender o que estãola¡ fora. "A periferia do sistema solar éo nosso quintal. Encontrar o Planet Nine écomo descobrir um primo morando no galpa£o atrás da sua casa que vocênunca conheceu", disse Loeb. "Ele imediatamente levanta questões: por que estãola¡? Como conseguiu suas propriedades? Ele moldou a história do sistema solar? Existem mais coisas assim?"

 

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