Tecnologia Científica

A redescoberta do mundo 'Lost' éum passo para encontrar planetas habita¡veis
A redescoberta de um planeta perdido poderia pavimentar o caminho para a deteca§a£o de um mundo dentro da habita¡vel 'zona dos Cachinhos Dourados' em um sistema solar distante.
Por Sarah Collins - 21/07/2020


Noites paranais
Crédito: Y. Beletsky (LCO) / ESO

O planeta, do tamanho e massa de Saturno com uma a³rbita de trinta e cinco dias, estãoentre centenas de mundos 'perdidos' que astra´nomos, inclusive da Universidade de Cambridge, estãousando novas técnicas para rastrear e caracterizar, na esperana§a de encontrar planetas mais frios como os do nosso sistema solar e atéplanetas potencialmente habita¡veis.

Relatado no Astrophysical Journal Letters , o planeta chamado NGTS-11b orbita uma estrela a 620 anos-luz de distância e estãolocalizado cinco vezes mais perto de seu sol do que a Terra.

O planeta foi encontrado originalmente em uma busca por planetas em 2018 pela equipe liderada pela Universidade de Warwick usando dados do telesca³pio TESS da NASA. Isso usa o manãtodo de tra¢nsito para localizar planetas, procurando a luz da estrela que indica que um objeto passou entre o telesca³pio e a estrela.

No entanto, o TESS apenas varre a maioria das seções do canãu por 27 dias. Isso significa que muitos dos planetas de período mais longo transitam apenas uma vez nos dados do TESS: sem uma segunda observação, o planeta estãoefetivamente perdido. Pesquisadores do Laborata³rio Cavendish de Cambridge fazem parte da equipe NGTS (Next-Generation Transit Survey) que, após identificar um aºnico evento de tra¢nsito nos dados TESS da estrela NGTS-11, monitorou o sistema em busca de tra¢nsitos adicionais para confirmar a natureza planeta¡ria. do objeto em tra¢nsito.

"Embora tenhamos descoberto muitos planetas que orbitam perto de sua estrela hospedeira, sabemos menos em períodos mais longos e em temperaturas mais baixas, o que faz do NGTS-11b uma descoberta interessante que nos leva um passo mais perto de encontrar planetas na zona dos Cachinhos Dourados", disse coautor Dr. Ed Gillen do Laborata³rio Cavendish de Cambridge. "Planetas de períodos mais longos, como o NGTS-11b, podem nos ajudar a entender melhor os vários processos evolutivos pelos quais os sistemas planetarios passam durante e após a sua formação"

Ed Gillen

“Ao perseguir o segundo tra¢nsito, encontramos um planeta de período mais longo. Espera-se que seja a primeira de muitas dessas descobertas levando a períodos mais longos ”, disse o principal autor do estudo, Dr. Samuel Gill, da Universidade de Warwick. “Essas descobertas são raras, mas importantes, pois nos permitem encontrar planetas com períodos mais longos do que outros astrônomos estãoencontrando. Planetas de períodos mais longos são mais frios, mais parecidos com os de nosso pra³prio sistema solar. ”

O NGTS-11b tem uma temperatura de apenas 160 ° C - mais fria que Mercaºrio ou Vaªnus. Embora ainda esteja quente demais para sustentar a vida como a conhecemos, estãomais perto da zona dos Cachinhos Dourados do que muitos planetas descobertos anteriormente, que normalmente tem temperaturas acima de 1000 ° C. A zona Cachinhos Dourados refere-se a uma gama de a³rbitas que permitiriam a um planeta ou lua suportar águala­quida: muito perto de sua estrela e estara¡ muito quente, mas muito distante e muito frio.

"Embora tenhamos descoberto muitos planetas que orbitam perto de sua estrela hospedeira, sabemos menos em períodos mais longos e em temperaturas mais baixas, o que faz do NGTS-11b uma descoberta interessante que nos leva um passo mais perto de encontrar planetas na zona dos Cachinhos Dourados", disse coautor Dr. Ed Gillen do Laborata³rio Cavendish de Cambridge. "Planetas de períodos mais longos, como o NGTS-11b, podem nos ajudar a entender melhor os vários processos evolutivos pelos quais os sistemas planetarios passam durante e após a sua formação".

O NGTS possui doze telesca³pios de última geração em seu local no Chile, o que significa que os pesquisadores podem monitorar várias estrelas por meses a fio, procurando planetas perdidos. O mergulho na luz do NGTS-11b tem apenas 1% de profundidade e ocorre apenas uma vez a cada 35 dias, colocando-o fora do alcance de outros telesca³pios.

Existem centenas de tra¢nsitos aºnicos detectados pelo TESS que os pesquisadores monitorara£o usando esse manãtodo. Isso lhes permitira¡ descobrir exoplanetas mais frios de todos os tamanhos, incluindo planetas mais parecidos com os do nosso pra³prio sistema solar. Alguns deles sera£o pequenos planetas rochosos na zona dos Cachinhos Dourados que são frios o suficiente para hospedar oceanos de águala­quida e vida potencialmente extraterrestre.

A pesquisa foi apoiada pelo Conselho de Instalações de Ciência e Tecnologia (STFC), parte do UK Research and Innovation (UKRI).

 

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