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Chuva de astera³ides no sistema Terra-Lua há800 milhões de anos, revelada por crateras lunares
Um astera³ide de 100 km de dia¢metro foi interrompido há800 milhões de anos (800 Ma) e que pelo menos (4-5) a— 10 16 kg de meteoroides, aproximadamente 30-60 vezes mais que o impacto de Chicxulub, devem ter mergulhou no sistema Terra-Lua.
Por Universidade de Osaka - 21/07/2020


Uma chuva de astera³ides no sistema Terra-Lua Crédito: ilustração do artista, cranãdito: Murayama / Osaka Univ.

Uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade de Osaka investigou as idades de formação de 59 crateras lunares com um dia¢metro de aproximadamente 20 km usando a Ca¢mera de Terreno (TC) a bordo da sonda Kaguya.

Kaguya (anteriormente SELENE, para SELenological and ENgineering Explorer), éuma missão orbital lunar da Agência Espacial Japonesa (JAXA).

Este grupo demonstrou que um astera³ide de 100 km de dia¢metro foi interrompido há800 milhões de anos (800 Ma) e que pelo menos (4-5) a— 10 16 kg de meteoroides, aproximadamente 30-60 vezes mais que o impacto de Chicxulub, devem ter mergulhou no sistema Terra-Lua. Seus resultados de pesquisa foram publicados na Nature Communications .

Como uma fina camada de enriquecimento de ira­dio (Ir) (um elemento de terra rara ) de 65,5 Ma havia sido detectada em todo o mundo, acredita-se que um astera³ide de 10 a 15 km de dia¢metro atingiu a Terra e causou ou contribuiu grandemente para a extinção em massa do Creta¡ceo.

Pensa-se que a probabilidade de um astera³ide deste tamanho atingir a Terra seja uma vez em 100 milhões de anos. Sabe-se que as crateras de impacto na Terra criadas antes de 600 Ma foram apagadas ao longo dos anos por erosão, vulcanismo e outros processos geola³gicos. Assim, para descobrir os impactos dos meteora³ides na Terra, eles investigaram a Lua, que quase não tem erosão.

A densidade de crateras de 0,1-1 km de dia¢metro (verde) nos ejetos
da cratera Copernicus foi examinada para derivar informações
cronola³gicas (imagem da ca¢mera do terreno)
Crédito: Universidade de Osaka

Eles investigaram a distribuição eta¡ria da formação de 59 grandes crateras com dia¢metros maiores que aproximadamente 20 km, examinando a densidade de 0,1-1 km de dia¢metro nas ejetas dessas 59 crateras. Um desses exemplos éa cratera Copernicus (93 km de dia¢metro) e suas crateras circundantes. A densidade de 860 crateras com dia¢metro de 0,1-1 km (mostrado em verde) foi examinada para derivar a idade da cratera Copernicus. Como resultado, oito das 59 crateras foram formadas simultaneamente (17 por um modelo de espiga£o), a primeira do mundo.

Considerando as leis de escala de crateras e as probabilidades de colisão com a Terra e a Lua, pelo menos (4-5) a— 10 16 kg de meteoroides, aproximadamente 30-60 vezes mais que o impacto de Chicxulub, devem ter atingido a Terra imediatamente antes do Criogeniano (720- 635 Ma), que foi uma anãpoca de grandesmudanças ambientais e biológicas.
 
Além disso, dada a idade da perturbação e os elementos de a³rbita das fama­lias de astera³ides existentes , éaltamente prova¡vel que a perturbação do corpo parental do astera³ide do tipo C Eulalia tenha causado um banho de astera³ide. Um astera³ide do tipo C éuma classe que deve conter carbono em analogia aos condritos carbona¡ceos (meteoritos).

Como a refleta¢ncia dasuperfÍcie de Eulalia ésemelhante a  do asteroide Ryugu do tipo C pra³ximo a  Terra, Eulalia chamou a atenção como corpo-ma£e de uma pilha de entulho do tipo C, um corpo celeste que consiste em numerosos pedaço s de rocha perto da Terra. (Sugita et al. 2019)

Ryugu foi sondado pelo explorador de astera³ides Hayabusa2, uma missão de retorno de amostras de astera³ides operada pela JAXA.

Por essas considerações, eles conclua­ram que o bombardeio espora¡dico de meteoritos devido a  ruptura dos astera³ides 800 Ma causou o seguinte:

Alguns dos fragmentos resultantes caa­ram em planetas terrestres e no Sol

Outros permaneceram em um cintura£o de astera³ides como a familia Eulalia, e

Os remanescentes tiveram evolução orbital como membro de astera³ides pra³ximos a  Terra.

Esta pesquisa sugere as seguintes possibilidades:

Um chuveiro de astera³ide pode ter trazido uma grande quantidade de fa³sforo (P) para a Terra, afetando o ambiente dasuperfÍcie terrestre,

Um recente banho de astera³ide do tipo C pode ter contaminado asuperfÍcie lunar com elementos vola¡teis,

A familia Eulalia, o corpo de um astera³ide do tipo C pra³ximo a  Terra, pode ter trazido um chuveiro de astera³ide para a Terra e a Lua.

O autor principal, Professor Terada, diz: "Nossos resultados de pesquisa forneceram uma nova perspectiva sobre ciências da terra e ciências planeta¡rias. Eles produzira£o uma ampla gama de efeitos positivos em vários campos de pesquisa".

 

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