Material foi projetado para combater ca¡ries e gengivites. Agora, os pesquisadores estãorealizando testes para ver se hátambém propriedades contra o novo coronavarus

Pesquisadores da USP e da Unicamp desenvolveram um cimento usado na colagem das pea§as do aparelho ortoda´ntico que éum inibidor da colonização de bactanãrias, fungos e varus osFoto: Reto Gerber via Pixabay osCC
O aparelho ortoda´ntico éutilizado para corrigir os dentes e obter o sorriso perfeito. Mas demanda diversos cuidados especiais, principalmente em relação a higiene. O objeto dificulta a escovação correta e uso do fio dental, o que pode provocar problemas como ca¡rie e gengivite. Além disso, muitas vezes os materiais utilizados na confecção desses aparelhos contribuem para o acaºmulo de microrganismos na boca.
Para evitar esses problemas, pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeira£o Preto (Forp) da USP, em conjunto com o professor Oswaldo Luiz Alves, do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolveram um manãtodo que transforma o cimento utilizado na colagem das pea§as do aparelho ortoda´ntico em um inibidor da colonização de bactanãrias, fungos e varus.Â
A professora e coordenadora da pesquisa, Andranãa Ca¢ndido dos Reis, do Departamento de Materiais Denta¡rios da Forp, explica que a inovação vem da adição do vanadato de prata nanoestruturado (produto quamico da unia£o dos metais prata e vana¡dio, transformados nonívelde nanoestruturas) no cimento que cola o aparelho ortoda´ntico nos dentes.
“Conseguimos propor um cimento com propriedades fasico-químicas e meca¢nicas favoráveis para a manutenção e fixação do aparelho, mas que também apresenta propriedades antimicrobianas.â€Â
Como muitas pesquisas cientaficas mostram o potencial antiviral da prata, desde o inicio da pandemia pelo novo coronavarus, a equipe da professora Andranãa vem realizando testes com os materiais utilizados no cimento odontola³gico com objetivo de descobrir possaveis efeitos contra a covid-19. Os pesquisadores estãorealizando vários testes e esperam chegar a um novo produto com as propriedades necessa¡rias para o combate ao SARS-CoV-2. “Acreditamos que em breve teremos resultados positivosâ€, afirma a professora.