Da Mata Repa³rter, ferramenta criada pela UFMG em parceria com a USP, usa dados da plataforma de monitoramento TerraBrasilis

Roba´ trabalha com imagens extraadas da plataforma TerraBrasilis
TerraBrasilis / Inpe
Um roba´ jornalista vem chamando atenção no Twitter para o volume de alertas de áreas desmatadas na Amaza´nia Legal. a‰ o Da Mata Repa³rter, serviço de divulgação criado pela UFMG em parceria com a Universidade de Sa£o Paulo (USP) que posta mensagens informativas. Ele recorre a plataforma de monitoramento ambiental TerraBrasilis, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para supervisionar dados sobre o desmatamento e degradação da Amaza´nia Legal e do Cerrado. Ao reconhecer novas informações, a ferramenta cria tuates automa¡ticos no @DaMataReporter.
Idealizado no Laborata³rio Experimental de Tradução (Letra) do Programa de Pa³s-graduação em Estudos Linguasticos da Faculdade de Letras da UFMG, em colaboração com o Programa de Pa³s-graduação em Engenharia Elanãtrica da Escola Politécnica da USP, o sistema utiliza algoritmos de Geração de Langua Natural osque envolvem a seleção de conteaºdo relevante, estruturação desse conteaºdo e sua transformação em texto ospara trabalhar os dados brutos extraados do banco de dados TerraBrasilis.
A plataforma do Inpe, por sua vez, trabalha com dados gerados pela Coordenação Geral de Observação da Terra (Deter), que faz um levantamento rápido de alertas de evidaªncias de alteração da cobertura florestal para dar suporte a fiscalização realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renova¡veis (Ibama) e demais órgãos ligados ao assunto. Em meio a amplo número de dados recebidos, o Da Mata Repa³rter foca nos números e datas de alertas e na área desmatada de acordo com a localização nos municapios e unidades de Conservação.
De acordo com a equipe responsável pelo projeto, o desmatamento da Amaza´nia tem-se destacado como assunto altamente sensavel, foco de interesse internacional e de grande impacto socioecona´mico. "A disponibilidade dos dados, irrestrita e acessavel a um paºblico cada vez maior e mais diversificado, torna-se indispensa¡velâ€, afirmam. “A disponibilização de robôs com esse perfil viabiliza uma atualização automa¡tica e rápida de dados imprescindaveis e libera jornalistas humanos para se concentrarem nos aspectos mais investigativos", acrescenta o grupo.
Corona Repa³rter
A parceria UFMG-USP destinada a criação de perfis no Twitter para complementar o trabalho jornalastico tradicional teve no Corona Repa³rter o seu primeiro fruto. Lana§ado em abril, em meio a pandemia de covid-19, o roba´ jornalista éresponsável por captar permanentemente as informações divulgadas sobre a pandemia no Brasil, com alto grau de atualização dos resultados.
Aberto ao paºblico em meados de julho, o Da Mata Repa³rter começou a ser idealizado logo após o surgimento do "irma£o" e tem a mesma arquitetura de funcionamento. Contudo, enquanto o Corona Repa³rter acessa um banco de dados de hora em hora para publicações constantes, o novo sistema aposta nas publicações de relatórios dia¡rios e mensais.
No primeiro caso, ele monitora o conteaºdo informativo do TerraBrasilis três vezes ao dia osa s 8h30, 12h30 e 18h30 ose verifica todos os alertas de desmatamento em cidades e Unidades de Conservação (UC) dos últimos 30 dias. A cada acesso, posta informações sobre uma cidade e uma UC que não tenham sido alvo de publicações anteriores. No caso do monitoramento mensal, ele acessa o banco de dados diariamente e verifica se os alertas do maªs anterior já foram computados e fechados pelo Inpe. Em caso afirmativo, ele posta em primeira ma£o.
Atuação interdisciplinar
“Em nosso laboratório, mesmo antes desse projeto, trabalhamos com uma equipe interdisciplinar, com pesquisadores especializados na produção da linguagem e outros focados na linguastica computacionalâ€, esclarece a professora Adriana Pagano, uma das coordenadoras do Letra. O trabalho com o Da Mata Repa³rter conta ainda com Fabio Gagliardi Cozman e Joa£o Gabriel Moura Campos, ambos da USP, e AndréLuiz Rosa Teixeira, Rossana Cunha e Thiago Castro Ferreira, todos da UFMG.
A iniciativa faz parte de um projeto mais amplo de tradução automa¡tica e geração de linguagem natural da UFMG que se sustenta por meio de parcerias com a Escola de Enfermagem, com a Faculdade de Medicina, com a Faculdade de Odontologia e com o Instituto de Ciências Exatas.