Tecnologia Científica

​Tecnologia criada na UFMG possibilita previsão de incaªndios
Modelo desenvolvido pelo Centro de Sensoriamento Remoto écapaz de estimar quando, onde e com que intensidade o fogo vai se espalhar
Por UFMG - 29/08/2020


Comparação da área queimada, vista por satanãlite, do Parque da Serra da Canastra com a área prevista pelo modelo de espalhamento do fogo
Site do CSR

Por meio de equações que descrevem o comportamento do fogo sob várias condições e de estimativas geradas com base em dados de satanãlite, pesquisadores do Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) da UFMG desenvolveram um modelo capaz de visualizar as áreas com maior risco de incaªndio, prever a intensidade e a direção de propagação do fogo no cerrado brasileiro.

“A ferramenta já éutilizada para orientar a escolha de locais para se fazer aceiros negros, ou seja, áreas queimadas previamente para bloquear o avanço do fogo, protegendo, assim, as áreas de matas ou de cerrado fechado”, explica o professor Ubirajara Oliveira, do Instituto de Geociências (IGC) da UFMG, um dos pesquisadores do CSR.

O modelo foi criado no a¢mbito do projeto FIP Monitoramento do Cerrado, do CSR, e foi desdobrado em versaµes especa­ficas para os parques da Canastra e da Serra do Cipa³, em Minas Gerais, e da Chapada dos Veadeiros, em Goia¡s.

Comportamento do fogo

Estudos cienta­ficos que descrevem o comportamento do fogo em relação ao vento, combusta­vel, umidade e declividade fundamentaram a tecnologia. Esses dados, aliados a estimativas de biomassa seca oscombusta­vel do fogo ose umidade da vegetação, estabelecidas com base em imagens de satanãlite, tornam possí­vel calcular, a partir do local de ini­cio do fogo, se ele ira¡ se espalhar, para qual direção, com que velocidade e intensidade, e atémesmo quando ele se extinguira¡.

A tecnologia incorpora focos de incaªndio detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Queimadas e publica diariamente previsaµes atualizadas para todo o cerrado. A pesquisa écoordenada pelo Ministanãrio da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com participação do Inpe.

 

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