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Uma nova interpretação da meca¢nica qua¢ntica sugere que a realidade não depende da pessoa que a mede
Em outras palavras, a realidade éum objeto que não depende de quem o mede. Lindgren e Liukkonen utilizaram a otimizaa§a£o dina¢mica estoca¡stica em seu estudo.
Por Aalto University - 06/10/2020


Jukka Liukkonen (a  esquerda) e Jussi Lindgren (a  direita) descrevem o princa­pio da incerteza de Heisenberg. Crédito: Aalto University.

A meca¢nica qua¢ntica surgiu na década de 1920 e, desde então, os cientistas tem discordado sobre a melhor forma de interpreta¡-la. Muitas interpretações, incluindo a interpretação de Copenhague apresentada por Niels Bohr e Werner Heisenberg, e em particular, a interpretação de von Neumann-Wigner, afirmam que a consciência da pessoa que conduz o teste afeta seu resultado. Por outro lado, Karl Popper e Albert Einstein pensaram que existe uma realidade objetiva. Erwin Schra¶dinger apresentou o famoso experimento mental envolvendo o destino de um infeliz gato que visava descrever as imperfeições da meca¢nica qua¢ntica.

Em seu artigo mais recente, os funciona¡rios paºblicos finlandeses Jussi Lindgren e Jukka Liukkonen, que estudam meca¢nica qua¢ntica em seu tempo livre, da£o uma olhada no princa­pio da incerteza que foi desenvolvido por Heisenberg em 1927. De acordo com a interpretação tradicional do princa­pio, localização e o momento não pode ser determinado simultaneamente com um grau arbitra¡rio de precisão, pois a pessoa que realiza a medição sempre afeta os valores.

No entanto, em seu estudo Lindgren e Liukkonen conclua­ram que a correlação entre uma localização e momento, ou seja, sua relação, éfixa. Em outras palavras, a realidade éum objeto que não depende de quem o mede. Lindgren e Liukkonen utilizaram a otimização dina¢mica estoca¡stica em seu estudo. No quadro de referaªncia de sua teoria, o princa­pio da incerteza de Heisenberg éuma manifestação do equila­brio termodina¢mico, no qual as correlações de varia¡veis ​​aleata³rias não desaparecem.

“Os resultados sugerem que não hárazãola³gica para os resultados dependerem da pessoa que realiza a medição. De acordo com nosso estudo, não hánada que sugira que a consciência da pessoa atrapalhe os resultados ou crie um determinado resultado ou realidade ", diz Jussi Lindgren.

Esta interpretação apa³ia tais interpretações da meca¢nica qua¢ntica que apa³iam os princa­pios cienta­ficos cla¡ssicos.

“A interpretação éobjetiva e realista, e ao mesmo tempo o mais simples possí­vel. Gostamos da clareza e preferimos remover todo o misticismo”, diz Liukkonen.

Os pesquisadores publicaram seu último artigo em dezembro de 2019, que também utilizou a análise matemática como ferramenta para explicar a meca¢nica qua¢ntica. O manãtodo que usaram foi a teoria de controle ideal estoca¡stico, que tem sido usada para resolver desafios como enviar um foguete da Terra para a Lua.

Seguindo a navalha de Occam, a lei da parcima´nia em homenagem a Guilherme de Ockham, os pesquisadores agora escolheram a explicação mais simples daquelas que se encaixam.

"Na³s estudamos a meca¢nica qua¢ntica como uma teoria estata­stica. A ferramenta matemática éclara, mas alguns podem pensar que éenfadonha. Mas uma explicação érealmente uma explicação, se for vaga?" pergunta Lindgren.

A física éum a³timo passatempo para um funciona¡rio paºblico

Além do estudo da meca¢nica qua¢ntica , Lindgren e Liukkonen tem muitas outras coisas em comum: ambos foram membros do mesmo clube de matemática na Kuopio Lyceum High School, ambos fizeram pesquisa de pós-graduação e ambos tem carreiras como servidores civis. Liukkonen já concluiu seu doutorado. dissertação sobre ultra-som endosca³pico nas articulações e agora trabalha como inspetor na Autoridade de Segurança Nuclear e Radiação.

 

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