Estima-se que a maioria das gestaa§aµes que falham o faz nos primeiros sete dias após a fertilizaa§a£o, antes de o embria£o se implantar no aºtero. Nesse período, uma complicada cascata de eventos ocorre com um tempo preciso.

Imagens de quatro embriaµes, cada um em diferentes esta¡gios de polarização. Da esquerda para a direita, os embriaµes ficam progressivamente mais polarizados (indicados em vermelho). Crédito: M. Zhu
Estima-se que a maioria das gestações que falham o faz nos primeiros sete dias após a fertilização, antes de o embria£o se implantar no aºtero. Nesse período, uma complicada cascata de eventos ocorre com um tempo preciso. Um processo particularmente importante échamado de polarização, quando as células individuais que constituem o embria£o tornam-se assimanãtricas. A polarização ocorre em 2,5 dias para embriaµes de camundongos e 3,5 dias para embriaµes humanos.
Assim como os maºsicos que tocam juntos em uma orquestra precisam tocar na hora certa - nem cedo, nem tarde - o momento da polarização écrítico para o funcionamento embriona¡rio adequado. Estudos demonstraram que, se a polarização ocorrer muito cedo ou muito tarde, o embria£o tera¡ menos probabilidade de se desenvolver adequadamente. Obviamente, os embriaµes não podem olhar para um rela³gio para saber quando éa hora de polarizar, então como eles "sabem" quando éa hora?
Um novo estudo do laboratório da bia³loga do desenvolvimento da Caltech Magdalena Zernicka-Goetz , Professora Bren de Biologia e Engenharia Biola³gica, descobriu os sinais que os embriaµes de camundongos seguem para iniciar a polarização. Compreender os mecanismos moleculares subjacentes ao desenvolvimento embriona¡rio éfundamental para compreender como a vida comea§a.
"Nosso laboratório quer entender os mecanismos moleculares e celulares das duas primeiras semanas de nossas vidas que são craticos para o sucesso de nosso desenvolvimento", disse Zernicka-Goetz. "Este éo momento em que o futuro corpo édefinido. Nossas novas descobertas identificam o mecanismo subjacente a primeira escolha que as células do embria£o devem tomar no desenvolvimento."
Um artigo descrevendo a pesquisa foi publicado na revista Science em 11 de dezembro de 2020.
O trabalho, liderado pelo pa³s-doutorado da Universidade de Cambridge, Meng Zhu, identificou duas etapas importantes que são necessa¡rias para o momento correto da polarização no embria£o de camundongo.
A primeira éa ativação do genoma ziga³tico, ou ZGA, que representa o "despertar" inicial do DNA embriona¡rio após ele ter se combinado a partir do espermatoza³ide e do a³vulo, com certos genes para o desenvolvimento ligados como um computador dormente inicializando. Uma inundação de atividade molecular segue ZGA e, durante esse período, a equipe descobriu, três fatores específicos - estruturas baseadas em proteanas chamadas Tfap2c, Tead4 e RhoA - trabalham juntos para iniciar a polarização.
Esta pesquisa éa primeira a identificar as condições necessa¡rias e suficientes que impulsionam a polarização celular. "Isso édesconhecido hámuito tempo", diz Zhu. “Nosso trabalho ilustra a importante base molecular sobre o mecanismo por trás da polarização celular e abre caminho para responder a ainda mais questões sobre o desenvolvimento embriona¡rio, como o que desencadeia a expressão dos três fatores que identificamos? O que desencadeia o ZGA, que estãoa montante de tudo? "
Depois que a equipe identificou os três fatores que iniciam a polarização, eles voltaram seu foco para o pra³prio processo de polarização. Liderada pelo segundo autor do artigo, Jake Cornwall-Scoones, que era estudante de graduação no laboratório Zernicka-Goetz em Cambridge antes da transição do laboratório para o Caltech em 2019, a equipe teve como objetivo desenvolver um modelo quantitativo do processo de polarização. Trabalhando junto com Matt Thomson da Caltech, professor assistente de biologia e engenharia biológica, Cornwall-Scoones desenvolveu um modelo quantitativo de como as proteanas se movem atravanãs do embria£o para torna¡-lo polarizado. O modelo levou em consideração os três fatores identificados por Zhu e revelou como asmudanças nos naveis desses fatores alteraram o movimento das proteanas de polarização. O modelo correspondeu corretamente a s imagens microsca³picas de embriaµes conduzidas por Zhu.
"Tem sido tão empolgante ver o modelo de polaridade de Jake junto com os dados quantitativos de tirar o fa´lego de Meng e o sistema de modelo desenvolvido pelo grupo de Magda", disse Thomson, que também éInvestigador do Heritage Medical Research Institute. "Meng e Jake conseguiram ajustar os parametros do modelo aos dados e fazer previsaµes quantitativas sobre a dina¢mica do processo e os modos de falha que podem ocorrer em diferentes mutantes. Este artigo éum dos primeiros casos que tenho conhecimento de onde foi possível alcana§ar uma compreensão verdadeiramente quantitativa de um processo crítico de desenvolvimento no embria£o inicial. "
A equipe de Zernicka-Goetz estãoagora estudando atéque ponto o mecanismo de tempo de polarização no embria£o de camundongo ésemelhante ao processo ana¡logo em embriaµes humanos.
O artigo éintitulado "Rela³gio de desenvolvimento e mecanismo de polarização de novo do embria£o de camundongo". Além de Zhu, Cornwall-Scoones, Thomson e Zernicka-Goetz, outros co-autores são Peizhe Wang e Jie Na da Universidade de Tsinghua na China e Charlotte Handford da Universidade de Cambridge. O financiamento foi fornecido pelo Wellcome Trust, o European Research Council, o Leverhulme Trust, Open Philanthropy, a Weston Havens Foundation, o National Institutes of Health, a David and Lucile Packard Foundation, o Heritage Medical Research Institute e o National Key R&D Program da China. Magdalena Zernicka-Goetz e Matt Thomson são membros do corpo docente afiliados ao Tianqiao e Chrissy Chen Institute for Neuroscience da Caltech .