Tecnologia Científica

Interrupções na paisagem ameaa§am os objetivos do acordo clima¡tico de Paris
Um novo estudo descobriu que as emissaµes de desmatamento, conversão de paisagens selvagens em agricultura e outrasmudanças no uso da terra em todo o mundo contribua­ram com 25% de todas as emissaµes causadas pelo homem entre 2001 e 2017.
Por Brian Bell - 29/01/2021


"A produção de carne vermelha libera um quarto das emissaµes terrestres de gases de efeito estufa, mas fornece apenas um centanãsimo das calorias que consumimos", disse o co-autor do estudo Rob Jackson, professor de ciência do sistema terrestre de Stanford. (Crédito da imagem: iStock) - Foto: ABC osAustralian Broadcasting Corporation

Um novo estudo descobriu que as emissaµes de desmatamento, conversão de paisagens selvagens em agricultura e outrasmudanças no uso da terra em todo o mundo contribua­ram com 25% de todas as emissaµes causadas pelo homem entre 2001 e 2017. Expansão da produção agra­cola na Amanãrica Latina, Sudeste Asia¡tico e áfrica Subsaariana impulsionou o aumento global.

Um novo estudo demonstra quemudanças substanciais nas prática s agra­colas sera£o necessa¡rias para atingir os objetivos do acordo clima¡tico de Paris, o acordo internacional de 2015 projetado para evitar o aquecimento global catastra³fico.

O artigo, publicado em 27 de janeiro na Nature , fornece o inventa¡rio mais completo das emissaµes de gases de efeito estufa relacionadas a  forma como a humanidade altera as paisagens da Terra. Liderado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine e com co-autoria do cientista da Universidade de Stanford Rob Jackson , o estudo estima as emissaµes de dia³xido de carbono, a³xido nitroso e metano de 1961 a 2017, levando em consideração as emissaµes das atividades de produção agra­cola, desmatamento e outras modificações no paisagem natural.

Mapas de intensidade de emissaµes
(Crédito da imagem: Hong et al. 2021, Nature )

“Estimamos e atribua­mos as emissaµes globais do uso da terra entre 229países e áreas e 169 produtos agra­colas”, disse o autor principal Chaopeng Hong, bolsista de pa³s-doutorado da UCI em ciência do sistema terrestre. “Analisamos os processos responsa¡veis ​​por emissaµes mais altas ou mais baixas e prestamos atenção especialmente a s tendaªncias de CO 2 la­quido emitido a partir demudanças no uso da terra, como a conversão de terras florestadas em áreas agra­colas.”

Os pesquisadores descobriram que ospaíses mais pobres da Amanãrica Latina, Sudeste Asia¡tico e áfrica Subsaariana experimentaram o aumento mais pronunciado nas emissaµes resultante demudanças no uso da terra.

O Leste Asia¡tico, o Sul da asia e o Oriente Manãdio produziram menos gases de efeito estufa como resultado da mudança no uso da terra, de acordo com o estudo, mas as emissaµes agra­colas das regiaµes estavam crescendo fortemente a  medida que a produção acelerava para acompanhar a expansão populacional. E ospaíses mais ricos da Amanãrica do Norte, Europa e Oceania mostraram que as emissaµes demudanças no uso da terra diminua­ram nos últimos 50 anos. A tendaªncia reflete melhorias conta­nuas de rendimento, levando ao abandono de terras agra­colas, uso mais eficiente de fertilizantes e redução do consumo de carne per capita na Europa e nos EUA, explicou Jackson.

“Embora a situação nospaíses de baixa renda seja cra­tica, as oportunidades de mitigação nesses lugares são grandes e claras”, disse o autor saªnior Steve Davis, professor associado de ciência do sistema terrestre da UCI. “Melhorar a produtividade em terras já cultivadas pode evitar o desmatamento de mais florestas densas em carbono para o cultivo de soja, arroz, milho e a³leo de palma, reduzindo drasticamente as emissaµes do uso da terra nessespaíses.”

Os autores sugerem que as nações em mercados emergentes e desenvolvidos também podem diminuir a intensidade das emissaµes da agricultura, adotando manãtodos de lavra e colheita mais eficientes, melhorando o manejo do solo e dos resíduos do gado e reduzindo o desperda­cio de alimentos.

Mapas de intensidade de emissaµes
(Crédito da imagem: Hong et al. 2021, Nature )

Além disso,mudanças na dieta podem ajudar, de acordo com o estudo, que afirma que, embora a carne vermelha fornea§a apenas cerca de 1% das calorias produzidas globalmente, éresponsável por atéum quarto das emissaµes mundiais de gases de efeito estufa. “Comer menos carne vermelha seria bom para nossa saúde e nosso planeta. A produção de carne vermelha libera um quarto das emissaµes terrestres de gases do efeito estufa, mas fornece apenas um centanãsimo das calorias que consumimos ", disse Jackson, que éo professor Provostial Michelle e Kevin Douglas em Stanford.

A Europa tem as menores emissaµes de uso da terra, com meia tonelada por pessoa por ano, observam os pesquisadores, mas o número ésubstancialmente mais alto em quase todos os outros lugares, e como a população do planeta continua a aumentar, os agricultores e legisladores precisara£o atender e superar melhores prática s atuais.

O documento destaca algumas soluções tecnologiicas promissoras, como novas formas de cultivo de arroz que criam menos metano e suplementos dietanãticos para gado que reduzem suas emissaµes nocivas em até95%.

“Alimentar o planeta sempre pode gerar emissaµes substanciais de gases de efeito estufa”, disse Davis, membro do conselho executivo da iniciativa Solutions that Scale da UCI, que busca respostas para os problemas ambientais e clima¡ticos mais urgentes do planeta. “Mesmo se reduzirmos as emissaµes aos na­veis europeus em todo o mundo, com o crescimento populacional esperado, ainda podera­amos ter mais de 5 gigatoneladas de emissaµes de uso da terra por ano em 2100, uma quantidade que estãoem desacordo com as ambiciosas metas climáticas internacionais, a menos que compensado emissaµes. ”

O projeto recebeu financiamento da National Science Foundation, da German Research Foundation e da Gordon and Betty Moore Foundation.

Jackson também émembro saªnior do Stanford Woods Institute for the Environment e do Precourt Institute for Energy de Stanford . Co-autores adicionais são afiliados a  University of California, San Diego; Colorado State University; e o Instituto Max Planck de Meteorologia da Alemanha.

Esta história foi adaptada de um comunicado de imprensa emitido pela Universidade da Califa³rnia, Irvine.

 

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