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A Via La¡ctea pode estar fervilhando de planetas com oceanos e continentes como aqui na Terra
Pesquisadores publicaram um estudo revelador, indicando que a águapode estar presente durante a própria formaa§a£o de um planeta. De acordo com os ca¡lculos do estudo, isso éverdade para a Terra, Vaªnus e Marte.
Por Universidade de Copenhague - 22/02/2021


Crédito: NASA, ESA e G. Bacon (STScI).

Astra´nomos hámuito tempo olham para o vasto universo na esperana§a de descobrir civilizações aliena­genas. Mas para um planeta ter vida, a águala­quida deve estar presente. A probabilidade desse cena¡rio parecia impossí­vel de calcular porque se pressupaµe que planetas como a Terra obtiveram águapor acaso quando um grande astera³ide de gelo atingiu o planeta.

Agora, pesquisadores do Instituto GLOBE da Universidade de Copenhagen publicaram um estudo revelador, indicando que a águapode estar presente durante a própria formação de um planeta. De acordo com os ca¡lculos do estudo, isso éverdade para a Terra, Vaªnus e Marte.

"Todos os nossos dados sugerem que a águafazia parte dos blocos de construção da Terra, desde o ina­cio. E como a molanãcula de águaocorre com frequência, háuma probabilidade razoa¡vel de que ela se aplique a todos os planetas da Via La¡ctea. O ponto decisivo para saber se éla­quido águaestãopresente éa distância do planeta de sua estrela ", diz o professor Anders Johansen, do Centro para a Formação de Estrelas e Planetas, que liderou o estudo publicado na revista Science Advances .

Usando um modelo de computador, Anders Johansen e sua equipe calcularam a velocidade com que os planetas são formados e a partir de quais blocos de construção. O estudo indica que forampartículas milimanãtricas de poeira de gelo e carbono - que orbitam ao redor de todas as estrelas jovens da Via La¡ctea - que 4,5 bilhaµes de anos atrás se acumularam na formação do que mais tarde se tornaria a Terra.

"Atéo ponto em que a Terra cresceu para um por cento de sua massa atual, nosso planeta cresceu capturando massas de seixos cheios de gelo e carbono. A Terra cresceu cada vez mais rápido atéque, após cinco milhões de anos, tornou-se tão grande quanto nossabe disso hoje. Ao longo do caminho, a temperatura nasuperfÍcie aumentou drasticamente, fazendo com que o gelo nos seixos evaporasse no caminho para asuperfÍcie, de forma que, hoje, apenas 0,1 por cento do planeta seja composto de a¡gua, embora 70 por cento dasuperfÍcie da Terra écoberta por água", diz Anders Johansen, que junto com sua equipe de pesquisa em Lund hádez anos apresentou a teoria que o novo estudo agora confirma.

A teoria, chamada de 'acranãscimo de seixos', éque os planetas são formados por seixos que se agrupam e que os planetas ficam cada vez maiores.

Anders Johansen explica que a molanãcula de águaH 2 O éencontrada em toda parte em nossa gala¡xia e que a teoria, portanto, abre a possibilidade de que outros planetas possam ter se formado da mesma forma que a Terra, Marte e Vaªnus.

“Um planeta coberto de águacertamente seria bom para os seres mara­timos, mas ofereceria condições aquanãm das ideais para a formação de civilizações que possam observar o universo”,

Anders Johansen.

"Todos os planetas da Via La¡ctea podem ser formados pelos mesmos blocos de construção, o que significa que planetas com a mesma quantidade de águae carbono da Terra - e, portanto, locais potenciais onde a vida pode estar presente - ocorrem com frequência em torno de outras estrelas em nossa gala¡xia, desde que a temperatura estãocerta ", diz ele.

Se os planetas em nossa gala¡xia tiverem os mesmos blocos de construção e as mesmas condições de temperatura da Terra, também havera¡ boas chances de que eles possam ter aproximadamente a mesma quantidade de águae continentes que nosso planeta.

O professor Martin Bizzarro, coautor do estudo, diz:

"Com nosso modelo, todos os planetas obtem a mesma quantidade de a¡gua, e isso sugere que outros planetas podem ter não apenas a mesma quantidade de águae oceanos, mas também a mesma quantidade de continentes que aqui na Terra. Isso oferece boas oportunidades para o emergaªncia da vida ", diz ele.

Se, por outro lado, fosse aleata³rio a quantidade de águapresente nos planetas, os planetas poderiam parecer muito diferentes. Alguns planetas seriam muito secos para desenvolver vida, enquanto outros estariam completamente cobertos pela a¡gua.

“Um planeta coberto de águacertamente seria bom para os seres mara­timos, mas ofereceria condições aquanãm das ideais para a formação de civilizações que possam observar o universo”, diz Anders Johansen.

Anders Johansen e sua equipe de pesquisa estãoansiosos para a próxima geração de telesca³pios espaciais, que oferecera¡ oportunidades muito melhores para observar exoplanetas orbitando uma estrela diferente do sol.

"Os novos telesca³pios são poderosos. Eles usam espectroscopia, o que significa que, observando que tipo de luz estãosendo bloqueado na a³rbita dos planetas ao redor de sua estrela, vocêpode ver a quantidade de vapor de águaque existe. Isso pode nos dizer algo sobre o número dos oceanos naquele planeta ", diz ele.

 

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