Pesquisadores da USP analisaram os dados do coronavarus no Brasil para tentar entender a dina¢mica da pandemia
A análise de dados tornou-se uma ferramenta importante no combate a pandemia de coronavarus - Imagem: Reprodução
A pandemia do coronavarus evidenciou um cena¡rio com diversas possibilidades de pesquisa e desenvolvimento aos engenheiros da Escola Politécnica da USP, que trabalharam com especialistas de diferentes áreas do conhecimento. Um dos caminhos destacados foi o da análise de dados, muito importante para o combate da doena§a. Carlos Augusto Prete Junior, engenheiro elanãtrico pela Escola Politécnica da USP e pesquisador da equipe do Projeto Cadde do Instituto de Medicina Tropical da USP, em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, comenta essa unia£o de esforços tão necessa¡ria no momento.Â
A equipe do Cadde deixou de trabalhar com a dengue assim que foram confirmados os casos de covid-19 no Brasil. Os pesquisadores juntaram o ma¡ximo de informações possaveis, naquele momento, para tentar entender qual era a dina¢mica da pandemia no Paas logo no inacio. “Quais casos são importados? Onde estãoacontecendo a transmissão local? Qual éo número de reprodução do varus?†foram algumas das questões iniciais citadas pelo engenheiro. As análises explorata³rias do grupo acabaram por se transformar atéem dois artigos publicados em revistas cientaficas conceituadas.
A aplicação da engenharia nos estudos começou efetivamente quando as pesquisas passaram a trabalhar com o intervalo de tempo da apresentação de sintomas entre os infectados. “a‰ uma distribuição probabilastica e percebemos que esse intervalo era um pouco menor no Brasil do que o verificado na Europaâ€, explica Prete Junior.
Sobre a situação de Manaus, uma das hipa³teses sugeridas pelos dados éque, como a imunidade adquirida após a infecção atépouco tempo não era tão estudada, hápossibilidade de reinfecção em massa. O trabalho com esses dados permite um melhor preparo para enfrentar as situações que podem acontecer. Todas as questões continuam a ser estudadas e não épossível afirmar nada definitivo. Os estudos continuam para que haja o melhor controle da pandemia possível.