Tecnologia Científica

Estudo de Stanford descobriu que a produção de energia ea³lica aumenta quando as pessoas mais precisam de calor
Usando os modelos mais recentes de clima e energia, Mark Jacobson mostra que a produção de energia ea³lica aumenta durante os períodos mais frios, quando a demanda de calor émaior, e pode ajudar a prevenir apagaµes relacionados ao clima frio.
Por Andrew Myers - 18/03/2021

Em resposta a s recentes quedas de energia inspiradas no congelamento no Texas, alguns pola­ticos culparam as turbinas ea³licas pelos apagaµes hista³ricos. As alegações duvidosas e amplamente rejeitadas, no entanto, destacaram um fato intrigante: Texas, a terra que ficou famosa por torres de petra³leo e catadores de petra³leo, agora obtanãm uma parte significativa de sua eletricidade de fontes limpas e renova¡veis, principalmente ea³lica, mas também de águae solar - uma troika de sustentabilidade conhecida coletivamente como WWS.

turbinas ea³licas na neve
Uma nova pesquisa de Mark Jacobson mostra que a geração ea³lica não se mantanãm
apenas nos dias mais frios, mas na verdade chega ao momento em que émais
necessa¡ria. (Crédito da imagem: Getty Images)

“O Texas obtanãm cerca de 20 por cento de sua eletricidade apenas do vento”, diz Mark Z. Jacobson , professor de engenharia civil e ambiental na Universidade de Stanford e membro saªnior do Instituto Stanford Woods para o Meio Ambiente , autor de um novo estudo que aparece na revista Smart Energy olhando para o futuro das redes inteligentes.

Jacobson usou modelos de computador para mostrar que as turbinas ea³licas, calculadas em grandes regiaµes, na verdade aumentam sua potaªncia durante as ondas de frio, quando a demanda por aquecimento domanãstico e comercial émaior.

Além disso, ele conclui que o vento - quando combinado com energia solar e ha­drica, vários sistemas de armazenamento de energia e incentivos para que as pessoas mudem o tempo de uso de eletricidade - poderia atender não apenas a todas as necessidades de eletricidade em todo o mundo, mas a toda a demanda de energia no total, cada minuto de tais crises.

A pesquisa de Jacobson investigou a capacidade das redes de baixo custo de fontes renova¡veis ​​de atender a  demanda mundial, inclusive nos Estados Unidos, nos momentos mais frios para evitar apagaµes. Em particular, ele queria responder a uma pergunta cra­tica: as energias renova¡veis ​​podem fazer tudo durante o pior tempo? De acordo com seu modelo, existe uma conexão direta entre o tempo frio e a produção de energia ea³lica. Ou seja, os ventos tendem a aumentar a  medida que o clima fica mais frio, exatamente quando a demanda por calor aumenta. Jacobson diz que a geração ea³lica não se mantanãm apenas nos dias mais frios, mas na verdade chega ao momento em que émais necessa¡ria. Conforme o tempo fica mais frio, o vento esquenta.

Aplicando essas descobertas ao mundo real, Jacobson pensa que, se todas as turbinas ea³licas do Texas tivessem sido adequadamente preparadas para o inverno ou protegidas do frio extremo, durante o congelamento de fevereiro de 2021, elas teriam fornecido energia cra­tica aos texanos durante a onda de frio e ajudado para evitar a ocorraªncia de apagaµes.

O estudo também investigou questões relacionadas a  estabilidade da produção. Os ventos não sopram continuamente, e a cobertura de nuvens e o anoitecer limitam a confiabilidade da energia solar. Mas, de acordo com Jacobson, a produção ea³lica e solar estão, de fato, correlacionadas de forma inversa e vantajosa. No geral, quando o vento não sopra, o sol costuma brilhar durante o dia. Por outro lado, a s vezes quando os raios do sol são bloqueados pela cobertura de nuvens de tempestade, os ventos tendem a aumentar, fazendo as turbinas girarem.

Os modelos de Jacobson mostram que, quando calculada a média de uma grande área, a geração de energia ea³lica e solar se complementam durante o dia. Um preenche quando o outro estãoatrasado.

Na última parte de seu artigo, Jacobson aborda o que pode ser a maior preocupação persistente sobre energias renova¡veis, se elas podem atender singularmente a  demanda global total no clima mais frio ou mais quente. A resposta a essa pergunta vai ao cerne da questãode saber se as energias renova¡veis ​​algum dia sera£o confia¡veis ​​o suficiente para suplantar os combusta­veis fa³sseis.

Para responder a esta pergunta, Jacobson considerou 24 grandes regiaµes de rede somente renova¡veis ​​(WWS) em 143 nações em todo o mundo. Ele encontrou soluções de baixo custo em todos os lugares que olhou. Em grandes regiaµes frias, como Canada¡, Raºssia, Europa, Estados Unidos e China, o aumento da demanda por aquecimento foi frequentemente acompanhado pelo aumento da produção de energia ea³lica. Na maioria das outras regiaµes, apenas correlações moderadas foram encontradas, mas ainda eram suficientes para atender a  demanda.

As descobertas tem implicações não apenas para a segurança energanãtica, mas também para as estratanãgias de mitigação dasmudanças climáticas e saúde pública. Sete milhões de pessoas, incluindo cerca de 78.000 nos Estados Unidos, morrem a cada ano de poluição do ar em grande parte como resultado do consumo de combusta­vel fa³ssil, aponta Jacobson no jornal. Essas mortes podem ser evitadas com a transição para energia WWS.

“Na maioria dos climas, esses modelos mostram que a energia ea³lica pode ajudar a atender a  crescente demanda de calor sazonal, mesmo durante os tempos mais frios, e pode fazer isso enquanto reduz o custo da energia, salvando vidas das pessoas e criando milhões de empregos a mais do que os perdidos em todo o mundo, ”Jacobson disse.

 

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