Os cientistas estimam que a matéria escura e a energia escura juntas representam cerca de 95% do material gravitacional do universo, enquanto os 5% restantes são matéria baria´nica, que éa matéria

A presença de gás ionizado ao redor das gala¡xias com movimentos com eles deixa um traa§o na radiação de fundo de microondas (painel esquerdo) que pode ser detectado conhecendo o padrãode velocidades das gala¡xias fornecido pelo mapa de flutuações em seu redshift (painel direito). Crédito: Carlos Herna¡ndez-Monteagudo (IAC).
Os cientistas estimam que a matéria escura e a energia escura juntas representam cerca de 95% do material gravitacional do universo, enquanto os 5% restantes são matéria baria´nica, que éa matéria "normal" que compaµe estrelas, planetas e seres vivos. No entanto, durante décadas, quase metade dessa matéria não foi encontrada. Agora, usando uma nova técnica, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Astrofísica de Canarias (IAC) mostrou que essa matéria baria´nica "ausente" preenche o espaço entre as gala¡xias como gás quente de baixa densidade. A mesma técnica também fornece uma nova ferramenta que mostra que a atração gravitacional experimentada pelas gala¡xias écompatavel com a teoria da relatividade geral.)
Ao projetar essa nova técnica, os pesquisadores analisaram asmudanças no espectro eletromagnético em direção ao vermelho a medida que as gala¡xias se afastam de nós. No universo, as fontes que se afastam mostram um espectro mais vermelho e as que se aproximam mudam para o azul. Este efeito fornece dados essenciais para a cosmologia moderna. Quase um século atrás, Edwin Hubble descobriu que os desvios para o vermelho das gala¡xias são maiores quanto mais distantes estão, e esta foi a evidência inicial que acabou levando ao modelo do universo do Big Bang. Desde então, esses redshifts tem sido usados ​​para encontrar as distâncias das gala¡xias e para construir mapas tridimensionais de sua distribuição no universo.
No trabalho que estamos relatando aqui, um novo manãtodo foi desenvolvido, que estuda as estatasticas dos desvios para o vermelho das gala¡xias, sem convertaª-los em distâncias. Em seu primeiro artigo , a equipe mostra que esses mapas são sensaveis a atração gravitacional entre gala¡xias em escalas cosmola³gicas. Em um segundo artigo, a mesma equipe comparou os mapas com observações da radiação ca³smica de fundo, criando o primeiro censo completo da matéria baria´nica em 90% da vida do universo.
“Grande parte dessa matéria comum éinvisível para nosporque não ésuficientemente quente para emitir energia. No entanto, usando mapas dos desvios para o vermelho das gala¡xias, descobrimos que toda essa matéria preenche o espaço entre elasâ€, explica Jona¡s Chaves- Montero, pesquisador do Donostia International Physics Center (DIPC) e primeiro autor deste artigo.
Finalmente, conforme relatado em um terceiro artigo, os pesquisadores também usaram os mapas de redshift de gala¡xias para estudar a natureza da gravidade. "Em contraste com as abordagens anteriores, nosso novo manãtodo não ébaseado em nenhuma conversão de redshift para distância e se mostra robusto contra ruados e impurezas de dados. Graças a isso, nos permite concluir com alta precisão que as observações são compatavel com a teoria da gravidade de Einstein ", diz Carlos Herna¡ndez-Monteagudo, pesquisador do IAC que éo primeiro autor deste terceiro artigo.