As Voyagers descobriram a borda da bolha, mas deixaram os cientistas com muitas daºvidas sobre como nosso Sol interage com o meio interestelar local.

Os cientistas esperam que a sonda interestelar proposta nos ensine mais sobre nosso lar na gala¡xia, bem como como outras estrelas na gala¡xia interagem com suas vizinhana§as interestelares. Crédito: Johns Hopkins APL
Quando as Espaçonaves Voyager 1 e Voyager 2, com quatro décadas de idade, entraram no espaço interestelar em 2012 e 2018, respectivamente, os cientistas comemoraram. Essas corajosas Espaçonaves já haviam viajado 120 vezes a distância da Terra ao Sol para alcana§ar o limite da heliosfera, a bolha que envolve nosso sistema solar que éafetada pelo vento solar. As Voyagers descobriram a borda da bolha, mas deixaram os cientistas com muitas daºvidas sobre como nosso Sol interage com o meio interestelar local. Os instrumentos das Voyagers gaªmeas fornecem dados limitados, deixando lacunas craticas em nosso entendimento desta regia£o.
A NASA e seus parceiros estãoagora planejando que a próxima Espaçonave, atualmente chamada de Sonda Interestelar, viaje muito mais fundo no espaço interestelar, 1.000 unidades astrona´micas (UA) do sol, com a esperana§a de aprender mais sobre como nossa heliosfera se formou e como ele evolui.
"A Sonda Interestelar ira¡ para o espaço interestelar local desconhecido, onde a humanidade nunca alcana§ou antes", diz Elena Provornikova, chefe de heliofasica da Sonda Interestelar do Laborata³rio de Fasica Aplicada Johns Hopkins (APL) em Maryland. "Pela primeira vez, tiraremos uma foto de nossa vasta heliosfera de fora para ver como éa casa do nosso sistema solar."
Provornikova e seus colegas discutira£o as oportunidades da ciência heliofasica para a missão na Assembleia Geral 2021 da Unia£o Europeia de Geociências (EGU).
A equipe liderada pelo APL, que envolve cerca de 500 cientistas, engenheiros e entusiastas - formais e informais - de todo o mundo, tem estudado quais tipos de investigações a missão deve planejar. "Existem oportunidades cientaficas verdadeiramente nota¡veis ​​que abrangem heliofasica, ciência planeta¡ria e astrofasica", diz Provornikova.
Os cientistas planejam que a Sonda Interestelar alcance 1.000 UA - 1 UA éa distância do
Sol a Terra - no meio interestelar. Isso écerca de 10 vezes mais longe que a
Espaçonave Voyager. Crédito: Johns Hopkins APL
Alguns mistanãrios que a equipe espera resolver com a missão incluem: como o plasma do sol interage com o gás interestelar para criar nossa heliosfera; o que estãoalém de nossa heliosfera; e como a nossa heliosfera se parece. A missão planeja fazer "imagens" de nossa heliosfera usando a¡tomos energanãticos neutros e talvez até"observar a luz de fundo extragala¡ctica dos primeiros tempos da formação de nossa gala¡xia - algo que não pode ser visto da Terra", diz Provornikova. Os cientistas também esperam aprender mais sobre como nosso Sol interage com a gala¡xia local, o que pode então oferecer pistas sobre como outras estrelas na gala¡xia interagem com suas vizinhana§as interestelares, diz ela.
A heliosfera também éimportante porque protege nosso sistema solar dos raios ca³smicos gala¡cticos de alta energia. O sol estãoviajando em nossa gala¡xia, passando por diferentes regiaµes do espaço interestelar, diz Provornikova. O sol estãoatualmente no que échamado de nuvem interestelar local, mas pesquisas recentes sugerem que o sol pode estar se movendo em direção a borda da nuvem, após o que entraria na próxima regia£o do espaço interestelar - sobre a qual nada sabemos. Essa mudança pode fazer nossa heliosfera ficar maior ou menor ou alterar a quantidade de raios ca³smicos gala¡cticos que entram e contribuem para onívelde radiação de fundo na Terra, diz ela.
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Este éo último ano de um "estudo de conceito pragma¡tico" de quatro anos, no qual a equipe tem investigado o que a ciência poderia ser realizada com essa missão. No final do ano, a equipe entregara¡ um relatório a NASA que descreve o potencial da ciaªncia, exemplos de cargas aºteis de instrumentos e exemplos de Espaçonaves e projetos de trajeta³rias para a missão. "Nossa abordagem édefinir o menu do que pode ser feito em uma missão espacial ", diz Provornikova.
A missão poderia ser lana§ada no inicio de 2030 e levaria cerca de 15 anos para atingir o limite da heliosfera - um ritmo rápido em comparação com as Voyagers, que levaram 35 anos para chegar la¡. O projeto da missão atual estãoplanejado para durar 50 anos ou mais.
Provornikova apresentara¡ as últimas novidades sobre o plano de heliofasica da Sonda Interestelar na segunda-feira, 26 de abril a s 14h CEST.